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Por AFP — Atenas

Ao menos 79 pessoas morreram nesta quarta-feira no naufrágio de uma embarcação com migrantes e refugiados nas proximidades da Península do Peloponeso, Sul da Grécia, anunciou a Guarda Costeira em um balanço atualizado. Após uma ampla operação de resgate, dificultada pelos fortes ventos, mais de 100 pessoas foram resgatadas com vida.

O porta-voz da Guarda Costeira, Nikolaos Alexiou, declarou à televisão estatal ERT que os trabalhos de buscas e resgate continuariam durante a noite.

— O barco pesqueiro tinha entre 25 e 30 metros de comprimento. Seu convés estava cheio de gente e supomos que seu interior estivesse tão cheio quanto — disse ele à rede ERT.

A embarcação, que estava com centenas de migrantes e refugiados, de acordo com uma fonte do Ministério das Migrações grego, afundou em águas internacionais, a 87 quilômetros da costa da Grécia. O órgão teme que haja um número ainda maior de desaparecidos.

— Não sabemos o que havia no porão... Mas sabemos que muitos atravessadores trancam as pessoas para manter o controle — disse a repórteres o porta-voz do governo, Ilias Siakantaris.

Segundo Siakantaris, o Executivo recebeu informação, ainda não confirmada, de que a embarcação poderia levar até 750 pessoas. De acordo com ele, o motor parou de funcionar pouco antes das 23h locais (20h no horário de Brasília) de terça-feira e o barco virou em uma das áreas mais profundas do Mediterrâneo.

Os sobreviventes são principalmente da Síria, Paquistão e Egito, detalhou Alexiou. Um deles contou aos médicos do hospital de Kalamata, no Sul do Peloponeso, para onde vários sobreviventes foram levados, que havia visto uma centena de crianças no porão do barco, segundo a ERT.

A operação de resgate teve a participação das patrulhas da Guarda Costeira, de uma fragata da Marinha grega, de um avião e um helicóptero da Força Aérea, além de seis barcos que já estavam na região. Durante a extensa operação complicada por ventos fortes, 104 pessoas foram resgatadas. Em estado grave, quatro delas foram transferidas de helicóptero para o hospital.

A presidente grega, Katerina Sakellaropoulou, visitou Kalamata e conversou com autoridades sobre os trabalhos de resgate e o alojamento que será disponibilizado aos sobreviventes.

As autoridades gregas especificaram que no momento do naufrágio nenhuma das pessoas a bordo, cuja nacionalidade não foi divulgada, usava colete salva-vidas. Tudo indica que o barco partiu da Líbia e tinha a Itália como destino, segundo as autoridades.

Três dias de luto

A Grécia é governada por um Executivo interino até as eleições de 25 de junho. O gabinete do premier interino, Ioannis Sarmas, declarou três dias de luto oficial e acrescentou que os pensamentos do país estão "com todas as vítimas dos impiedosos atravessadores que se aproveitam das desgraças humanas".

A presidente da Comissão Europeia, Ursula van der Leyen, se disse "profundamente entristecida" com a notícia e "muito preocupada com o número de pessoas desaparecidas".

— Devemos continuar trabalhando juntos, com os Estados-membros [da União Europeia] e com países terceiros para evitar este tipo de tragédia — acrescentou.

Destino de imigrantes

Também nesta quarta, um veleiro que navegava em dificuldades com cerca de 80 migrantes na costa de Creta foi resgatado e rebocado por guardas costeiros para o porto de Kali Liménes, no Sul da ilha, segundo a polícia portuária grega.

Grécia, Itália e Espanha têm sido os principais destinos para dezenas de milhares de pessoas que procuram chegar à Europa a partir da África e do Oriente Médio.

Com uma longa fronteira marítima, a Grécia é um ponto de passagem regular para migrantes da vizinha Turquia e enfrenta crescentes tentativas de entrar por rotas perto das ilhas Cíclades e do Peloponeso para escapar das patrulhas no Mar Egeu mais ao norte, palco de inúmeros naufrágios, muitas vezes fatais. O governo frequentemente é acusado de recusar "ilegalmente" barcos de imigrantes.

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