Política
PUBLICIDADE
Por — Brasília

RESUMO

Sem tempo? Ferramenta de IA resume para você

GERADO EM: 22/06/2024 - 11:17

STF reavalia 'sobras eleitorais'

STF revira decisão sobre 'sobras eleitorais' que pode anular eleição de sete deputados federais. Recurso em análise propõe mudança no entendimento da Corte, afetando mandatos e gerando polêmica.

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria na sexta-feira para aceitar um recurso que pode levar à anulação da eleição de sete deputados federais. Caso a maioria se confirme, o STF irá alterar a posição firmada em um julgamento de fevereiro, que havia descartado essa hipótese.

Na ocasião, o STF considerou inconstitucional uma mudança feita em 2021 nas regras das chamadas "sobras eleitorais". Entretanto, decidiu que esse entendimento não deveria ser aplicado na eleição de 2022, o que teria como consequência a alteração de parte dos deputados que foram eleitos.

Agora, está sendo analisado em plenário virtual um recurso contra essa decisão. Seis dos 11 ministros já votaram para mudar o resultado do julgamento original. Entretanto, houve um pedido de destaque do ministro André Mendonça, o que faz com que o julgamento tenha que ser reiniciado no plenário físico.

O voto decisivo para a provável mudança no entendimento do STF é do ministro Cristiano Zanin. Ele não participou do julgamento original porque o relator era o ministro aposentado Ricardo Lewandowski, a quem ele sucedeu na Corte. Agora, contudo, Zanin pode votar no recurso.

Em fevereiro, sete ministros votaram para derrubar a alteração feita nas sobras eleitorais, restabelecendo o modelo eleitor. Entretanto, desses sete, apenas cinco consideraram que a mudança não poderia ter valido em 2022.

Os cinco — Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Nunes Marques e Dias Toffoli — mantiveram sua posição agora, e foram acompanhados por Zanin.

A nova relatora é a ministra Cármen Lúcia, que manteve sua posição no julgamento original: a mudança nas sobras foi irregular, mas esse entendimento só deve valer daqui para frente.

Parlamentares afetados

De acordo com cálculos da Academia Brasileira de Direito Eleitoral (Abradep) antes do julgamento, os deputados que perderiam o mandato seriam:

  • Augusto Pupio (MDB-AP)
  • Gilvan Máximo (Republicanos-DF)
  • Lázaro Botelho (PP-TO)
  • Lebrão (União Brasil-RO)
  • Professora Goreth (PDT-AP)
  • Sílvia Waiãpi (PL-AP)
  • Sonize Barbosa (PL-AP)

Com a mudança, entrariam no lugar:

  • Aline Gurgel (Republicanos-AP)
  • André Abdon (PP-AP)
  • Paulo Lemos (PSOL-AP)
  • Professora Marcivania (PCdoB-AP)
  • Rafael Fera (Podemos-RO)
  • Rodrigo Rollemberg (PSB-DF)
  • Tiago Dimas (Podemos-TO)

O que são as sobras

As sobras eleitorais são as vagas que restam depois da divisão pelo quociente eleitoral — um índice que é calculado a partir do número de votos recebidos e das vagas disponíveis. Uma lei de 2021 estabeleceu que só poderia disputar as sobras o partido que tivesse ao menos 80% do quociente eleitoral, e os candidatos que tivessem obtido votos de ao menos 20% desse quociente.

Depois, ainda há uma terceira fase, as chamadas sobras das sobras. A lei estabelecia que só poderiam participar dessa fase os partidos que tivessem se "classificado" para a segunda etapa. Os ministros derrubaram esse requisito.

Como votaram os ministros

A votação dos ministros foi dividida em duas partes. Na primeira, eles decidiram se essa mudança foi correta ou não. Por sete votos a quatro, prevaleceu a posição do antigo relator, Ricardo Lewandowski (hoje aposentado), que ainda no ano passado considerou que a nova regra limitava o pluralismo político. Acompanharam Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Nunes Marques, Flávio Dino, Dias Toffoli e Cármen Lúcia.

Já os ministros André Mendonça, Edson Fachin, Luiz Fux e o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, entenderam que a alteração foi uma opção legítima do Legislativo, mesmo que eles pudessem discordar do efeito.

Com o trecho da lei considerado inconstitucional, os ministros decidiram, então, se isso já deveria ter efeito em 2022, o que poderia anular a eleição dos sete deputados. Essa hipótese foi rejeitada por seis votos a cinco. Apenas Moraes, Gilmar, Dino, Toffoli e Marques defenderam essa posição.

O que diz o recurso

A Rede, o Podemos e o PSB, que haviam proposto duas das três ações que foram analisadas, entraram com recursos, para que o entendimento seja aplicado nas eleições de 2022. A análise desses recursos ocorre no plenário virtual, começando nesta sexta e com previsão de ser encerrada na próxima semana.

Os partidos alegam, entre outros pontos, que era necessário um quórum qualificado, de dois terços dos ministros, para aprovar a modulação dos efeitos da decisão, ou seja, a definição de quando ela passaria a valer. O placar, contudo, foi de seis votos a cinco.

Mais recente Próxima Efeito Marçal, peso de Bolsonaro e eleição na Câmara de SP: entenda por que Nunes cedeu e escolheu coronel como vice
Mais do Globo

Le Normand foi escolhido para o time dos melhores atletas da primeira fase do torneio

Destaque na primeira fase da Euro, zagueiro espanhol revelar ter brasileiro como ídolo; saiba quem

Além do ex-Vasco, Ygor Catatau, o ex-Juventude Gabriel Tota e Matheus Phillipe, formado no Fluminense, foram suspensos permanentemente dos gramados e hoje trabalham com diferentes meios para complementarem suas rendas.

Futebol 7, divulgação de rifa e motorista de aplicativo: Saiba onde estão jogadores banidos pela máfia das apostas

Mais profissionais estão inscritos nas ordens, mas obstáculos atrasam exercício em setor que falta mão de obra. Governo abre milhares de postos para preencher no sistema público

Número de médicos e dentistas brasileiros cresce em Portugal. Saúde  tem 2.212 vagas

Textor se acertou com o jogador, mas ainda finaliza os detalhes do acordo entre Atlanta United e Eagle Football, que trará o argentino para o Brasil em um primeiro momento

Está fechado? Fica quanto tempo? Vai para o Lyon? O que se sabe até agora da negociação do Botafogo com Almada

No Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, o GLOBO ouviu artistas, influenciadores e ativistas da causa sobre seus lugares preferidos para ser e estar

De livraria a boate: personalidades LGBTQIA+ revelam lugares favoritos no Rio

Presidente prestar contas é desejável, mas tem de haver objetivo de comunicação, que petista desperdiçou ao falar a rádios e portais

Qual o saldo das entrevistas de Lula?

Prato ganha releituras com fruta e diferentes tipos de peixes

No Dia do Ceviche, aprenda receitas fáceis do clássico peruano, até veganas

Equipe continua com deficiências defensivas e com ataque inoperante

Fluminense x Vitória: tricolor mostra mais do mesmo, continua problemático e segue na lanterna; leia análise

Ex-presidente aproveitou formato do evento, que não previa checagem de afirmações, e a apatia do adversário, que pareceu incapaz de seguir no comando da maior potência global

Análise: Com desastre completo de Biden, Trump vence debate com sucessão de mentiras

Onze desses nadadores integram a seleção de natação da China para os Jogos de Paris

China afirma que ‘nunca’ divulgará investigação que absolveu atletas olímpicos em caso de doping