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Castilho é eleito o maior ídolo da história do Fluminense: 'Amputou o dedo para voltar a jogar'

Goleiro ficou na 1ª colocação no ranking de maiores jogadores da história tricolor, produzido pelos jornais O GLOBO/Extra
Castilho foi eleito o maior ídolo do Fluminense Foto: Foto Arquivo / Agência O Globo
Castilho foi eleito o maior ídolo do Fluminense Foto: Foto Arquivo / Agência O Globo

Qual foi o maior esforço que você viu um jogador fazer para atuar por um clube de futebol? Jogar gripado, lesionado, com salários atrasados? Pois bem, no caso de Castilho , foi amputar o dedo mindinho esquerdo, que lhe causava fortes dores e atrapalhava o seu rendimento pelo Fluminense . O ato considerado heróico para defender o clube do coração, aliado a estar em uma das gerações mais vitoriosas, o elegeu o maior ídolo em votação feita pelo Globo/Extra .

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— É um motivo de muito orgulho. Meu pai jogou tem tanto tempo, década de 40, 50, 60... É um orgulho para nós que não só a imprensa especializada, mas que os torcedores o considerem o grande ídolo da história do Fluminense. Isso nos enche de orgulho e nos deixa feliz pela escolha. O CT do Fluminense passou a levar o nome dele, tem o busto na entrada das Laranjeiras. Ele foi quem mais jogou com a camisa do Fluminense. É um elo que segue vivo na memória dos torcedores — conta o executivo Carlos Roberto, filho de Castilho. O ex-goleiro faleceu em 1987, aos 59 anos.

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Castilho foi o jogador que mais vezes disputou partidas com a camisa tricolor, conquistou a Copa do Mundo pelo Brasil e, quatro anos depois, novamente sagrou-se campeão mundial com a seleção. Pelo Fluminense, conquistou a Copa Rio em 1952, considerado o título mais importante da história do clube. Porém, é a história do dedo amputado que mais chama atenção.

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— O momento mais marcante dele pelo Fluminense é o fato de ter optado por amputar o dedo para voltar a jogar mais rápido pelo clube. É uma coisa surreal, que hoje em dia ninguém imagina alguém fazendo isso. Essa decisão dele, drástica, mostrou o quanto ele amava o clube. Os próprios médicos do Fluminense na ocasião não queriam fazer, a família também não. Todos eram contra, mas ele tomou essa decisão. Ele teve que assinar um termo de resaponsabilidade para isso. Em 15 dias, estava voltando a jogar — completou Carlos Roberto.

Diego Cavalieri ao lado do busto do goleiro Castilho na entrada da sede do Fluminense Foto: Foto de Ivo Gonzalez / Agência O Globo
Diego Cavalieri ao lado do busto do goleiro Castilho na entrada da sede do Fluminense Foto: Foto de Ivo Gonzalez / Agência O Globo

Top-30 maiores ídolos do Fluminense

O GLOBO/Extra convocou 30 jornalistas, divididos em diferentes idades, áreas de atuação e gerações para eleger os 30 maiores ídolos da história do Fluminense. O ranking foi definido através dos nomes que receberam as maiores pontuações. Toda segunda-feira será revelado o Top-30 de maiores ídolos dos clubes do Rio de Janeiro, seguindo a lista com Vasco e Botafogo, sucessivamente.