Entrevistas
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Por Anna Luiza Santiago

Flávia Alessandra está prestes a completar 50 anos, 35 deles vividos diante das câmeras. Ela, que comemora o aniversário no próximo dia 7, faz um balanço da trajetória até aqui:

— Meio século é um número muito forte. Tem muita história já para contar, muito aprendizado, conhecimento e estrada. Ao mesmo tempo é muito bom porque parece que tudo ganha mais clareza. As nossas decisões, as nossas dúvidas são solucionadas mais rapidamente. A gente de fato sabe o que quer e onde quer estar. Então é tudo mais tranquilo para encarar a vida.

A atriz começou a carreira em 1989. Sua primeira novela foi "Top model". De lá para cá, ela se reinventou também como apresentadora, influenciadora e empreendedora. Flávia analisa os impactos do etarismo no mercado de trabalho:

— Eu acho que a gente vive numa sociedade que ainda condena muito a mulher, que cobra muito em todas as faixas etárias. Quando bate 50, então... É como se não pudesse mais ter vida. Mas eu acredito num futuro em que a gente já começa a enxergar as coisas de maneira diferente. Por conta da nossa longevidade. Seremos uma geração que vai bater os cem anos, então certamente estaremos mais ativas também no mercado de trabalho por mais tempo e inseridas de forma geral em consumo, propaganda e influência. Porque este vai ser o futuro. Nós estaremos aí por mais tempo e até em posições de comando. Então essa dinâmica vai ter que mudar.

No mundo dos negócios, Flávia é sócia de uma clínica de harmonização facial e fundou uma plataforma de treino e bem-estar junto com o marido, Otaviano Costa. Ela diz não sofrer com a pressão estética e detalha sua rotina de cuidados:

— Eu nunca tive a preocupação do corpo ideal, que é o que a gente vê tantas pessoas hoje buscando, e sim com meu bem-estar. Sempre fui uma pessoa muito ativa, fiz mais de uma coisa ao mesmo tempo. E isso só se tornou possível graças a uma rotina, a um ritual que eu estabeleci para mim. Na minha carreira eu não tenho rotina, então cada dia é diferente. Por isso, acho que entendi que tinha que desenvolver para mim uma rotina de bem-estar, ou iria me perder. Então, mesmo nesta loucura de vida que eu sempre tive, eu encontrava uma brecha para praticar uma atividade física e me alimentar bem. Como bem a vida inteira, como de tudo sem restrições. Durante a semana eu faço uma alimentação mais balanceada. O fim de semana é meu. Eu não negocio. O meu bem-estar é outro quando eu me alimento bem, me exercito e durmo bem. Hoje eu olho eu digo: deu certo. Vou continuar fazendo porque deu certo.

A atriz, que é mãe de Giulia, de 24 anos, e de Olívia, de 13, comenta ainda a criação das filhas. A mais velha recentemente foi morar sozinha. Flávia conta se surgiu a síndrome do ninho vazio:

— Não bateu por aqui. Tanto eu quanto o Otaviano fomos para o mundo muito cedo. Começamos a trabalhar e ficamos independentes muito cedo. Então, acho que a gente estimula isso nelas também. Ter independência e liberdade foi fundamental para mim, então, a gente apoiou. A melhor parte disso tudo é que estamos cada vez mais próximas e mais amigas uma da outra, nos amando, nos respeitando e sentindo falta.

Muito ativa nas redes sociais, Flávia cita o lado negativo da exposição, principalmente as comparações sobre aparentre ela e Giulia:

— É uma coisa horrível. Eu não leio, mas é lógico que atinge a minha filha. A internet tem um lugar de ser território de maldade, de muita tristeza e insatisfação das pessoas. Elas depositam a amargura ali e não se expõem. Vira terra de ninguém. Eu vivo falando para ela: "Tenta não ler, não olhar. Porque você vai encontrar muita coisa legal, mas também vai encontrar muita gente amarga no meio do caminho". E é claro que mexe com a gente, lógico que isso mexe com qualquer um.

Flavia Alessandra — Foto: Reprodução/Instagram
Flavia Alessandra — Foto: Reprodução/Instagram
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