Vinho mais antigo mundo: saiba tudo sobre bebida encontrada em urna funerária na Espanha

• Tráfico humano, armas, apagão: entenda caso de menino desaparecido na Argentina; amigos de avó são suspeitos
• 'Ele manteve distância': Aventureiro que ficou perdido por 10 dias em floresta nos EUA teve encontro com leão da montanha

Um estudo publicado no Journal of Archaeological Science: Reports por pesquisadoes da Universidade de Córdoba revelou mais informações sobre o "vinho mais antigo do mundo", conservado desde o século I d.C..

Acredita-se que o vinho fazia parte de um ritual funerário, onde os restos mortais cremados de um homem foram imersos em um líquido dentro de uma urna funerária de vidro. O túmulo submerso foi descoberto por uma família espanhola que estava fazendo obras em sua casa.

Pesquisadores relacionam a descoberta com a importância religiosa do vinho no mundo romano antigo. Na época, nãoera incomum que a bebida estivesse presente em rituais de sepultamento, segundo o jornal ABC. Outros objetos relacionados à "viagem após a vida" eram anéis e perfumes, por exemplo.

Juan Manuel Román, arqueólogo municipal de Carmona, disse que a equipe ficou muito surpreendida ao encontrar líquido ainda preservado numa das urnas funerárias, dada a sua idade. “A princípio ficamos muito surpresos que o líquido estivesse preservado em uma das urnas funerárias”, explica o arqueólogo.

Ele afirma que "as condições de conservação da tumba eram extraordinárias; completamente intactas e bem lacradas", o que explicaria o estado de conservação do vinho.

Apesar de ter sido encontrado com uma tonalidade avermelhada, a coloração surgiu com o tempo, segundo o ABC. Foi determinado, com o estudo, de que se trata de um vinho branco. De acordo com análises químicas, da equipe do Departamento de Química Orgânica da Universidade de Córdoba, liderada pelo professor José Rafael Ruiz Arrebola, foram encontrados sete polifenóis substâncias presentes em vinhos. No entanto, a equipe não pôde ter certeza de onde o vinho foi produzido.

Segundo a publicação americana, o "perfil mineral do líquido avermelhado é comparável ao dos vinhos xerez atuais de Jerez". A cidade fica a cerca de 120 quilômetros de Carmona, onde a descoberta foi feita.

O vinho foi recuperado em 2019, quando uma família iniciou obras em casa. No ano passado, a equipe de pesquisadores anunciou que uma garrafa de cristal havia sido encontrada em uma das urnas. Segundo a descrição, o líquido tinha "perfume de patchouli" e 2 mil anos de idade.