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Por O Globo com AFP — Nova York

Representantes de países que integram o Conselho de Segurança da ONU se retiraram da sala, durante a intervenção, por videoconferência, da comissária russa para a infância, Maria Lvova-Belova, alvo de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI), em uma reunião dedicada à Ucrânia.

Autoridades ucranianas acusam a Rússia de ter "sequestrado" mais de 16 mil menores da Ucrânia desde o início da ofensiva, há mais de um ano.O TPI emitiu uma ordem de prisão, em março, contra o presidente russo Vladimir Putin e contra Maria Lvova-Belova, sob acusação de crimes de guerra e deportação ilegal de menores. O governo russo nega as acusações.

O embaixador russo na ONU, Vassili Nebenzia, acaba de assumir a presidência do Conselho de Segurança e presidiu a reunião informal de sobre a situação das crianças no conflito na Ucrânia.

— A propaganda ucraniana e a imprensa ocidental distorceram deliberada e completamente a situação, alegando que é um crime salvar esses menores de bombardeios — disse o embaixador, sobre as acusações contra Lvova-Belova.

Os aliados da Ucrânia não enviaram embaixadores, o que não chega a ser incomum em reuniões informais. No entanto, os representantes dos Estados Unidos, Reino Unido, Malta e Albânia marcaram posição e se ausentaram da sala, quando a comissária russa Maria Lvova-Belova apareceu na tela. Ela defendeu a política russa, respondendo ao que chamou de "campanha de difamação" contra o país. O representante da missão brasileira participou da reunião e não se ausentou durante a intervenção da comissária.

Maria Lvova-Belova em reunião com Vladimir Putin na quarta-feira — Foto: Serviço de Imprensa do Kremlin
Maria Lvova-Belova em reunião com Vladimir Putin na quarta-feira — Foto: Serviço de Imprensa do Kremlin

Assim que Lvova-Belova apareceu, delegados dos quatro países saíram da sala. A embaixadora americana nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, confirmou a oposição americana à participação da representante russa:

— Acusada de crimes de guerra, implicada na deportação e sequestro de menores de suas casas — afirmou a embaixadora americana, antes da reunião.

Na terça-feira, a representação britânica na ONU pediu que a sessão informal do Conselho de Segurança não fosse transmitida pelos canais de divulgação das Nações Unidas. Em resposta, a representação russa na organização fez a transmissão do evento pela internet.

Em uma declaração comum, cinquenta países, incluindo Estados Unidos, França e Ucrânia, acusaram a Rússia de "abusar de poderes e privilégios como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, para divulgar desinformação sobre sequestros generalizados e deportações forçadas de milhares de menores ucranianos".

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