Uma das áreas mais densamente povoadas do planeta, a Faixa de Gaza reúne praticamente todos os desafios ensinados aos soldados sobre um ambiente de guerra urbana: emboscadas em arranha-céus e casas em ruínas, linhas de visão obstruídas e, por todo o lado, civis vulneráveis sem onde se esconder. Mas à medida que as forças terrestres israelenses avançam lentamente em Gaza, o perigo maior pode estar longe dos olhs, e bem debaixo dos seus pés.
![A anatomia da rede de túneis na Cidade de Gaza — Foto: Arte O GLOBO](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/FEB6lxfLr3he2uLtjVDMz4lMgDs=/0x0:1100x814/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/8/N/SleYNHQIiNXWFxesAjfg/grafico1-tuneis.jpg)
LABIRINTO SUBTERRÂNEO
Os militantes do Hamas que lançaram um violento ataque contra Israel no dia 7 de outubro construíram um labirinto de túneis que alguns acreditam se espalhar pela maior parte do território — lideranças do grupo chegaram a dizer que eles se estendem por 500 km, a até 20 metros de profundidade. E não são simples túneis cavados com pás, como os vistos em fugas de presídios.
Localizadas em densas áreas residenciais, as passagens permitem que os combatentes se movam sem chamar a atenção do inimigo. Essas estruturas têm, além das passagens, armazéns para armas, alimentos e água, além de salas de reunião e planejamento de operações. Especialistas acreditam que em alguns trechos seja possível transitar com veículos como motocicletas.
Portas e escotilhas disfarçadas, por vezes em barrancos ou portas inocentes à primeira vista, servem como pontos de acesso, permitindo que os combatentes do Hamas saiam em missões e depois sumam de vista. Ninguém de fora do grupo terrorista tem acesso ao mapa completo da rede, com raras exceções ao longo das últimas décadas.
Mas fotos, vídeos e relatos de pessoas que estiveram nos túneis permitem traçar um retrato, mesmo que básico, do sistema, e de como ele é usado. O material inclui fotografias tiradas por jornalistas no interior das passagens, relatos de pesquisadores que estudam os túneis e detalhes obtidos pelos próprios israelenses depois da invasão de Gaza em 2014, que durou pouco mais de um mês.
![Como os túneis são utilizados em Gaza — Foto: Arte O GLOBO](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/tknsF5jzsU_0JJbPWHujdmTOw6c=/0x0:1100x761/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/L/I/SPsIf2QFOIMmcEfVCnig/grafico2-tunel.jpg)
'TEIA DE ARANHA'
Destruir os túneis é um ponto central nos planos de Israel para aniquilar a liderança do Hamas depois dos ataques de 7 de outubro. E a existência deles foi usada como justificativa para bombardear áreas civis, especialmente depois de um grande ataque aéreo contra a região de Jabaliya, onde há um grande campo de refugiados. O Hospital al-Shifa, invadido pelas tropas na terça-feira, também é apontado como um centro de comando do grupo terrorista, e que teria ligações com a rede de túneis. O Hamas negou que os seus túneis estivessem sob alguns dos locais atingidos por Israel, e é muitas vezes impossível verificar as afirmações de Israel.
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Para destruir túneis, os israelenses precisarão encontrar entradas que estão muitas vezes escondidas dentro de edifícios civis, e que levam aos túneis construídos com concreto armado. Eles têm cerca de 1,80m de altura e 1m de de largura, o que forçaria as unidades de combate, como os comandos Samur ("doninha"), especializados em ações dentro dos túneis, a caminhar em uma fila única.
Yocheved Lifshitz, uma israelense de 85 anos mantida refém durante 17 dias nos túneis depois de ter sido raptada em 7 de outubro, descreveu ter sido conduzida através de uma rede de túneis que se assemelhava a uma “teia de aranha”. Depois de cerca de duas horas de caminhada, finalmente chegou a um grande salão onde também estavam cerca de 25 reféns, incluindo alguns do kibbutz onde ela vivia, o de Nir Oz.
Acredita-se ainda que existam mais de 200 reféns israelenses em poder do Hamas, e muitos provavelmente estão nos mesmos túneis que Israel tenta entender e destruir. O premier Benjamin Netanyahu disse que trazê-los para casa é um dos dois principais objetivos da operação militar, sendo o outro “destruir o Hamas”. Mas os túneis usados para esconder equipamentos, armas, reféns e combatentes do Hamas não são as únicas passagens escondidas em Gaza.
