LAS VEGAS — O massacre em Las Vegas na madrugada desta segunda-feira deixou ao menos 58 mortos e 515 feridos, informou o xerife Joe Lombardo. No maior ataque armado na História dos EUA, o atirador Stephen Paddock, de 64 anos, disparou contra festival de música country do quarto que estava hospedado no hotel Mandalay, antes de se suicidar. Paddock não tinha passagens anteriores pela polícia e ainda não está clara a motivação do crime.
O Estado Islâmico reivindicou o ataque, dizendo que Paddock havia há meses se convertido ao Islã. Porém, o FBI afirmou que o atirador não tem vínculos com grupos de terrorismo internacionais. A família do atirador expressou choque ao saber do massacre provocado pelo americano, que nunca teria dado sinais aos seus parentes de radicalização. O irmão do atirador, responsável pelo maior ataque armado da História dos EUA, disse à imprensa que ficou perplexo ao saber do ataque e não poderia imaginar os motivos do seu irmão.
— Ele não tinha afiliação política ou religiosa, até onde nós sabíamos — afirmou Eric Paddock, acrescentando que "não havia indicação de que ele faria algo assim". — Nós não tínhamos ideia. Ficamos horrorizados. Estamos perplexos e enviamos nossas condolências às vítimas.
A polícia encontrou o corpo do suspeito em um quarto de hotel onde havia dez rifles, segundo o xerife, logo após o ataque. De lá, no 32º andar, ele atirou repetidamente contra a multidão, que assistia aos shows do festival, por volta das 22h (horário local). Morador de Mesquite, no estado de Nevada, ele teria se matado antes da chegada da polícia, que precisou conduzir uma explosão controlada para entrar nas acomodações.
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Mais tarde, os investigadores foram à sua casa em Mesquite, uma cidade tranquila de 20 mil habitantes, e já encontraram os seus dois veículos. Ele não tinha passagens anteriores pela polícia.
— Não fazemos ideia de quais eram suas crenças — disse Lombardo. — Agora, acreditamos que ele era o único agressor. Já localizamos várias armas dentro do quarto que ele ocupava.
'ATO DE PURA MALDADE'
O presidente dos EUA, Donald Trump, fez um pronunciamento formal nesta segunda-feira e chamou o maior ataque armado de um ato de pura maldade, pedindo que a nação se mantenha unida frente à tragédia. Ele também agradeceu aos socorristas e policiais que agiram com rapidez no socorro das vítimas, salvando muitas vítimas.
— Foi um ato de pura maldade. O FBI e o Departamento de Segurança Interna estão trabalhando com as autoridades locais para ajudar na investigação, e vão fornecer atualizações sobre a investigação e o seu desenvolvimento — disse, antes de elogiar os socorristas: — A velocidade com que eles agiram foi miraculosa. Encontrar o atirador tão rápido após os tiros terem sido disparados é algo pelo qual nós sempre seremos gratos.
Os ataques armados em massa são um problema há muito conhecidos pelos americanos. Segundo o site Gun Violence, houve 272 grandes ataques armados nos Estados Unidos ao longo deste ano, sem considerar o ataque desta segunda-feira. Esta nova ação acontece sete meses após uma ação similar que deixou um morto e um ferido na mesma avenida, Las Vegas Strip.