Entrevistas
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Por Anna Luiza Santiago

Galã de novelas das décadas de 1990 e 2000, Felipe Folgosi agora conta suas histórias através de quadrinhos. Desde 2014, ele já lançou sete volumes de HQs voltadas para o público adulto e atualmente trabalha no oitavo.

— Eu cresci lendo quadrinhos. Antes mesmo de eu ser alfabetizado, o meu pai já comprava HQs para mim, faz parte da minha formação. Eu fiz faculdade de Cinema em São Paulo, morei nos Estados Unidos e, quando retornei, comecei a escrever roteiros, mas na época estava difícil de produzir. Mesmo sendo ator, era difícil fazer cinema, porque é muito caro. Então pensei em uma alternativa: já que tem tanta gente produzindo quadrinhos para o cinema, como os filmes de super-herói da Marvel, vou fazer o inverso: pegar os meus roteiros e produzir para quadrinhos. Foi uma alternativa de uma mídia que eu gosto e que eu já poderia materializar, distribuir. A coisa mais prazerosa para um autor é que as pessoas tenham acesso à sua obra. Escrever e deixar na gaveta é muito chato — explica ele.

Para o futuro, Folgosi espera "fechar o ciclo" e poder assistir à adaptação de suas histórias para uma série de televisão, projeto que ele negocia atualmente. Enquanto isso, o ator se dedica a outros formatos, e os resultados recentes são positivos. Em abril, o longa escrito e produzido por ele, "Rodeio rock", estreou no catálogo da Netflix e, na primeira semana, chegou ao Top 10 de filmes mais assistidos no país. Lucas Lucco e Carla Diaz são os protagonistas:

— Escrevi em 2011 o roteiro, e filmamos em 2022. Depois de toda essa caminhada, é uma realização como escritor e produtor associado. Durante a minha carreira de ator, sempre quis contar as minhas histórias. No "Rodeio rock", queria abordar a vida artística, os ônus e os bônus, as alegrias e as dificuldades de lidar com fama e cobranças. Um ator seria muito próximo da minha realidade, então fui para o mundo da música. Eu gosto, tenho vários amigos músicos. Quis brincar com o rock e o sertanejo, as diferenças e as similaridades que eles têm. A gente entra em algumas questões, de como se manter íntegro e não se corromper pelo sistema e pelo mercado. Tudo isso com muito humor, tem romance. É um filme muito leve.

O ano de 2022, em que o primeiro longa foi rodado, representou outro marco na vida de Folgosi: ele concorreu às eleições como candidato a deputado federal em São Paulo pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Nas urnas, recebeu 30.921 votos e não foi eleito, ficando com a vaga de suplente. O ator deu mais detalhes sobre sua decisão de tentar a carreira política:

— Foi um pedido que me foi feito, para contribuir na cultura. Achei que era oportuno, a gente estava em um momento de transição. Vivemos em uma democracia, tem várias pessoas do meio artístico que já se posicionaram e se candidataram, já fizeram parte de governos, tanto em cargos eletivos ou não. Não vejo nenhum problema de ter atendido esse chamado de participar e poder colaborar publicamente com a questão da cultura. Só que realmente não é a minha vocação. Prefiro colaborar como cidadão de uma forma cívica, como eu sempre fiz, com a minha arte. Para mim foi muito bom, importante e educativo, mas prefiro me manter na área mais estritamente cultural.

Mesmo com tantos diferentes interesses e projetos, o ator tem um carinho especial pelas novelas. Seu último papel foi em "Aventuras de Poliana", no SBT, em 2020. Se houver o "convite certo", ele conta que tem vontade de voltar à televisão:

— Eu adoro fazer novela. Às vezes as pessoas subestimam, mas fazer novela bem não é fácil, e aqui no Brasil a gente faz novela muito bem. Exige bastante energia e tempo. Eu nunca vou deixar de fazer novela, porque, como o teatro e o cinema, a televisão é um dos tripés da carreira artística no Brasil. Gosto do ambiente, da camaradagem que rola quando a gente está há meses convivendo com elenco e equipe. É muito gostoso. Às vezes preciso priorizar outros projetos, mas continuo me considerando um ator do mercado.

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