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Por O Globo e agências internacionais — Londres

Uma análise feita pelo jornal Financial Times revelou que o líder do Partido Trabalhista no Reino Unido, Keir Starmer, recebeu £ 76 mil (R$ 543 mil) em presentes, incluindo ingressos para jogos de futebol e ternos, desde a eleição geral de 2019. Todos os itens foram declarados, seguindo as regras do Parlamento britânico, e a divulgação do montante ocorre a três dias das eleições que devem marcar o retorno dos trabalhistas ao governo, e que podem confirmar Starmer como novo primeiro-ministro.

Segundo o Financial Times, a lista de presentes inclui £ 16,2 mil (R$ 115,9 mil) em “roupas de trabalho” e £ 2.485 (R$ 17.778) em “múltiplos pares de óculos”, todos recebidos do lorde Waheed Alli, integrante do Partido Trabalhista e membro da Câmara dos Lordes.

Torcedor do Arsenal, um dos times mais tradicionais de Londres, Starmer recebeu, de vários doadores, ingressos para acompanhar partidas da Premier League e da Liga dos Campeões, além de entradas para um jogo entre seleções femininas em Wembley e para a final da última Eurocopa, em 2021, quando a Inglaterra foi derrotada pela Itália nos pênaltis. O jornal não divulgou os valores dos ingressos, que normalmente podem superar a marca dos quatro dígitos.

O líder trabalhista recebeu ingressos para ver shows do Coldplay em Manchester, em 2023 (incluindo uma estadia de £ 937 (R$ 6.703) em um hotel da cidade, cortesia de um empreendedor local), da cantora Adele, no Hyde Park, em Londres, e levou a família para aproveitar alguns dias em uma uma península no País de Gales — a conta, de £ 4,5 mil (R$ 32,1 mil), foi paga por uma empresa local.

Pelas regras parlamentares, os deputados precisam declarar todos os tipos de presentes, benefícios e gastos com acomodação, com a exceção de viagens ao exterior, com detalhes sobre quem pagou as despesas. Ao ser questionado pelo Financial Times, Starmer negou qualquer irregularidade nos presentes, afirmando que “todo mundo pode ver quem doou, por que doou e de quanto foi a doação, para garantir que não haja conflito de interesses”. A lista elaborada pelo jornal inclui outros tipos de doações, como a seu gabinete, além de estadias em campanhas eleitorais e itens oferecidos a seus assessores.

Apesar de ser um dos parlamentares mais beneficiados pelas doações e presentes, outros deputados e deputadas estão (bem) à frente de Starmer na lista do Financial Times. Andrew Bridgen, que não faz mais parte do Parlamento, recebeu £ 4 milhões (R$ 28,62 milhões) em um empréstimo sem juros de um milionário para pagar despesas legais. Jeremy Corbyn, ex-líder trabalhista, recebeu doações de £ 600 mil (R$ 4,2 milhões) de seus apoiadores também para custear despesas legais. Boris Johnson, ex-premier, declarou £ 200 mil (R$ 1,4 milhão) em presentes, em boa parte ligados à acomodação para ele e sua família depois de deixar o governo.

Já Laurence Robertson, do Partido Conservador, recebeu cerca de £ 40 mil (R$ 286 mil) em acomodações, viagens e benefícios similares desde 2019, incluindo uma recepção de £ 2,3 mil (R$ 16, 45 mil) para marcar seu aniversário. Os benefícios foram pagos por empresas e empresários do ramo de apostas.

— Os parlamentares devem se perguntar por que estão recebendo presentes tão generosos, e se perguntar o que está escondido por trás do preço desses presentes antes de aceitá-los — disse Steve Goodrich, chefe de pesquisa e investigações da ONG Transparência Internacional, ao Financial Times.

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