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Por O Globo com agências internacionais — Doha

O acordo para a libertação de reféns por parte do Hamas está perto, segundo o primeiro-ministro do Catar, o xeque Mohammed Bin Abdulrahman al-Thani. Em uma coletiva de imprensa neste sábado, a autoridade catari afirmou que os últimos empecilhos na negociação seriam pequenos e basicamente logísticos.

— Os desafios enfrentados para o acordo são apenas práticos e logísticos — afirmou al-Thani em Doha, ao lado do chefe da política externa da União Europeia, Josep Borrell.

Neste sábado, o jornal The Washington Post informou que um esboço de acordo foi elaborado ao longo de "semanas de negociações em Doha, no Catar, entre Israel, os Estados Unidos e o Hamas, representado indiretamente por mediadores do Catar".

Ainda não está claro, porém, se Israel concordaria em interromper temporariamente sua ofensiva em Gaza. Acredita-se que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Nethanyahu, concordaria com uma trégua temporária, mas permanece refratário a um cessar-fogo permanente.

Casa Branca comenta

Após a divulgação da reportagem do Post, a Casa Branca afirmou que continua a “trabalhar arduamente” para chegar a um acordo entre Israel e o Hamas para libertar os reféns e marcar uma pausa nos combates, mas negou que já haja um acerto.

“Ainda não chegamos a um acordo, mas continuamos a trabalhar arduamente para chegar a um”, disse a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Adrienne Watson, no X (antigo Twitter).

Pressão

À medida que os soldados israelenses avançam sobre o território palestino de Gaza à procura de centros de comando subterrâneos do Hamas, crescem as pressões interna e externa para que Netanyahu apresente o prometido desfecho para o conflito — a eliminação completa do grupo terrorista e a libertação dos reféns capturados durante o ataque de 7 de outubro.

Diante do alto impacto para a população civil e infraestrutura humanitária do enclave, sobretudo os centros hospitalares, autoridades do gabinete do premier admitem que a janela de legitimidade perante a comunidade internacional para emplacar sua operação militar está se fechando, colocando o país na delicada posição de conciliar a continuidade da ofensiva e as baixas civis, bem como o tempo da ocupação e a decisão do que fazer após a retirada de Gaza.

Passadas três semanas da invasão terrestre em larga escala contra Gaza — e seis de conflito, ao todo —, as Forças Armadas de Israel afirmam ter tomado o controle de parte do norte do território, incluindo a parcela ocidental da Cidade de Gaza. As tropas israelenses tomaram centros de poder palestinos, como o Parlamento, a sede da Polícia, além do porto da capital, sem sinal de maiores dificuldades ou grandes baixas em suas fileiras.

Em contrapartida, um dos sucessos estratégicos do plano militar se converteu, na última semana, no maiores revés para o país. A entrada de tropas em hospitais no norte de Gaza, incluindo o al-Shifa, maior do enclave, e o al-Rantisi, especializado em cuidados pediátricos, provocou uma reação em cadeia de críticas ao redor do mundo.

Organizações internacionais como a Cruz Vermelha, a Organização Mundial da Saúde e escritórios da ONU condenaram a operação, e mesmo aliados de primeira ordem, como os EUA e o Reino Unido, exigiram nesta semana que o Estado judeu fosse pouco "intrusivo" nas ações contra os centros médicos — que o Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, afirma não terem mais capacidade de atender pacientes, diante do cerco a insumos básicos, incluindo combustível para geradores de energia elétrica.

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