O Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) vai convocar a deputada Lucinha (PSD) para depôr em 4 de junho. A parlamentar, que pode escolher comparecer ou não à sessão, será ouvida sobre as acusações de que é aliada da maior milícia da Zona Oeste, controlada pelo miliciano Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho. A região também é seu reduto eleitoral e, segundo investigações da PF, Lucinha seria o braço político do grupo.
- Caso Anic Herdy: De sumiço a pagamento de resgate: ilustrações mostram passo a passo do desaparecimento da advogada
- Violência: Barricadas em chamas e tiroteio fecham via na Ilha do Governador, no Rio; ação da PM tem 3 presos
Na última semana, ela entregou suas alegações prévias de defesa por escrito ao Conselho de Ética. O processo corre em sigilo de Justiça.
A deputada foi alvo de uma operação da PF e do Ministério Público do Rio em dezembro do ano passado, que investigava a ligação da parlamentar com a milícia chefiada por Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho. Lucinha nega envolvimento com grupo criminoso. Entre os fatos apurados, há trocas de mensagens e áudios onde Lucinha tenta, junto à Prefeitura do Rio, beneficiar interesses de milicianos, como no transporte alternativo que funciona na Zona Oeste. O serviço na região é um dos principais negócios da milícia de Zinho.
De acordo com o Código de Ética da Alerj, o processo seguirá agora com as diligências e instruções probatórias por até 120 dias. Nessa fase, testemunhas também serão ouvidas, além de pedidos de novos documentos.
Seja qual for o parecer do Conselho, caberá o plenário decidir novamente o futuro de Lucinha.A Alerj já também cassou os mandatos dos ex-deputados Álvaro Lins (2008) e Renata do Posto (2008).