Jaime Leibovitch, que fez 'Alma gêmea', mostra casa no Retiro dos Artistas e diz: 'Nunca fui tão famoso como quando vim para cá'

— Devo isto, não apenas a Yolanda e Valéria, minhas agentes, como também ao fato de que muitos produtores de elenco recorrem ao Retiro, em busca de atores e atrizes. Também contam as inúmeras entrevistas que acabamos dando, como agora. Nunca fui tão “famoso” como quando vim para cá — brinca ele.

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Ele estreou na TV Globo na minissérie "Bandidos da Falange", em 1983. Sua última aparição inédita na TV foi em uma participação na novela das 18h "Elas por elas", no início deste ano. Ele conta que, vez ou outra, surge algum dinheiro em sua conta referente a trabalhos antigos reprisados, como é o caso de "Alma Gêmea", no ar no Vale a Pena Ver de Novo.

Ele diz que quer voltar para o teatro e comenta sobre a escolha de viver no local em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio:

— É comum dizerem, os calhordas, que “fomos parar” no Retiro dos Artistas. O que faz com que muitos taxistas, ao serem informados de que vamos ao Retiro, não resistam à clássica pergunta: “Em que foi que esses artistas dilapidaram toda a fortuna?!”.

No Retiro, Jaime conta que sua rotina se resume a ler e decorar textos e, no momento, a se recuperar da cirurgia na próstata que acaba de fazer.

— A próstata é uma espécie de bomba-relógio que o acaso arma e desarma. Um dia, pum! O que fiz foi remover um tanto de material para que a urina pudesse fluir mais confortavelmente. Mas ainda tem a catarata do olho esquerdo, a síndrome do túnel do carpo, a tomografia do pulmão, o refluxo gástrico... A velhice é um longo e meticuloso exercício de preparação para a falência múltipla dos órgãos.

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