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Por O Globo e agências internacionais — Tel Aviv e Gaza

Existe uma rede de transportes abaixo da Faixa de Gaza, e Israel tenta destruí-la. Após a invasão do país pelo Hamas no último 7 de outubro, militares israelenses iniciaram a contraofensiva com ataques aéreos – ao todo, foram mais de 7 mil bombardeios em Gaza. Agora, esta guerra continua, mas a operação terrestre também avança.

Para lutar na rede de túneis do grupo terrorista, o país deve utilizar as novas “bombas-esponja”. As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) têm testado bombas químicas que não contêm explosivos, mas que são usadas para vedar lacunas ou entradas de túneis de onde os combatentes possam emergir.

A nova tecnologia cria uma explosão repentina de espuma, que se expande rapidamente e depois endurece. Soldados israelenses foram vistos utilizando o dispositivo em exercícios realizados em 2021. O Exército montou um sistema de túneis simulados na base militar de Tze’Elim, perto da fronteira com Gaza.

‘Metrô de Gaza’

Com o avanço da invasão terrestre, é provável que as tropas enfrentem batalhas sangrentas nos túneis, que também são conhecidos como “Metrô de Gaza”. Acredita-se que a rede tenha dezenas de quilômetros de extensão e esteja repleta de armadilhas. A maioria dos terroristas ocupa o espaço ao lado de arsenais de armas, alimentos e, agora, mais de 200 reféns israelenses.

Ameaça subterrânea: túneis do Hamas são preocupação de segurança para Israel — Foto: Arte/O Globo
Ameaça subterrânea: túneis do Hamas são preocupação de segurança para Israel — Foto: Arte/O Globo

A “bomba-esponja”, nesse sentido, evitaria que os soldados fossem emboscados à medida que avançassem na rede, fechando as lacunas por meio das quais o Hamas poderia atacar. Contidos em um recipiente de plástico, os dispositivos especializados possuem uma divisória metálica que separa dois líquidas. Extraída essa barreira, os compostos se misturam à medida que o soldado posiciona a “bomba”.

Visão noturna e rádios novos

Equipes especializadas do corpo de engenharia das IDF foram agrupadas em unidades de reconhecimento de túneis e equipadas com sensores terrestres e aéreos, radar de penetração no solo e sistemas especiais de perfuração para localizar túneis. Eles também receberam equipamentos especiais para poder enxergar quando estão no subsolo.

Os óculos de visão noturna padrão precisam de um elemento de luz ambiente para funcionar de maneira eficaz, mas com toda a luz natural bloqueada ao se moverem no subsolo, as tropas contarão com a tecnologia térmica para enxergar na escuridão total. Também foram desenvolvidos novos rádios, otimizados para trabalhar nas condições extremas experimentadas no subsolo.

Robôs e drones

No entanto, existem complicações potenciais com o arsenal subterrâneo. A “bomba-esponja” – tecnicamente uma emulsão líquida – é perigosa de trabalhar, e alguns soldados israelenses perderam a visão devido ao seu manuseamento incorreto. Fora ela, Israel também pode usar robôs e drones para ajudar na navegação dos túneis, mas até agora tem visto dificuldades para operá-los no subsolo.

Alguns dos robôs serão controlados por fios que saem da parte traseira do dispositivo. Outros dependerão de ondas de rádio padrão, mas precisarão de uma série de nós repetidores para serem lançados no caminho, à medida que os sinais de rádio se degradam rapidamente no subsolo. Micro-drones para reconhecimento sofrerão da mesma forma à medida que o sinal de rádio enfraquece.

A empresa de tecnologia Roboteam, sediada em Israel, desenvolveu o IRIS, um drone pequeno que pode ser conduzido sobre rodas grandes por meio de controle remoto. Conhecido pelas forças especiais como “throwbot”, ele retransmite imagens de volta para um controlador, operando o dispositivo a partir de uma posição de segurança.

Alguns dispositivos podem ter armas acopladas para que, se combatentes inimigos forem vistos, o controlador possa detonar explosivos. Juntamente com o IRIS, desenvolveu o MTGR, um “robô microtático terrestre” que pode subir escadas e foi projetado para ser operado por soldados em edifícios e cavernas.

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