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Por AFP — Rio de Janeiro

O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, território governado pelo grupo terrorista palestino Hamas, anunciou, nesta segunda-feira, que os bombardeios sem trégua de Israel contra o território teriam deixado mais de 10 mil mortos. Mas, como a pasta faz essa contagem? Israel bombardeia a Faixa de Gaza sem trégua desde o ataque executado pelo Hamas no sul do território israelense, em 7 de outubro. O Exército de Israel assegurou que a incursão deixou mais de 1.400 mortos, a maioria civis.

Israel também lançou uma ofensiva terrestre para "aniquilar" o grupo islâmico, no poder em Gaza desde 2007. O porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, Ashraf al-Qudra, anunciou, nesta segunda, que os bombardeios tinham deixado 10.022 mortos no território. Também informou que pelo menos 292 palestinos morreram na madrugada nos bombardeios do Exército israelense, que acusa de ter "executado 19 massacres nas últimas horas".

Segundo o ministro, a maioria dos mortos é de civis. Entre eles, há 4.000 crianças e 2.600 mulheres. Os bombardeios também deixaram mais de 25 mil feridos, segundo a mesma fonte.

Lista de nomes

Em 26 de outubro, o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, publicou uma lista com os nomes dos 7 mil palestinos assassinados na guerra. O objetivo era demonstrar a confiabilidade desta cifra, depois que o presidente americano, Joe Biden, a questionou. Segundo o Hamas, a lista, que além do nome inclui o sexo, o nome e o número de identidade dos mortos, visa a "revelar ao mundo inteiro os detalhes e os nomes para que conheçam a verdade".

"Sabemos que as vítimas civis em Gaza (...) são contadas aos milhares", admitiu, nesta segunda, o porta-voz do Pentágono, Pet Ryder.

Um porta-voz do Departamento de Estado americano afirmou, por sua vez, que os números publicados pelo Hamas são usados internamente porque não há outras organizações que façam esta contagem. O funcionário insistiu, no entanto, que estas cifras continuam sendo questionadas.

Em um documento adicionado à lista, o ministério explicou que nos hospitais do governo, o pessoal inclui as informações de cada morto em uma base de dados digitalizada. Estes dados são transmitidos depois ao "registro central dos mártires" do Ministério da Saúde diariamente. Se os mortos estiverem em hospitais particulares, suas informações pessoais são registradas em um formulário especial, enviado "em um prazo de 24 horas" ao ministério.

A pasta acrescenta, então, os detalhes à sua base de dados e "o centro de informação" se encarrega de verificar as informações transmitidas pelos hospitais para "garantir que não contenham informações duplicadas ou erros".

Dados retomados pela ONU

No fim de outubro, a AFP pôde acompanhar o procedimento adotado para fazer a contagem dos mortos no necrotério do hospital Nasser, em Khan Yunis, no sul de Gaza. Um médico legista examinava cada corpo, tirava fotos e anotava o nome e o local onde a pessoa havia morrido.

A partir desta informação fornecida pelos legistas, o escritório de gestão de pacientes preenchia, depois, um formulário com os dados de cada "mártir" antes de introduzi-los em uma base de dados digital. O diretor do hospital, Nahed Abu Taaema, mostrou duas abas de um programa em seu computador. A primeira tinha a lista dos "mártires", os mortos no conflito com Israel. A segunda, a de outros falecidos.

Em 27 de outubro, o diretor da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA), Philippe Lazzarini, afirmou que os números de mortos divulgados pelo Ministério da Saúde nunca foram questionados em conflitos anteriores.

As informações publicadas pelo Ministério também são usadas pela Organização Mundial da Saúde em seus relatórios sobre os Territórios Palestinos.

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