Política
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Por — Rio de Janeiro

Primeiro suplente do Partido Liberal, o agricultor e ex-deputado Nelson Ned Previdente, conhecido como Nelson Barbudo, é quem deve assumir a vaga da deputada federal Amália Barros (PL-MT), que morreu neste domingo. A parlamentar estava internada no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, desde o dia 1º de maio, quando foi hospitalizada para fazer uma cirurgia para a retirada de um nódulo no pâncreas. O enterro ocorre nesta segunda-feira em Mogi Mirim, interior paulista.

Nelson Barbudo foi o deputado federal mais votado em Mato Grosso em 2018, mas não conseguiu se reeleger quatro anos depois. Ainda que não tenha conquistado a vaga, o ex-parlamentar obteve uma votação que o colocou como primeiro suplente do partido, ou seja, ele é o primeiro nome para substituir eleitos da sigla.

Em 2018, o ex-parlamentar recebeu 126.249 votos em meio à onda bolsonarista. Ele era filiado ao PSL, então partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Barbudo teve menos da metade destes votos quando tentou a reeleição quatro anos depois (53.285). Antes disso, ele havia sido vereador no município de Alto Taquari, no interior de Mato Grosso, em 2004.

Polêmicas na Câmara

Barbudo relatou projetos caros ao bolsonarismo durante sua primeira passagem pela Câmara. Um deles propunha ampliar e regulamentar a caça de animais. Outro visava limitar o valor de multas ambientais.

Em 2021, o ex-parlamentar foi acusado de machismo pela deputada federal e pré-candidata à prefeitura de São Paulo Tabata Amaral (PSD-SP). O caso ocorreu após Barbudo ter mandado ela ficar "quietinha e pianinha" durante sessão que discutia a autorização da caça esportiva de animais silvestres.

Um projeto que visava rever a demarcação de terras indígenas ganhou força na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) da Câmara no mesmo ano. Entre os parlamentares da bancada ruralista com interesse na proposta estava Barbudo, que já havia apresentado dois projetos de lei pedindo a alteração do Estatuto do Índio e a "realocação de não índios ocupantes de terras tradicionalmente ocupadas por índios", além de indenização e título definitivos para os fazendeiros à medida que as demarcações foram sendo revistas.

Antes de apresentar o projeto à Câmara no final de 2020, Barbudo se reuniu com o então presidente da Funai, Marcelo Xavier, a quem comunicou, segundo fontes, que a pauta ganharia força caso o candidato de Bolsonaro, Arthur Lira (PP-AL), vencesse a eleição para a presidência da Câmara.

Dois anos antes, o Ministério Público Federal ( MPF ) em Barra do Garças, em Mato Grosso, prometeu uma "resposta enérgica" após a Fundação Nacional do Índio ( Funai ) afirmar que Barbudo teria prometido invadir a demarcação e devolver o espaço a agropecuaristas locais que foram retirados da reserva por decisão do Supremo Tribunal Federal ( STF ) em 2012. O parlamentar negou a acusação.

Quem é Amália Barros

Amália estava em seu primeiro mandato, mas já tinha uma trajetória de luta pelo direito das pessoas monoculares. Ela, que em 2016 precisou fazer uma cirurgia para a retirada do olho esquerdo como consequência de uma infecção de toxoplasmose, dá nome a Lei. 14.126/2021, que reconhece todos na mesma condição como pessoas com deficiência.

Na Câmara, Amália atuou com pautas voltadas para as pessoas com deficiência, como o projeto de lei que estabelece diretrizes para a capacitação básica para professores e colaboradores na educação inclusiva e a criação do Símbolo Nacional de Acessibilidade da Pessoa com Visão Monocular. Ela integrava também as comissões de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, dos Direitos da Mulher e da Educação, entre outras.

Nascia em na cidade de Mogi Mirim, em São Paulo, Amália estudou jornalismo. A luta pela causa da pessoa com deficiência começou após perder a visão do olho esquerdo por conta da toxoplasmose, aos 20 anos. Ela chegou a passar por 15 cirurgias, mas em 2016 precisou remover o olho e passou a usar uma prótese ocular.

A parlamentar escreveu o livro “Se Enxerga!: Transforme desafios em grandes oportunidades para você e outras pessoas”, onde conta todos os desafios enfrentados no processo. Ela também fundou o Instituto Amália Barros, que depois passou a se chamar Instituto Nacional da Pessoa com Visão Monocular, que promove a doações de próteses oculares e lentes esclerais para pessoas com a deficiência.

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