Depois que o Hamas chegou ao poder em um violento golpe armado, em 2007, o que também levou ao reforço do bloqueio de Israel ao território, uma extensa rede de túneis de contrabando surgiu na fronteira entre Gaza e o Egito, na região de Rafah. Estes túneis são utilizados para contornar o bloqueio e permitir a importação de uma grande variedade de mercadorias, desde armas e equipamentos eletrônicos até materiais de construção e combustível. Em meados de 2010, o governo do Egito estimou que mais de mil dessas passagens estivessem em uso.
As autoridades egípcias tentaram destruir estas rotas de contrabando, e chegaram a bombear água do mar para inundar a rede e fazer com que alguns dos túneis desabassem — Israel também realizou uma série de bombardeios para inutilizar as passagens. Mas especialistas dizem que muitas continuam em operação, e outras foram abertas para substituir as danificadas..
![Os túneis no subterrâneo de Gaza também são usados para o contrabando — Foto: Arte O GLOBO](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/vIPLpjLfcMU5jRIzD6Fr7EXTnJ4=/0x0:1100x700/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/T/8/9KuFkRTQizAiSWAegQfA/grafico3-tuneis.jpg)
ARMADILHAS POR TODOS OS LADOS
Apesar da capacidade militar israelense ser muito superior à do Hamas, seja em tamanho ou qualidade dos equipamentos, lutar contra um inimigo em sua própria rede de túneis é uma tarefa de alto risco.
John Spencer, que estuda guerrilha urbana no Instituto de Guerra Moderna, ligado à Academia Militar dos Estados Unidos, disse que a batalha nos túneis "é mais parecida com lutar no fundo do mar do que na superfície ou dentro de um prédio".
— Nada do que você usa na superfície funciona — disse recentemente no podcast Modern Warfare Project. — Você precisa ter equipamentos especializados para respirar, enxergar, navegar, se comunicar e para empregar meios letais, especialmente disparos de armas de fogo.
Disparos só podem ser feitos com dois soldados por vez, um em pé e o outro agachado, o que daria uma vantagem teórica àqueles que se defendem no local. Granadas e lançadores de foguetes são ineficazes e a explosão pode atingir também as tropas de ataque — se estiverem com óculos de visão noturna, a luz emitida pelos disparos podem atrapalhar os equipamentos, e eventualmente as tropas poderão ser obrigadas a usar armas de menor calibre, como pistolas, ou até mesmo facas. Em treinamentos, soldados chegam a usar silenciadores, não para abafar o barulho, mas sim para reduzir o flash do disparo.
Um dos maiores riscos de entrar nos túneis é que o Hamas instalou armadilhas com explosivos nas entradas dizem especialistas.
— No momento em que eles perceberem que os israelenses entraram nos túneis, vão apertar o botão e tudo vai desabar em cima dos soldados — disse ao New York Times Ahron Bregman, professor do King's College, de Londres, especializado no conflito Árabe-Israelense.
![Os combatentes do Hamas escavam mais túneis rapidamente — Foto: Arte O GLOBO](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/Wie-_EoZE2OCxy04BhEKHNuk02U=/0x0:1100x632/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/c/2/NOXrJ3QpmhYdVL7uVNyA/grafico4-tunel.jpg)
'UM CONTRA UM'
Apesar do escopo da operação, as forças israelenses provavelmente não conseguirão destruir toda a rede de túneis.
— É muito grande e não faz sentido destruir tudo — disse o Dr. Bregman.
Ao invés disso, os militares devem se concentrar em bloquear as entradas dos túneis, utilizando também os ataques aéreos ou detonando os locais em terra, com explosivos. Também é pouco provável que levem os combates para debaixo da terra, a menos que se vejam sem escolha.
Entrar nos túneis retiraria as vantagens das forças israelenses, disse Bregman. Neste momento, eles estão avançando com tropas, tanques e helicópteros em Gaza.
