O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), declarou estado de calamidade pública devido aos mais de 100 municípios impactados pelo temporal no estado. Decreto foi publicado na noite de quarta-feira, no Diário Oficial e permanecerá em vigor por 180 dias. Nesta quinta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), acompanhado dos ministros Rui Costa, Paulo Pimenta, Renan Filho e Waldez Góes, vai visitar o estado para verificar a situação. Ao todo, 11 pessoas morreram e ao menos 21 estão desaparecidas.
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Medida destaca a severidade dos impactos das chuvas, inundações, granizo, alagamentos, enxurradas e vendavais no Estado, sendo categorizados como desastres de Nível III, classificados por danos e prejuízos substanciais.
Além disso, estabelece que os órgãos e entidades da administração pública estadual devem prestar apoio imediato às áreas afetadas, em estreita colaboração com a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil.
O texto também prevê a possibilidade de os municípios afetados solicitarem auxílio semelhante, cujas solicitações serão avaliadas e homologadas pelo Estado, garantindo uma resposta ágil e coordenada diante da emergência.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se pronunciou sobre a tragédia, ofereceu total apoio do governo federal ao estado gaúcho, e afirmou que vai visitar o estado nesta quinta-feira. A comitiva, que também conta com os ministros Rui Costa, Paulo Pimenta, Renan Filho e Waldez Góes, deve ter reuniões com o governador Eduardo Leite (PSDB), e equipes da Defesa Civil que participam do trabalho na região.
O presidente afirmou, em ligação com o governador gaúcho, que não há "limite de homens" a serem enviados ao estado para dar assistência às regiões atingidas.
"Conversei por telefone com o governador gaúcho, Eduardo Leite, e coloquei o governo federal à disposição do Rio Grande do Sul que novamente sofre com as fortes chuvas. Falei com os ministérios da Integração, da Defesa e com o ministro Paulo Pimenta e, no que for necessário, governo federal irá se somar aos esforços do governo estadual e prefeituras para atravessarmos e superarmos mais esse momento difícil, reflexos das mudanças climáticas que afetam o planeta", escreveu Lula em seu X, antigo Twitter.
Chuvas no Rio Grande do Sul: governo declara estado de calamidade pública
Risco de ruptura de barragem em Caxias do Sul
O Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, emitiu alerta no fim da madrugada desta quinta-feira, sobre o risco de ruptura da Represa Dal Bó. Diante do nível da água do reservatório, o aviso pede a evacuação da região, com mais riscos de alagamento nos bairros de Fátima e Santa Catarina. Segundo informações nas redes sociais do Samae, falta de 10 a 15 centímetros para o transbordamento da barragem.
De acordo com a concessionária, já foi aberta uma comporta anexa para auxiliar na redução do nível da água. Na noite desta quarta-feira, a estrutura estava aberta em 75%, no entanto, precisou ser expandida para 100% na manhã desta quinta-feira.
A empresa também afirma manter o controle do escape de água pelo vertedouro, mas caso a capacidade máxima da barragem seja atingida, casas e bairros próximos devem sofrer com alagamentos. A região está sendo evacuada por órgãos de segurança do município.
"A comporta foi aberta 100%. A qualquer momento, as casas em frente ao vertedouro podem sofrer com alagamentos. Emitimos sinal de evacuação da área. O Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, FAS, secretaria de Habitação, Guarda Municipal e outros órgãos de segurança estão na região alertando as famílias e auxiliando na evacuação. Engenheiros também estão na represa avaliando a possibilidade de rompimento da barragem devido às fortes chuvas", anunciou as redes sociais da Samae.
No entanto, a equipe afirma que, caso os níveis de chuva permaneçam fortes como nas últimas horas, chegando à totalidade da capacidade do reservatório e da comporta, há risco de transbordamento de água por cima da barragem. Cenário que pode causar rompimento da estrutura.