Testamos o S24 Ultra com inteligência artificial. Veja como funcionam as novidades

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A resposta é simples, mas tem algumas camadas. O S24 Ultra é o melhor aparelho Android do momento, ponto. Isso já é tradição. Sucessor do antigo Note, que se distinguia pelo acabamento perfeito e pela canetinha Stylus, a linha é, ano após ano, o melhor que a indústria tem a oferecer – e, com preços a partir de R$ 8.999, também o mais caro.

Fisicamente, a versão de 2024 é muito parecida com a de 2023, com o mesmo design, a mesma disposição das câmeras traseiras, quase o mesmo tamanho. Um telefone grande, sólido, costas em vidro, laterais de titânio. Dá gosto de olhar e de pegar, mas não passa disfarçado pelo mundo, nem é essa a sua intenção.

A tela é plana, mais brilhante e antirreflexo, o que faz enorme diferença, sobretudo em ambientes externos, ainda por cima nos trópicos. Não há igual na praça. O Always on display agora mostra o papel de parede, o que não é vital mas é simpático.

As demais diferenças são internas: mais poder de processamento, novas versões do sistema operacional e da interface One UI, sensor maior, novas ferramentas de software.

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Segundo a Samsung, a câmara de vapor está 92% mais poderosa, o que é importante porque disso depende a dissipação do calor.

E a Inteligência Artificial? Ela está lá, de fato – mas, como era de se esperar, ainda não está inteiramente pronta. Alguns recursos são interessantes e muito úteis, e é fácil vê-los virando tendência. O “Circule para pesquisar” é excelente: em qualquer página que se esteja, basta apertar o botão de início e, na sequência, marcar o que se quer pesquisar, e o Google trará as informações.

Funciona muito bem, ainda que nem sempre em relação a pessoas, porque, como o sistema avisa, pesquisas sobre pessoas são limitadas. Quando marquei a foto de uma senhora numa página do Globo, por exemplo, recebi toda a sorte de informações sobre as suas roupas, inclusive onde comprá-las; mas como não era uma pessoa pública, nada me foi dito sobre ela.

O Live Translate, tradução de telefonemas, é uma ótima aposta, mas ainda tem que ser aperfeiçoada. É assim: a gente liga, toca no assistente de chamada e o aparelho vai traduzindo o que se diz para idiomas previamente escolhidos, numa e noutra ponta. É possível manter as vozes originais da chamada em background, mas não recomendo, porque fica confuso.

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Funciona? Mais ou menos. A IA acerta metade do que se diz, mas na outra metade alucina, exatamente como o ChatGPT, e inventa frases aleatórias onde não consegue resultados. A tradução de textos escritos funciona com mais precisão.

Ainda não dá para um diálogo significativo entre pessoas que não falam a mesma língua, mas já dá para pedir água numa viagem ou perguntar os preços das coisas. E dá, sobretudo, para imaginar que mundo maravilhoso temos à nossa frente, logo ali.

As opções de edições de foto são divertidas, e permitem mudar pessoas e objetos de lugar, apagá-los, tirar sombras e reflexos. Os resultados não são sempre os que a gente deseja, mas a margem de acerto é boa. Essas ferramentas foram desenvolvidas com o Google, e estarão disponíveis também nos aparelhos Pixel (que não estão à venda no Brasil).

• Veja a seguir o experimento feito pela colunista: A ferramenta de inteligência artificial alterou os quadros numa parede da casa. A primeira foto mostra a disposição real. Nas duas seguintes, é alterada artificialmente a posição do quadro no canto inferior à esquerda. E a IA "pendurou" uma outra obra no lugar, artificialmente.

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O set de câmeras do S24 Ultra é praticamente igual ao do S23 Ultra, com algumas diferenças no zoom, mas o que faz a diferença a essa altura é o processamento, notavelmente bom sobretudo em fotos noturnas e no modo retrato. Há muito mais IA trabalhando discretamente nos bastidores do que se vê à luz dos menus.

Aliás, o que ainda precisa ser melhorado mesmo é a disponibilização das ferramentas de IA, tão escondidas nos ajustes que a gente mal encontra o conjunto. Dica: está em Configurações, lá embaixo, em 17 lugar, na barra de “Recursos Avançados”.