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Por La Nacion — Londres

Como todos os avanços tecnológicos, o turismo espacial começou como um luxo exclusivo para os bilionários, mas, aos poucos, os custos começam a diminuir. Na última semana, a empresa espanhola Halo Space apresentou, em Londres, como será a sua cápsula turística que voará para a estratosfera — provavelmente a partir de 2026 — com a passagem mais barata do mercado. A empresa prevê realizar 400 viagens por ano a partir de 2029 para levar, anualmente, mais de 3 mil passageiros à estratosfera, o que permitiria um faturamento de cerca de 480 milhões de euros por ano através da venda de bilhetes.

O turismo espacial começou em abril de 2001, quando o empresário e engenheiro americano Dennis Tito se tornou o primeiro turista a viajar a bordo da espaçonave russa Soyuz. Para isso, pagou, na época, 20 milhões de dólares. Houve também outros turistas espaciais que viajaram na Soyuz nos anos seguintes. De lá para cá, o setor mudou quando as empresas privadas assumiram a liderança e começaram a dar as suas ofertas. As primeiras viagens levaram a bordo os próprios fundadores das empresas.

Foi assim que, em 11 de julho de 2021, o bilionário britânico Richard Branson fez a primeira viagem comercial de turismo espacial a bordo da nave SpaceShipTwo. Os outros quatro tripulantes eram dois pilotos e dois especialistas convidados por Branson. Nove dias depois, outro bilionário, Jeff Bezos, o fundador da Amazon, completou um voo suborbital de dez minutos com a espaçonave New Shepard, com três companheiros. Alega-se que cada passageiro pagou 28 milhões de dólares.

Dois meses depois, a SpaceX de Elon Musk lançou em órbita o primeiro voo totalmente civil, sem astronautas profissionais a bordo. O bilionário americano Jared Isaacman, de 37 anos, comprou as quatro passagens para a viagem que saiu do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, em 16 de setembro daquele ano, e retornou à Terra três dias depois, após orbitar a uma altitude de 585 quilômetros. Isaacman escolheu seus sortudos companheiros de voo por meio de um sorteio. Embora não tenha havido informação oficial, estima-se que cada bilhete tenha custado 55 milhões de dólares.

Cápsula 'Aurora'

Arte de como será um voo da cápsula "Aurora", da empresa espanhola Halo Space — Foto: Divulgação/Halo Space
Arte de como será um voo da cápsula "Aurora", da empresa espanhola Halo Space — Foto: Divulgação/Halo Space

As três empresas afirmam que, no futuro, os seus bilhetes serão mais baratos. A Halo Space, no entanto, do espanhol Carlos Mira, acaba de lançar oficialmente uma alternativa muito mais “acessível”, com voos a cerca de 35 quilômetros da superfície da Terra e passagens entre 50 mil e 200 mil dólares, conforme noticiado esta semana pela CNN.

Ao contrário das empresas de Branson ou Bezos, os custos da Halo Space são mais baixos porque não se trata de um navio espacial com foguetes, mas sim de um balão de ar quente. A cápsula que ficará amarrada ao balão se chama “Aurora” e foi apresentada oficialmente na última semana em evento realizado em Londres.

O espaço interior do Aurora foi projetado pelo estúdio londrino Frank Stephenson Design, e tem capacidade para oito passageiros, com 5 metros de largura por 3,5 metros de altura. Seu exterior é em liga de alumínio, pesa 3.500 quilos na decolagem e oferece janelas gigantes para observar o espaço em 360°. Os passageiros terão uma atmosfera pressurizada como a de um avião comercial, para que possam se movimentar ou falar sem a necessidade de usar trajes especiais.

Arte de como será o interior da cápsula "Aurora", da empresa espanhola Halo Space — Foto: Divulgação/Halo Space
Arte de como será o interior da cápsula "Aurora", da empresa espanhola Halo Space — Foto: Divulgação/Halo Space

Para poder levar turistas ao espaço dentro de dois anos, a Halo Space anunciou em Londres que, em junho deste ano, realizará o seu sexto voo de teste na Arábia Saudita. Assim, se tornará a primeira empresa do mundo a testar todos os sistemas de voo críticos, a mais de 30 quilômetros de altura e com uma cápsula em tamanho real, depois de ter testado todos estes elementos num rigoroso programa de teste durante os últimos 18 meses.

Como vão funcionar os voos?

O balão estratosférico infla com hidrogênio verde à medida que sobe, até atingir seu tamanho máximo quando não há mais pressão atmosférica, a cerca de 25 quilômetros de altura. O tamanho do balão, nessa altura, será de 140 metros de comprimento e 130 metros de diâmetro.

Ao chegar ao ponto máximo de subida, a cerca de 35 quilômetros de altura, após cerca de duas horas de viagem, o turista poderá contemplar a Terra de fora da atmosfera. Eles permanecerão nessa órbita por duas horas e depois iniciarão a viagem de descida por mais duas horas. Para descer, o piloto liberará hidrogênio até aproximadamente 6 quilômetros de altura, quando será lançado um parapente com o qual poderá pousar com precisão de cerca de 100 metros.

Arte de como é imaginado o pouso da cápsula "Aurora" — Foto: Divulgação/Halo Space
Arte de como é imaginado o pouso da cápsula "Aurora" — Foto: Divulgação/Halo Space

Para o desenvolvimento desta nave, a Halo colabora com um consórcio de empresas aeroespaciais como CT Engineering Group, Aciturri, GMV e TIFR Balloon Facility no desenvolvimento do seu programa de voo espacial, além do estúdio Frank Stephenson Design (FSD).

— Acreditamos firmemente que esta nova categoria de veículos espaciais é uma excelente oportunidade para a indústria espacial espanhola. Estamos convencidos de que este trabalho conjunto das empresas espanholas não só nos beneficiará, mas também contribuirá para o crescimento e prestígio do setor espacial espanhol a nível internacional — disse Álvaro Fernández, da Aciturri, durante a apresentação.

Desde a sua criação, em 2021, a Halo Space investiu 10 milhões de euros no projeto — 6 milhões através de capital privado, e 4 milhões financiados através de dívida.

— O projeto completo, que avança de acordo com o roteiro estabelecido, prevê um financiamento total entre 80 e 90 milhões de euros — afirmam.

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