Política
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Por Eduardo Gonçalves — Brasília

Ao apontar movimentação "atípica" e "incompatível" nas contas bancárias do tenente-coronel Mauro Cid, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) destacou quatro pessoas que fizeram transações com o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Uma delas é o sargento Luis Marcos dos Reis, que era subordinado de Cid na Presidência e também é investigado pela Polícia Federal (PF).

Sobre a movimentação financeira entre Cid e Reis, o Coaf fez o seguinte registro: “Considerando a movimentação atípica sem justificativa e as citações desabonadoras na mídia tanto do analisado como do principal beneficiário, comunicamos pela possibilidade de constituir em vício do crime de lavagem de dinheiro ou com ela relacionar-se”.

O documento também chama atenção para transações de Mauro Cid envolvendo um "caixeiro viajante", um "ourives" — profissional especializado em trabalhar com ouro e outros metais preciosos — e um tio da mulher do militar. Nestes casos, no entanto, não se tem notícia de apurações por parte da PF ou outras autoridades sobre os personagens citados.

No relatório, o Coaf destacou que encontrou nas contas de Cid indícios de “movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, atividade econômica ou a ocupação profissional e capacidade financeira do cliente” e “transferências unilaterais que, pela habitualidade e valor ou forma, não se justifiquem ou apresentem atipicidade”.

Ao analisar as transações financeiras de Cid, o Coaf registrou que o militar movimentou R$ 3,2 milhões em sete meses — de 26 de junho de 2022 a 25 de janeiro de 2023. Nesse período, ele registrou operações de R$ 1,4 milhão em débitos e R$ 1,8 milhão em créditos. Militar da ativa, o tenente-coronel recebe mensalmente uma remuneração de R$ 26.239.

Entre as operações destacadas pelo Coaf, está o envio de remessas aos Estados Unidos no valor de R$ 367.374 em 12 de janeiro de 2023 — data em que Cid e Bolsonaro se encontravam naquele país. Os dois saíram do Brasil no fim de 2022 e não acompanharam a transmissão do cargo para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Considerando a movimentação elevada, o que poderia indicar tentativa de burla fiscal e/ou ocultação de patrimônio e demais atipicidades apontadas, comunicamos pela possibilidade de constituir-se indícios do crime de lavagem de dinheiro ou com ele relacionar-se”, diz trecho do relatório.

Procurado, o advogado Bernardo Fenelon, que defende Cid, afirmou que "todas as movimentações financeiras do tenente-coronel, inclusive aquelas referentes a transferências internacionais, são lícitas e já foram esclarecidas para a Polícia Federal". O criminalista ainda pontuou que "todas as manifestações defensivas são apenas realizadas nos autos do processo".

Mauro Cid está preso preventivamente em um batalhão do Exército desde o dia 3 de maio, quando foi alvo de uma operação da PF que investiga supostas fraudes no cartão de vacinação de Bolsonaro e de pessoas ligadas a ele. Como ajudante de ordens, ele era responsável por cuidar das contas pessoais do ex-presidente e seus familiares.

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