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Por Anna Betts, James C. McKinley Jr. e Nicholas Bogel-Burroughs, The New York Times — Atlanta

A polícia do condado de Fulton, no estado americano da Geórgia, informou na quinta-feira que investiga ameaças on-line contra os integrantes do Grande Júri que denunciaram nesta semana o ex-presidente Donald Trump e outras 18 pessoas por supostamente conspirar para anular os resultados das eleições de 2020 no estado.

Os nomes dos jurados foram publicados logo no início da denúncia de 98 páginas, como prevê a lei da Geórgia, o que é incomum na legislação americana, que costuma manter a identidade de integrantes do júri em sigilo.

Agora, alguns deles tiveram as fotos, perfis de redes sociais e até mesmo endereços e números de telefone compartilhados em sites na internet, em alguns casos com a sugestão de que sejam ameaçados e difamados. Até agora, não foi divulgada a ocorrência de nenhum incidente motivado pelos ataques on-line. As autoridades do condado declararam que tomaram conhecimento das postagens com ameaças e que trabalham para encontrar os responsáveis.

Outros processos que envolvem Trump também desataram ameaças. Uma texana foi acusada neste mês de ameaçar matar Tanya Chutkan, a juíza de Washington que está à frente da acusação federal contra o ex-presidente por tentativa de interferência nas eleições de 2020.

Os jurados do caso da Geórgia são do condado de Fulton, onde a promotora distrital Fani Willis passou dois anos e meio investigando as ações de Trump e seus aliados após a eleição de 2020 e apresentou as provas ao Grande Júri na segunda-feira. Eram necessários 12 votos dos 23 jurados para aprovar uma denúncia.

Rapidamente, após a divulgação da decisão de denunciar Trump, na segunda-feira, alguns jurados tiveram as identidades e dados pessoais vazados em mídias sociais.

“Achei justo compartilhar alguns nomes desse Grande Júri”, publicou um usuário no Facebook, incluindo supostos endereços e telefones de vários deles. (O post foi removido pelos administradores do site, confirmou um porta-voz da Meta por e-mail.)

Na Truth Social, a plataforma de mídia social fundada por Trump, muitos usuários republicaram os nomes. Em uma resposta a uma lista de vários jurados, um usuário instou outros a difamá-los e “garantir que não possam andar na rua”.

A Media Matters, uma organização liberal sem fins lucrativos que monitora organizações de mídia conservadoras, coletou outras mensagens postadas em um fórum on-line que incluíam ameaças de violência contra os jurados e a classificação da relação de nomes deles como uma “lista de alvos”.

O New York Times revisou publicações em quase uma dúzia de canais no Telegram onde as informações dos jurados foram compartilhadas. Em muitos desses canais, foram feitas alegações sobre raça ou origem religiosa dos jurados com base em seus nomes ou posturas políticas. Várias pessoas compartilharam postagens de um dos jurados que aparentemente teria apoiado democratas no passado.

Jon Gould, advogado e criminologista da Universidade da Califórnia em Irvine, avalia que o regulamento da Geórgia é incomum, por publicar os nomes dos integrantes de um Grande Júri. Ele acredita que isso abre a possibilidade de que sejam perseguidos por suas decisões, especialmente em casos envolvendo gangues e crime organizado. No estado de Nova York, por exemplo, os jurados são usualmente citados pela referência a um número, com os nomes mantidos em sigilo ao longo dos procedimentos do Grande Júri.

Michael Mears, professor da Escola de Direito John Marshall em Atlanta, explica que um dos motivos para a regra da Geórgia exigir a divulgação dos nomes dos jurados é permitir que os advogados de defesa tenham uma pequena janela no andamento do processo para verificar, por exemplo, se algum dos jurados deveria ter sido excluído por ter antecedentes criminais ou morar fora do condado.

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