Incêndio em parque de diversões na Índia deixa 27 mortos, entre eles 4 crianças

• Leia mais: O que é a anomalia magnética que fica sobre o Brasil, está crescendo e é monitorada pela Nasa
• Mundo: ONU estima o número de mortos em deslizamentos de terra em Papua Nova Guiné em 670

"Confirmamos a morte de 27 pessoas no incêndio", incluindo quatro crianças com menos de 12 anos, declarou à imprensa o oficial de polícia Radhika Bharai. Um balanço anterior mencionava 24 mortos.

"Os corpos ficaram calcinados até ficarem irreconhecíveis, o que dificulta a sua identificação", acrescentou o agente. As autoridades locais indicaram em um comunicado que a polícia está coletando "amostras de DNA dos restos" para identificar as vítimas.

O fogo começou em uma estrutura de dois andares do parque de diversões TRP, situado no município de Rajkot, no estado de Gujarat, declarou à imprensa Ilesh Kher, oficial do corpo de bombeiros de Rajkot.

Mais de 300 pessoas estavam na estrutura incendiada quando o fogo começou, acrescentou. Incêndios são frequentes na Índia devido ao mau estado dos edifícios, à superpopulação e ao não cumprimento das normas de segurança.

Seis bebês morreram também na noite de sábado em um incêndio em um hospital infantil de Nova Delhi, segundo a polícia da capital indiana.

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, oriundo do estado de Gujarat, declarou na rede social X estar "extremamente aflito pelo incêndio em Rajkot". Perto dos escombros, de onde ainda saía fumaça no domingo, a mãe e a irmã de Asha Kathad, uma funcionária do parque de 20 anos, esperavam desesperadamente por notícias dela.

"Não sabemos nada sobre ela", declarou a mãe da jovem aos jornalistas, tão abalada que não conseguiu dizer seu nome.

"As pessoas ficaram presas quando uma estrutura temporária perto da entrada desabou, dificultando sua saída", explicou Ilesh Kher, apontando que o fato de haver tanta gente no recinto se devia ao fim de semana de férias de verão.

As chamas se propagaram rapidamente devido ao material inflamável, explicou. Os corpos, envoltos em lençóis brancos, foram colocados enfileirados no chão, antes de serem retirados. Sobreviventes relataram que tiveram que arrombar portas e saltar pelas janelas para escapar do fogo.

"Tentamos sair pela porta dos fundos, mas não conseguimos. Vi um raio de luz vindo de fora. Chutei a chapa e cinco de nós conseguimos escapar pulando do primeiro andar", explicou Pruthvirajsinh Jadeja, que estava jogando boliche, ao jornal The Indian Express.