Política Eleições 2022

Mourão diz que deverá ser candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul

Vice-presidente deu entrevista usando uma máscara com a bandeira do estado. Em entrevista ao GLOBO, Flávio Bolsonaro já havia tratado da participação do general na disputa
Mourão afirma que deve se candidatar ao Senado pelo RS e usa máscara com bandeira do estado gaúcho Foto: Reprodução
Mourão afirma que deve se candidatar ao Senado pelo RS e usa máscara com bandeira do estado gaúcho Foto: Reprodução

BRASÍLIA — O vice-presidente da República Hamilton Mourão confirmou nesta sexta-feira a intenção de  ser candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul. Ele deu rápida entrevista à imprensa usando uma máscara com a bandeira do estado e afirmou que falta apenas decidir o partido pelo qual concorrerá.

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Em entrevista ao GLOBO , o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, disse que Mourão deverá ser candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul, tendo recebido convite de dois partidos: PP e Republicanos.

Questionado se já tinha uma decisão sobre a candidatura, Mourão respondeu que sim e afirmou:

— Será comunicada brevemente.

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Indagado se a máscara com a bandeira do Rio Grande do Sul era um indicativo, disse:

— Lógico, né.

Depois, questionado se o caminho é pelo Rio Grande do Sul, respondeu:

— Por aí. Agora é só questão de partido.

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Sobre apoio a algum candidato a governador, ele disse que há dois pré-candidatos do campo do governo no Rio Grande do Sul: o ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni, e o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), que fez parte da tropa de choque bolsonarista na CPI da Covid.

Na entrevista ao GLOBO, questionado quem será o candidato a vice-presidente de Bolsonaro, Flávio afirmou:

— Não sei. Tem os nomes que estão aí: a ministra (da Agricultura) Tereza Cristina, (o ministro da Defesa) Braga Neto, alguém do Nordeste, general (Augusto) Heleno (ministro do Gabinete de Segurança Institucional). Mas é difícil achar a pessoa com perfil ideal. Sempre tem que pensar no que isso agregaria à candidatura do presidente, mas também na relação de confiança do presidente o vice. O general Mourão não foi um perfil que politicamente agregou tanto, porque ele é militar como Bolsonaro, mas foi uma pessoa extremamente leal, preparadíssima.

Ao GLOBO, Flávio Bolsonaro disse que as pesquisas mostram que a questão da vacina contra a Covid-19 gerou um desgaste, mas afirmou que foi o governo do pai que comprou as doses. Questionado sobre isso, Mourão disse:

— Eu acho que houve muita politização nisso aí, muito disse-me-disse por, vamos dizer assim, algumas palavras que o presidente às vezes coloca aí de forma pública. Mas por outro lado os atos foram a compra da vacina. Então eu acho que Flávio colocou dentro desse aspecto, a discussão política que houve em torno de algo que não era para ser discutido politicamente, e sim de forma técnica e objetiva.

Na entrevista, Mourão também disse não ver problemas no projeto de lei aprovado pela Câmara que afrouxa regras para liberação de agrotóxicos .

— As críticas vão sempre ocorrer. A legislação está sendo discutida dentro do Congresso, passou na Câmara, via para o Senado. Ainda tem alguma coisa para ser debatida. Não vejo grandes problemas — disse o vice-presidente afirmando ainda achar que está "OK" o texto aprovado na Câmara.

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