Por trabalho com refugiados, Luciana Capobianco recebe o Prêmio Faz Diferença 2022 na categoria Mundo

— Estou super feliz e honrada que o tema do refúgio esteja no palco comigo. Afinal, é muita gente em movimento. Com mudanças climáticas, isso vai se intensificar. Precisamos que mais pessoas arregacem as mangas.

A iniciativa da publicitária já empregou mais de 2.500 refugiados em regime celetista. No início do projeto, segundo ela, apenas pequenas empresas abriam as portas para esses trabalhadores. Agora, com a maior interesse pelo tema ESG, as grandes empresas também têm disponibilizado oportunidades para esse público.

Luciana ainda contou que deve lançar até o fim do ano NFTs de artes produzidas por uma refugiada. A mulher, que foi vendida na infância para uma família de posses do seu país, pretende comprar com a quantia arrecadada a sua liberdade, para que a sua família biológica não sofra mais represálias por ela ter ido embora.

— O imigrante sai do seu país em busca de um sonho, e o refugiado foge de um pesadelo — finalizou a publicitária.

Atualmente, o Brasil tem mais de 65 mil refugiados, vindos de países como Síria, Venezuela, Afeganistão e Ucrânia. Com o objetivo de dar visibilidade a essas pessoas, a publicitária realiza ações que vão desde espalhar arte em paredes e tapumes de obras até ajudar esses indivíduos a encontrarem uma oportunidade de emprego.

Um dos projetos da ONG usou um totem interativo para compartilhar histórias de refugiados de diversas nacionalidades. Na plataforma, interessados ainda podiam acessar uma mini biografia de cada um deles, visualizando seus currículos.

A 20ª edição do Prêmio Faz Diferença é uma iniciativa do GLOBO em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).