Política
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Por — Brasília

A Polícia Federal apontou que a estrutura da "Abin paralela" foi utilizada para produzir provas a favor do filho do ex-presidente Jair Renan Bolsonaro, que em 2021 era alvo de um inquérito pela suspeita de tráfico de influência. Essa investigação foi arquivada um ano depois.

Segundo a PF, as ações clandestinas "teriam sido determinadas pelo 01 conforme interlocução dos investigados". O relatório não identifica especificamente quem seria o tal '01'. A mensagem foi enviada por um integrante da "Abin paralela" após ele pedir o monitoramento de "carros em nome do filho Renan".

"Veja quais carros estão em nome do filho Renan do PR (presidente). Veja da mãe dele tb. Msg do 01", diz a mensagem interceptada.

A defesa de Jair Renan afirmou que não irá se pronunciar, porque não teve acesso ao conteúdo da investigação.

"Os agentes também realizaram pesquisas envolvendo o inquérito policial instaurado contra Renan Bolsonaro, possivelmente a pedido do então do Presidente da República Jair Messias Bolsonaro", escreveu a Procuradoria-Geral da República (PGR) em relação ao diálogo captado pela PF.

De acordo com o relatório, a "Abin paralela" utilizou ferramentas do órgão de inteligência para "interferir em diversas investigações da Polícia Federal, como por exemplo para tentar fazer prova a favor de Renan Bolsonaro".

Em março de 2021, a PF abriu um inquérito para investigar se o filho 04 do então presidente estava atuando para marcar reuniões e abrir portas no governo federal para empresas privadas. O caso começou a ser apurado na Procuradoria da República do Distrito Federal (PR-DF), após representação de parlamentares da oposição. Depois, a Procuradoria remeteu o caso para a PF entrar na apuração.

Outra ação de espionagem

Além de atuar para beneficiar Jair Renan, a PF já havia identificado antes que uma ação da Abin atrapalhara as investigações envolvendo o filho 04. Agora, os policiais encontraram elementos que indicam como motivação uma tentativa de livrar Jair Renan das suspeitas que recaíam sobre ele — e de incriminar o ex-parceiro comercial de dele.

À época, o filho de Bolsonaro abriu um escritório no estádio Mané Garrincha, em Brasília, e passou a atuar em parceria com o seu ex-personal trainer, Allan Lucena, para angariar patrocinadores dispostos a investir no novo negócio do filho do presidente.

Segundo a PF, a Abin passou a seguir os passos do ex-personal de Jair Renan. Uma dessas ações de espionagem foi flagrada pela Polícia Militar do Distrito Federal, que abordou um integrante da Abin dentro do estacionamento de Lucena.

Ao prestar esclarecimentos na PF, o agente informou que recebeu a missão de um auxiliar de Alexxandre Ramagem, então diretor da Abin, de levantar informações sobre um carro elétrico, avaliado em R$ 90 mil, que teria sido doado ao filho do ex-presidente e ao seu personal trainer. O veículo foi dado por um empresário do Espírito Santo que estava interessado em ter acesso ao governo.

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