O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) defendeu o nome do coronel aposentado da Polícia Militar (PM), Ricardo Mello Araújo, para a posição de vice de Ricardo Nunes (MDB). Araújo, que é ex-diretor do Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), é nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para ocupar a vaga.
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— Vou estar fechado com o presidente Bolsonaro e entendo que, até pela mudança de cenário, mais do que nunca é importante fazer esse acerto, esse arranjo o mais rápido possível. Vamos estar juntos com o coronel Mello Araújo e com Ricardo Nunes, é isso que vou defender — afirmou Tarcísio nesta segunda-feira durante coletiva de imprensa em Taboão da Serra, no qual anunciou a extensão da Linha 4 (Amarela) do metrô.
Nas últimas semanas, aumentou a pressão no entorno de Nunes para a definição do vice, após o coach Pablo Marçal (PRTB) anunciar sua pré-candidatura à prefeitura de São Paulo. O último Datafolha mostrou que o coach tira uma parte dos votos do prefeito. O problema é admitido por integrantes da pré-campanha do emedebista, mas aliados minimizam seu efeito na corrida eleitoral destacando que é Nunes quem tem o apoio de Bolsonaro.
Na semana passada, Marçal publicou uma foto com o ex-presidente após ganhar uma medalha estampada com o rosto de Bolsonaro estampado, e fez uma provocação ao pré-candidato à reeleição em SP. Bolsonaro, no entanto, afirmou que não vai apoiar a candidatura do coach. Ao GLOBO, o ex-presidente disse que tem Nunes como seu candidato e indicará o vice.
O prefeito, por sua vez, tem várias opções na mesa para a escolha do vice, e é pressionado pelos diversos partidos que compõem a sua base. Alguns dos nomes possíveis, além do ex-diretor do Ceagesp, são a vereadora Sonaira Fernandes (PL), o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite (União), o deputado estadual Tomé Abduch (Republicanos), a delegada Raquel Gallinati (PL), o delegado Osvaldo Nico (ainda sem partido), e a vereadora Rute Costa (PL).