— Quando você chega ao túnel, é um contra um — concluiu. (Com The New York Times)
![Os desafio das forças israelenses para desabilitar os túneis em Gaza — Foto: Arte O GLOBO](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/nTqcV20y2l5Sca8_pRXmq5Ox5B4=/0x0:1100x1196/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/S/A/1rNbNeQOOnyGokFfvnxQ/grafico5-tunel.jpg)
Israel promove novo ataque intenso sobre Faixa de Gaza
![Mulher palestina ferida e coberta de poeira e sangue abraça uma menina também ferida no hospital após o bombardeio israelense de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, em 15 de novembro de 2023 — Foto: Belal KHALED / AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/e9lwzy-jeesmCVfEISD_oI0hKkw=/0x0:3532x2355/648x248/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/D/3/wHgyefTFqTAR9oadXtsw/105034837-an-injured-palestinian-woman-covered-in-dust-and-blood-hugs-an-injured-girl-child-at-the-h.jpg)
![Mulher palestina ferida e coberta de poeira e sangue abraça uma menina também ferida no hospital após o bombardeio israelense de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, em 15 de novembro de 2023 — Foto: Belal KHALED / AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/onTgsH6hLUdlInIi_rDCQ3fmVic=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/D/3/wHgyefTFqTAR9oadXtsw/105034837-an-injured-palestinian-woman-covered-in-dust-and-blood-hugs-an-injured-girl-child-at-the-h.jpg)
Mulher palestina ferida e coberta de poeira e sangue abraça uma menina também ferida no hospital após o bombardeio israelense de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, em 15 de novembro de 2023 — Foto: Belal KHALED / AFP
![Palestinos analisam a destruição após o bombardeio israelense no sul da Faixa de Gaza, em 15 de novembro de 2023. Mais de 10.000 pessoas foram mortas em bombardeios israelenses implacáveis na Faixa de Gaza, de acordo com o Ministério da Saúde administrado pelo Hamas — Foto: MAHMUD HAMS / AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/heUrUPMrh64SnURWA1C-ypvMv9Q=/0x0:8192x5464/323x182/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/f/d/A2Bh6HRHiMED9fl4AFHA/105034731-palestinians-survey-the-destruction-following-the-israeli-bombardment-of-khan-yunis-in-the.jpg)
![Palestinos analisam a destruição após o bombardeio israelense no sul da Faixa de Gaza, em 15 de novembro de 2023. Mais de 10.000 pessoas foram mortas em bombardeios israelenses implacáveis na Faixa de Gaza, de acordo com o Ministério da Saúde administrado pelo Hamas — Foto: MAHMUD HAMS / AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/-JwDmP1gy8JUg6diBcoogo_jT24=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/f/d/A2Bh6HRHiMED9fl4AFHA/105034731-palestinians-survey-the-destruction-following-the-israeli-bombardment-of-khan-yunis-in-the.jpg)
Palestinos analisam a destruição após o bombardeio israelense no sul da Faixa de Gaza, em 15 de novembro de 2023. Mais de 10.000 pessoas foram mortas em bombardeios israelenses implacáveis na Faixa de Gaza, de acordo com o Ministério da Saúde administrado pelo Hamas — Foto: MAHMUD HAMS / AFP
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![Mulher palestina coberta de poeira corre com seu filho nos braços para o hospital Hospital al-Shifa, o maior de Gaza, após o bombardeio israelense em Khan Yunis, no sul da região, em 15 de novembro de 2023 — Foto: Belal KHALED / AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/y_BBEQtiiOYb0naEHyA4HVmV7I0=/0x0:3074x2049/323x182/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/K/Q/3lIxBjSGOwCridNy3osg/105034881-a-palestinian-woman-covered-in-dust-rushes-with-her-child-in-her-arms-into-the-hospital-fo.jpg)
![Mulher palestina coberta de poeira corre com seu filho nos braços para o hospital Hospital al-Shifa, o maior de Gaza, após o bombardeio israelense em Khan Yunis, no sul da região, em 15 de novembro de 2023 — Foto: Belal KHALED / AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/PNejoQ8xVVjU4o5lQT0Mynipkag=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/K/Q/3lIxBjSGOwCridNy3osg/105034881-a-palestinian-woman-covered-in-dust-rushes-with-her-child-in-her-arms-into-the-hospital-fo.jpg)
Mulher palestina coberta de poeira corre com seu filho nos braços para o hospital Hospital al-Shifa, o maior de Gaza, após o bombardeio israelense em Khan Yunis, no sul da região, em 15 de novembro de 2023 — Foto: Belal KHALED / AFP
![A fumaça sobe durante um bombardeio militar israelense no norte da Faixa de Gaza, em 15 de novembro de 2023 — Foto: FADEL SENNA / AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/OFJZA2ZgUu_SsFVsf5iJNt8McWI=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/i/A/3iVn1jQMqOyCRnU3oAjw/105035169-topshot-smoke-rises-during-an-israeli-military-bombardment-of-the-northern-gaza-strip-on.jpg)
A fumaça sobe durante um bombardeio militar israelense no norte da Faixa de Gaza, em 15 de novembro de 2023 — Foto: FADEL SENNA / AFP
