Michael Jackson tinha cerca de R$ 2,7 bilhões em dívidas quando morreu em 2009

Processo judicial detalha as dificuldades financeiras enfrentadas pelo Rei do Pop e quais foram os seus maiores gastos

Por O GLOBO — Rio de Janeiro


Gravação do clipe de Michael Jackson com Olodum, no Pelourinho Divulgação

RESUMO

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GERADO EM: 28/06/2024 - 16:50

Dívida milionária de Michael Jackson

Michael Jackson acumulou uma dívida de R$ 2,7 bilhões antes de morrer. Seus ativos estavam comprometidos e seus gastos extravagantes geraram problemas financeiros. A herança está congelada devido a uma disputa com a Receita Federal dos EUA.

Embora tenha sido um dos maiores artistas da história da música e recebesse milhões de dólares anualmente de seu catálogo musical e de contratos de publicidades, Michael Jackson, supostamente gastou mais do que ganhava, acumulando uma dívida de US$ 500 milhões (cerca de US$ 2,7 bilhões) em 2009, ano de sua morte.

Um processo no tribunal superior do condado de Los Angeles, nos Estados Unidos, relatou como os “ativos mais significativos” do artista estavam sujeitos a mais de R$ 2,7 bilhões em “dívidas e reivindicações de credores, com algumas das dívidas acumulando juros a taxas extremamente altas e algumas dívidas inadimplentes”.

Michael Jackson morreu em 25 de junho de 2009, aos 50 anos, enquanto se preparava para o lançamento da sua turnê internacional This Is It. Na época, foi divulgado que o cantor teria ingerido uma dose letal de um potente anestésico cirúrgico, no entanto, mais tarde, o seu médico Conrad Murray foi condenado por homicídio culposo e sentenciado a quatro anos de prisão.

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Sua morte deixou seus bens responsáveis por uma dívida de aproximadamente R$ 223 milhões devidos ao promotor de This Is It, AEG, conforme afirmado no recente processo judicial. os documentos envolvidos no processo e obtidos pelo jornal The Los Angeles Times mencionam ainda que Michael Jackson enfrentava ações judiciais em diferentes estados americanos, incluindo a Califórnia, onde morreu e em outros países.

Os credores apresentaram mais de 65 reclamações contra o artista, o que gerou mais litígios. No entanto, os executores escreveram no processo que haviam resolvido ou resolvido de outra forma a maioria das reivindicações desses credores e outras ações judiciais. Os executores também pediram que seus advogados fossem reembolsados com dinheiro da herança do artista, por serviços jurídicos prestados em 2018, entre outras despesas.

Antes do recente processo judicial dos executores do espólio de Jackson, o contador público William R. Ackerman, testemunhou em defesa da AEG e revelou os gastos exorbitantes de Michael Jackson. “Ele gastou muito dinheiro em joias” disse Ackerman. Segundo ele, o rancho Neverland e pagamentos de juros foram como fatores determinantes para má saúde financeira de Jackson.

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“Um miniparque temático, com sua equipe de manutenção, zoológico e trem que circulava pela propriedade, também foi um grande fosso em sua renda”. Ainda assim “sua maior despesa foi com juros. Ele gastou um dinheiro exorbitante com juros” revelou Ackerman.

Segundo ele, Jackson gastou muito dinheiro em doações para ações de caridade, presentes, viagens, arte e mobiliário.

"Ele gastou muito dinheiro com joias", disse Ackerman.

Os beneficiários da herança de Michael Jackson são sua mãe, Katherine, e os três filhos: Prince, de 27 anos, Paris, de 25, e Blanket, de 22. Mas a herança está congelada devido a uma disputa não resolvida com a Receita Federal dos EUA, sobre uma declaração de imposto de renda de 2021, conforme relatado pela revista People.

A Receita americana argumenta que o patrimônio foi “subvalorizado” e a dívida estaria em cerca de R$ 3,9 bilhões em impostos e multas.

Vale destacar que, durante sua carreira, Michael Jackson vendeu mais de 400 milhões de discos, entrou para o Hall da Fama do Rock and Roll em 1997 como membro do Jackson 5 e, em 2001, como artista solo. Ele venceu 13 Grammys.

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