Filme mostra Céline Dion durante crise de espasmos e luta para voltar aos palcos: 'ainda me vejo cantando'

'Eu sou: Céline Dion' mostra rotina da cantora após diagnóstico de uma condição neurológica rara conhecida como síndrome da pessoa rígida

Por O GLOBO — Rio de Janeiro


Céline Dion em depoimento ao documentário 'Eu sou: Celine Dion' Reprodução

RESUMO

Sem tempo? Ferramenta de IA resume para você

GERADO EM: 27/06/2024 - 00:01

Documentário emocionante: Céline Dion e a síndrome da pessoa rígida

Céline Dion revela luta contra a síndrome da pessoa rígida em documentário emocionante, mostrando sua determinação em voltar aos palcos mesmo enfrentando espasmos. A cantora compartilha sua intimidade e saudades da música, buscando apoio na família. Disponível no Amazon Prime Video.

Apesar de passar décadas sob os holofotes da mídia e dos fãs, Céline Dion sempre teve uma vida marcada pelo estilo discreto e mais recluso de vida. A cantora, no entanto, decidiu abrir sua intimidade no documentário "Eu sou: Celine Dion", de Irene Taylor, em que fala abertamente sobre a luta contra a condição neurológia rara que a tirou dos palcos.

Portadora da síndrome da pessoa rígida (SPR), que causa dores e rigidez muscular, e que atinge uma ou duas a cada um milhão de pessoas, Céline presta uma série de depoimentos sobre a condição ao longo do documentário, que conta, inclusive, com uma cena forte de 10 minutos que retrata uma crise de espasmos vivida pela cantora. O momento surge como um choque para o público, e para a cantora, pois é visto logo após uma cena em que ela se diverte de volta a um estúdio musical.

"Sempre que isso acontece, eu fico constrangida. Não sei nem descrever. Não é bom não ter controle do corpo", afirma a cantora no documentário.

Apesar de chocante, a cena também mostra a vontade da artista em mostrar sua situação ao público. Ainda imobilizada e em contato com o profissional médico que a ajudava, Céline sinaliza que era para manter a equipe do documentário registrando o atendimento.

No documentário, Céline conta que começou a sofrer com espasmos vocais há quase 20 anos e que muitas vezes precisou despistar o público ao longo de apresentações, seja trocando de figurino, seja fingindo que o microfone estava com problemas, seja apontando o microfone para deixar a plateia cantar. O diagnóstico definitivo veio há dois anos, em 2022, quando cancelou sua residência fixa em Las Vegas.

"Fazer um show é fácil. O difícil é cancelar um show", destaca a artista em um momento. "Ainda me vejo dançando e cantando. Se eu não posso correr, eu ando. Se eu não posso andar, eu engatinho. Só não posso parar."

Antes da crise por espasmos, o doc registra momentos de luta da artista tentando gravar uma canção em estúdio. Ela luta inúmeras vezes e parece nunca ficar satisfeita com o resultado. Mas nunca deixa de tentar.

Além de depoimentos recentes, gravados em sua maioria na mansão da cantora, em Las Vegas, o documentário reúne imagens de arquivo da artista. Em uma entrevista na adolescência, ela diz: "meu sonho é me tornar uma estrela internacional e poder cantar até o fim."

No filme, Céline reforça inúmeras vezes sentir a falta da música e do público. Ela busca apoio na relação familiar, especialmente com os gêmeos Nelson e Eddy, de 13 anos (ela também é mãe de René-Charles, de 23). O trio é fruto da relação de 21 anos com René Angélil, morto em 2016 por causa de um câncer na garganta, aos 73 anos.

"Eu sou: Celine Dion" está disponível no streaming do Amazon Prime Video.

Mais recente Próxima ‘Mania de você’: veja quem é quem na nova novela de João Emanuel Carneiro, prevista para estrear em setembro