Política
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Por — Brasília

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro ampliou o poder no PL e, a menos de um ano da eleição municipal, atua diretamente nas decisões sobre a estratégia do partido para o pleito de 2024, com influência nas definições das chapas no Rio e em São Paulo. Ela participa semanalmente das reuniões da legenda, em Brasília, que começam a desenhar o cenário eleitoral, além de viajar o país na condição de presidente do PL Mulher. Michelle também será responsável pela nominata feminina, apontando quais lideranças podem ser indicadas como candidatas.

O movimento mira também a própria carreira política, já que ela é nome certo para tentar o Senado em 2026, provavelmente pelo Distrito Federal. A candidatura é parte do plano do ex-presidente Jair Bolsonaro de expandir a presença da oposição na Casa, que vem impondo obstáculos ao governo Lula. A ex-primeira-dama é vista internamente como o maior ativo eleitoral do bolsonarismo e já recebeu o apelido de “ministra Michelle”, em razão da influência e palavra final sobre temas diversos.

O PL Mulher tem um orçamento mensal em torno de R$ 800 mil, o equivalente a 5% do fundo partidário da legenda — parte deste valor é distribuído para diretórios comandados por mulheres.

— A Michelle não é tratada no PL como a mulher de Bolsonaro. Recebo e a escuto como um quadro relevante do partido, que tem total liberdade de opinar sobre qualquer assunto. Conto muito com ela no ano que vem — afirma o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

A ex-primeira-dama foi consultada, por exemplo, sobre o perfil de Sonaira Fernandes, secretária de Políticas para a Mulher do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), que desponta como favorita para ser indicada pelo PL como vice na chapa à reeleição do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). O nome, que agrada tanto a Bolsonaro quanto a Valdemar, foi submetido a Michelle — a possibilidade de filiação de Sonaira ao PL só passou a ser debatida depois do sinal verde dado por ela. De certa forma, a autorização significaria uma espécie de “embarque” da família Bolsonaro na campanha de Nunes.

Um dirigente do PL vê em Michelle a capacidade de convencer Bolsonaro, o que é um trunfo, já que o ex-presidente tem voz ativa nas decisões do partido. “Se ela disse que vai falar com ele sobre o tema, é meio caminho andado”, explica este interlocutor.

Eleições no Rio

A ex-primeira-dama também acompanha de perto a formação da chapa no Rio, capital prioritária para o PL no ano que vem. Com a escolha de Bolsonaro pelo deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) para concorrer à prefeitura, Michelle escalou para a liderança local do PL Mulher a deputada Chris Tonietto, mais alinhada ao bolsonarismo. Na avaliação de Michelle, a nova ocupante da função seria o nome ideal para integrar uma chapa “puro-sangue” com participação feminina. O objetivo é que Tonietto pegue carona nos eventos do PL Mulher e reforce os laços com este segmento.

— Michelle consegue estar ligada em várias regiões do Brasil ao mesmo tempo e, quando questionada, nos traz dados e apresenta um projeto integrado — afirma o líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes (RJ).

O aval para a atuação ampla de Michelle tem por trás também pesquisas internas do PL mostrando que o apoio da ex-primeira-dama turbina candidaturas. O partido avalia internamente que “perdeu tempo” enquanto ela se restringiu a atuar como primeira-dama, não participando abertamente nas decisões políticas — a atuação foi intensificada apenas com a campanha frustrada à reeleição já em andamento.

Michelle, agora, trabalha para deixar o próprio nome ainda mais popular, o que inclui eventos, como o que acontecerá em 9 de dezembro no Paraná. Na ocasião, a previsão é que ela participe ao mesmo tempo, por vídeo, de um ato com estrutura similar em Campos do Jordão (SP). Também está na agenda uma ida ao Pará, com passagens por Santarém e Parauapebas.

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