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Por AFP — Pequim

A China anunciou nesta terça-feira uma série de benefícios para as famílias terem mais filhos, devido à queda da taxa de natalidade — a menor desde os anos 1950 — e à possibilidade de que a população diminua em 2025, uma consequência da redução da taxa de fertilidade e o envelhecimento da população, segundo autoridades.

As diretrizes políticas divulgadas nesta terça-feira pela Comissão Nacional de Saúde (CNS) incentivam os governos central e provinciais a aumentarem os gastos com saúde reprodutiva e melhorar os serviços de assistência infantil.

A CNS pede aos governos locais que "desenvolvam medidas ativas de apoio à fertilidade", incluindo subsídios, redução de impostos, planos de saúde melhores, bem como apoio em educação, moradia e trabalho para as famílias jovens.

As cidades mais ricas do país concedem créditos fiscais e de moradia, benefícios educacionais e até incentivos em dinheiro para encorajar as mulheres a terem mais filhos. Nesse mesmo caminho, as últimas diretrizes buscam pressionar o restante do país a tomar medidas semelhantes.

Todas as províncias terão de garantir que até o final do ano haja creches suficientes para crianças dos dois aos três anos, numa tentativa de reduzir a grave escassez de serviços de cuidado infantil.

O país mais populoso do mundo, com mais de 1,41 bilhão de habitantes em 2021 (segundo dados do Banco Mundial), enfrenta uma iminente crise demográfica, que ameaça seu crescimento econômico devido ao rápido envelhecimento de sua população em idade ativa.

Apesar de Pequim ter encerrado sua política draconiana do "filho único" em 2016 e, desde o ano passado, permitir que os casais tenham três filhos, as taxas de natalidade caem há cinco anos e o país deve apresentar uma queda na população a partir de 2025.

A taxa de natalidade total caiu abaixo de 1,3 filho por família nos últimos anos e o país deverá entrar em uma fase de envelhecimento rápido por volta de 2035, com mais de 30% da população com mais de 60 anos, segundo a CNS.

O custo de vida e as mudanças culturais, à medida que as pessoas se acostumaram a ter famílias com menos membros, explicam esse declínio.

A população mundial deve chegar a 8 bilhões de pessoas em novembro de 2022, de acordo com projeções da ONU, que apontam que a Índia está prestes a ultrapassar a China como o país mais populoso do mundo em 2023.

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