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Por — Brasília

Após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recepcionar o grupo de 32 brasileiros e familiares resgatados da Faixa de Gaza, alguns dos repatriados falaram sobre a situação de incerteza e brutalidade da guerra.

Ao lado de Lula, Shahed al-Banna, uma jovem de 18 anos, que morou na Faixa de Gaza apenas por um ano e meio, falou sobre a morte de parentes e amigos. Ela contou que foi a Gaza para que sua mãe, acometida pelo câncer, pudesse se despedir da família.

— Não acredito que estou viva, que estou aqui. Achei que fosse morrer — disse a jovem.

Ela agradeceu à missão brasileira que resgatou os brasileiros, e pediu ajuda para que outros familiares possam sair de Gaza.

— A gente ainda está preocupado ainda com os familiares de Gaza. Já perdi muitos familiares, muitas amigas nessa guerra. Perdi minha casa, foi destruída. Quero muito ajudar a tirar nossos familiares de lá.

Lula, então, prometeu empreender esforços para tirar mais brasileiros do local. Ele esteve ao lado da primeira-dama, Janja da Silva, e dos ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores), Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação) Márcio Macedo (Secretaria-Geral) e Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública).

— Primeiro, (quero dizer que tenho) um compromisso com você e com sua família, da diplomacia, para tirar todos os brasileiros de lá.

O palestino com cidadania brasileira Hasan Rabee, 30 anos, também falou ao lado do presidente Lula e agradeceu o apoio prestado para repatriar o grupo da Caixa de Gaza

— Queria agradecer ao presidente, governo federal, Força Aérea, Itamaraty. Todos vocês, por essa força apoio. Ficamos lá por 37 dias de muito sofrimento, às vezes até passamos fome e sede.

Rabee afirmou que ele e sua mulher chegaram a mentir sobre o barulho das bombas aos seus filhos para que eles ficassem mais tranquilos

— O que está acontecendo lá na verdade é um massacre. Difícil para todos vocês entenderem o que passa lá. As bombas caindo por todo lado. Na primeira e segunda semana começamos a mentir, mas não conseguimos segurar essa mentira por muito tempo — contou o palestino.

'Não perdemos a esperança'

Durante entrevista ao programa Encontro com Patrícia Poeta, da Globo, al-Banna voltou a agradecer o apoio e a preocupação manifestados por eles durante os mais de 30 dias que permaneceram na Faixa de Gaza, em meio aos bombardeios.

— Graças à vocês, graças as pessoas que estavam preocupadas com a gente, não perdemos a esperança — afirmou.

Apesar da felicidade em estar longe do conflito e em segurança, a jovem lembrou daqueles que continuaram ou não puderam sair do enclave palestino e abordou o medo trazido pela perda dos entes queridos. No grupo do Brasil, dois escolheram permanecer em Gaza.

— Nosso maior medo é perder quem a gente ama. Já perdemos muitos familiares, mas temos medo de ficar sozinho no final, nosso maior medo é perder todo mundo — observou.

O grupo que aterrissou no Brasil era composto por 32 pessoas. Desses, 17 eram menores. Segundo a ONU, em média, uma criança é morta e duas são feridas a cada dez minutos desde o início da guerra, no dia 7 de outubro. Questionada sobre como a crianças lidavam com o conflito, al-Banna respondeu que para eles "era como se fosse um jogo":

— Eles não entendem muito bem a realidade. (Colaborou Emanuelle Bordallo)

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