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![Uma criança palestina olha pelo vidro quebrado de uma janela, destruída durante bombardeios israelenses, em Rafah, no sul da Faixa de Gaza — Foto: SAID KHATIB / AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/qYUgQ1oeqWw2o6qNvQDf6G1ISyI=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/R/H/uQPqFoSnKF7AW5dDfj2g/105035637-a-palestinian-child-look-out-of-the-shattered-glass-of-a-window-destroyed-during-israeli-b.jpg)
Uma criança palestina olha pelo vidro quebrado de uma janela, destruída durante bombardeios israelenses, em Rafah, no sul da Faixa de Gaza — Foto: SAID KHATIB / AFP
![Duas crianças palestinas feridas em uma maca no Hospital Al-Aqsa, após o bombardeio israelense em Deir el-Balah, no centro da Faixa de Gaza, em 15 de novembro de 2023 — Foto: Bashar TALEB / AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/cOPrDlzVXIt8VUQPA5VEfuu7WJY=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/S/A/76XtF0SfukxbVWfl5b9A/105037843-two-young-injured-palestinian-children-lie-on-a-gurney-at-the-al-aqsa-hospital-following-t.jpg)
Duas crianças palestinas feridas em uma maca no Hospital Al-Aqsa, após o bombardeio israelense em Deir el-Balah, no centro da Faixa de Gaza, em 15 de novembro de 2023 — Foto: Bashar TALEB / AFP
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![Um palestino coberto com um cobertor está nos escombros de uma casa após o bombardeio israelense ao campo de refugiados de Rafa, no sul da Faixa de Gaza, em 15 de novembro de 2023 — Foto: Mohammed ABED / AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/mfVjLhg_KeJucM1dUznCmTSFE-A=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/Q/k/Ijnx2XQiaSNNqO8UBZGQ/105035583-topshot-a-palestinian-man-covered-with-a-blanket-stand-in-the-debris-of-a-home-following.jpg)
Um palestino coberto com um cobertor está nos escombros de uma casa após o bombardeio israelense ao campo de refugiados de Rafa, no sul da Faixa de Gaza, em 15 de novembro de 2023 — Foto: Mohammed ABED / AFP
![O palestino Ali Abu Jazar, de trinta e cinco anos, ferido durante o bombardeio israelense ao campo de refugiados de Rafa, está sentado nos escombros de sua casa na manhã seguinte, em Rafa, no sul da Faixa de Gaza — Foto: Mohammed ABED / AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/_UrEiKNtXd62YWWQDE9FBjVFY6M=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/x/2/AyBbJqSB6txXMI3cH17w/105035193-topshot-thirty-five-year-old-palestinian-ali-abu-jazar-injured-during-the-israeli-bombar-1-.jpg)
O palestino Ali Abu Jazar, de trinta e cinco anos, ferido durante o bombardeio israelense ao campo de refugiados de Rafa, está sentado nos escombros de sua casa na manhã seguinte, em Rafa, no sul da Faixa de Gaza — Foto: Mohammed ABED / AFP
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![Equipes de emergência palestinas e moradores inspecionam os escombros de um prédio em busca de sobreviventes após ataques israelenses em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, em 15 de novembro de 2023 — Foto: MAHMUD HAMS / AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/fuhYhyaB9EPjA77NXaMu1ba9ngk=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/C/X/mLw5EiROaUIZ5tzyIiqg/105039627-palestinian-emergency-personnel-and-residents-inspect-the-rubble-of-a-building-for-survivo.jpg)
Equipes de emergência palestinas e moradores inspecionam os escombros de um prédio em busca de sobreviventes após ataques israelenses em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, em 15 de novembro de 2023 — Foto: MAHMUD HAMS / AFP
![Bombardeio militar israelense no norte da Faixa de Gaza, em 15 de novembro de 2023 — Foto: FADEL SENNA / AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/OS_a6pZaLmpMWvseO7juPXLYsRs=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/X/9/u0E2oNTdyEBuuqzi8ERg/105036561-smoke-rises-during-an-israeli-military-bombardment-of-the-northern-gaza-strip-on-november.jpg)
Bombardeio militar israelense no norte da Faixa de Gaza, em 15 de novembro de 2023 — Foto: FADEL SENNA / AFP
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![Abrigos improvisados e tendas montadas por palestinos deslocados internamente que fugiram do bombardeio israelense no norte da Faixa de Gaza é retratada em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, em 15 de novembro de 2023 — Foto: Mahmud HAMS / AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/EAQZXwiT-QN4PS_TVrxfMflL-YM=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/G/K/TonJvDRdal9IS2HBJFig/105035925-a-view-of-makeshift-shelters-and-tents-set-up-by-internally-displaced-palestinians-who-fle.jpg)
Abrigos improvisados e tendas montadas por palestinos deslocados internamente que fugiram do bombardeio israelense no norte da Faixa de Gaza é retratada em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, em 15 de novembro de 2023 — Foto: Mahmud HAMS / AFP