Política
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Por — Brasília

Policial militar do Distrito Federal que atuou na linha de frente durante as depredações de 8 de janeiro, a cabo Marcela da Silva Morais Pinno afirmou nesta terça à CPI que investiga os atos golpistas que os manifestantes radicais eram violentos, bem organizados e estavam “dispostos a tudo”.

Pinno é ouvida pelos parlamentares como testemunha. Ela e um colega da PM foram jogados da cúpula do Congresso Nacional, de uma altura de 3 metros, e acabaram agredidos pelos manifestantes. Em maio, o governo distrital promoveu os dois policiais por atos de bravura. A atuação de Pinno foi elogiada na CPI tanto por membros da base do governo como pela oposição.

— O que me chamou muito a atenção foi a violência contra os policiais. Eles (manifestantes radicais) estavam dispostos a tudo — disse a Pinno. — Tentaram tomar minha arma logo após eu ter sido empurrada. Me agrediram, eu estava no chão, me chutavam. Enquanto me chutavam, me agrediam com barra de ferro, e outro tentava tomar a minha arma.

Segundo a policial, seus agressores, um grupo de seis, faziam parte dos manifestantes organizados, que, inclusive, levavam luvas e equipamentos para se proteger das forças de segurança.

— É perceptível que eles estavam organizados. Manifestantes que estavam na frente da manifestação possuíam, sim, luvas para ter acesso aos nossos materiais, às nossas granadas, (que têm) altas temperaturas que, se forem pegas com mãos livres, vão ter queimaduras seríssimas — descreveu Pinno.

Para os membros da CPI da base do governo Lula, os relatos da policial corroboram a suspeita de que os participantes dos atos tinham organização por trás, com financiamento e treinamento. Já os parlamentares da oposição, ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, tentaram diferenciar um suposto “pequeno grupo violento” das pessoas que estavam acampadas em frente ao Quartel-General do Exército.

Ausência

A CPI do 8 de Janeiro também previa interrogar hoje a delegada Marília Alencar, ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça na gestão de Anderson Torres, mas ela não compareceu. Alencar obteve um habeas corpus concedido pelo ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), que a liberou do depoimento por ser alvo das investigações.

O presidente da CPI, deputado Arthur Maia (União-BA), disse que a decisão do ministro do STF foi “lamentável”. A relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), afirmou que o habeas corpus obstruiu os trabalhos da comissão porque Marília Alencar era peça-chave na apuração. Os parlamentares recorreram da decisão.

Alencar é investigada pela Polícia Federal sob suspeita ter participado do planejamento dos bloqueios feitos em rodovias pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no dia do segundo turno da eleição do ano passado.

A PF e os parlamentares suspeitam que as blitze feitas na ocasião tiveram o intuito de atrapalhar o deslocamento de eleitores do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva(PT), de modo a favorecer o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Um terço dos veículos parados em todo o país se concentrou na região Nordeste, reduto eleitoral de Lula onde o petista havia aberto uma ampla vantagem sobre Bolsonaro no primeiro turno.

Marília Alencar elaborou uma planilha que mostrava as localidades onde Lula e Bolsonaro haviam obtido mais de 75% dos votos na primeira etapa da votação. A PF encontrou no celular dela uma imagem de um mapa que apontava somente as cidades nas quais Lula teve mais de 75% dos votos. Esses dados teriam orientado a PRF no planejamento das abordagens de veículos nas estradas, priorizando operações nos redutos lulistas.

Além de ter trabalhado no Ministério da Justiça, Alencar também era subsecretária de Inteligência do Distrito Federal enquanto Torres foi secretário. Ela estava nessa função no dia 8 de janeiro e é investigada por ter se omitido nessa data.

A delegada já foi ouvida pela CPI da Câmara Legislativa do DF. Na ocasião, ela negou ter cometido crimes e sustentou que sempre desenvolveu um trabalho técnico.

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