Caso Anic: polícia tem duas linhas de investigação sobre desaparecimento; veja quais

Quatro suspeitos foram presos pela polícia

Por — Rio de Janeiro


Câmeras de segurança mostram Anic no estacionamento de shopping em Petrópolis em 29 de fevereiro, última vez em que foi vista Reprodução

Vista pela última vez em um shopping da cidade de Petrópolis, na Região Serrana, em 29 de fevereiro, a advogada Anic de Almeida Peixoto Herdy segue desaparecida. Buscas chegaram a ser feitas em um sítio de Guapimirim nesta quarta-feira, com auxílio de cães farejadores, mas nada foi encontrado no local. Para a polícia, há duas hipóteses sobre o desaparecimento da mulher, de 55 anos: ela pode ter sido morta, ou ter fugido por vontade própria.

Inicialmente, numa investigação de desaparecimento, os esforços são tanto por encontrar os possíveis responsáveis do caso, como por encontrar a vítima. No entanto, no caso de Anic, quatro pessoas suspeitas de envolvimento no seu sumiço já foram presas, e, por isso, o trabalho agora é por encontrar Anic.

Apesar de mensagens supostamente enviadas por ela indicarem que deixou o Brasil, a hipótese é tratada como pouco provável, pois a advogada não tem passaporte — apesar de ser possível viajar para países do Mercosul somente com a carteira de identidade — e não há registros de que ela tenha saído do país.

A possibilidade de que a vítima esteja em algum cativeiro é a menos provável, especialmente por conta dos suspeitos do caso estarem atrás das grades.

A advogada e estudante de Psicologia Anic de Almeida Peixoto Herdy — Foto: Reprodução

Relembre o caso

O mistério que envolve o desaparecimento de Anic, que contou até com monitoramento em tempo real de parentes da vítima, começou quando ela deixou a casa da filha, em Petrópolis, para ir a um médico na mesma cidade. Em seguida, foi a um shopping, onde desapareceu.

A advogada é casada com o professor Benjamim Cordeiro Herdy, de 78 anos, um dos sete filhos do falecido empresário José de Souza Herdy, fundador de um complexo educacional em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, que deu origem à universidade Unigranrio, vendida pela família para outro grupo de educação em 2021.

Herdy soube que a mulher havia sumido da pior forma possível. Após as 19h, mais de sete horas depois de ela ter sido vista pela última vez no shopping, uma pessoa enviou uma mensagem de texto para o telefone do professor. O responsável pelo comunicado alegava que a vítima estava em seu poder e dizia que a polícia não poderia ser avisada. A partir daí, e por vários dias, foram feitos consecutivos contatos da mesma forma. Num deles, um homem pediu uma quantia em bitcoins para que ela pudesse retornar ao lar. Nesta ocasião, Lourival teria interagido com o suspeito por supostamente entender sobre criptomoedas.

Apesar de o desaparecimento de Anic ter ocorrido em 29 de fevereiro, um parente registrou a ocorrência apenas em 14 de março. A demora teria se dado por medo, já que, nos contatos, um dos sequestradores avisou que estava monitorando o marido de Anic em tempo real e chegou, inclusive, a descrever as roupas usadas por ele no momento da ligação, além do cômodo da casa em que Herdy se encontrava.

Anic e Benjamim Cordeiro Herdy estão juntos há 20 anos. Os dois se conheceram na Unigranrio, época em que ela trabalhava como secretária na universidade. Quando o casal se apaixonou e resolveu se casar, ela já era mãe de um menino, fruto de um relacionamento anterior. Por sua vez, ele era pai de quatro filhos que nasceram de outra união. Junto, o casal teve mais uma filha. A advogada é descrita por quem a conhece como uma mulher que gosta de viajar, comprar roupas e de pescar, além de ter paixão por animais.

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