Um dos maiores ídolos do futebol asiático da década de 1990, o ex-atleta da seleção japonesa Kazuyoshi Miura é considerado um atleta "imparável" do futebol mundial, com 38 anos de carreira no esporte. Aos 57, o ídolo japonês assinou um contrato com um novo clube, o Atlético Suzuka Club, após uma temporada no campeonato português.
Kazu disse, na última terça-feira, que sua paixão por jogar está mais forte do que nunca, agora que está de volta ao futebol japonês. O atacante conhecido como “King Kazu” assinou com o Atlético Suzuka Club, da quarta divisão do Japão, por empréstimo do Yokohama FC, da segunda divisão.
Em seu 38º ano de carreira, ele regressa ao Japão depois de duas temporadas no Oliveirense, da segunda divisão portuguesa, onde disputou nove jogos, também emprestado pelo Yokohama.
O jogador, que fez três jogos em sua primeira temporada pelo Oliveirense na temporada, se tornou o atleta mais velho a entrar em campo profissionalmente no futebol de Portugal. Em um desses confrontos, Kazu Miura foi eleito o melhor jogador da partida — na vitória de 4 a 3 sobre o Leixões, pela última rodada do campeonato.
Além dessa partida, Miura entrou em campo contra o Torreense e o Académico Viseu. O Oliveirense terminou a temporada na décima colocação da segunda divisão, com 43 pontos, e não conseguiu se classificar para a elite do futebol português.
— Não vejo desistir como uma escolha que consideraria — disse Miura, que não marcou pelo Oliveirense e fez raras aparições fora do banco, em conferência de imprensa. — Minha paixão pelo jogo é sempre grande. Minha paixão não desaparece.
Miura começou a carreira no Brasil. Seu primeiro clube foi o Santos, em 1986, depois passou por XV de Jaú, Palmeiras, CRB e Coritiba. Um dos jogadores de futebol mais conhecidos da Ásia na década de 1990, ele ajudou a colocar o jogo no Japão no mapa quando a J-League profissional foi lançada, em 1993.
Ele fez sua estreia no Japão em 1990, mas ficou famoso por ter sido deixado de fora da seleção em sua primeira participação em uma Copa do Mundo em 1998, apesar de ter marcado 55 gols em 89 jogos pela seleção nacional. Ele teve curtas passagens pelo Genoa, da Itália, e Dínamo de Zagreb, da Croácia.