Economia
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Por — Brasília

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GERADO EM: 27/06/2024 - 15:27

Queda de 15% na abertura de empregos no Brasil em maio, com destaque para São Paulo e setor de serviços

Em maio, houve queda de 15% na abertura de vagas de emprego no Brasil, com exceção do Rio Grande do Sul. O saldo de novos empregos foi de 131,8 mil, sendo São Paulo o estado que mais gerou vagas. A maioria das contratações foi em faixas salariais mais baixas, com destaque para o setor de serviços, que liderou a geração de postos de trabalho.

O Ministério do Trabalho divulgou dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) nesta quinta-feira. Em maio, o país teve um saldo de abertura de empregos formais de 131,8 mil - uma queda de aproximadamente 23 mil novos postos de trabalho em relação a maio de 2023, ou de 15,31%.

O Rio Grande do Sul foi o único estado com redução na abertura de vagas. Foram 22 mil novos postos a menos em maio deste ano no estado, fortemente afetado por enchentes no período. Assim praticamente toda a queda na geração de vagas ocorreu por causa do Rio Grande do Sul.

– Creio que vamos voltar a ter números positivos em agosto – disse o ministro do Trabalho, Luiz Marinho.

No acumulado do ano, de janeiro a maio, o saldo foi de 1,088 milhão de postos de trabalho. Um resultado melhor do que o mesmo período em 2023, quando o saldo de novos postos foi de 874.289. O número acumulado, porém, é menor do que o de 2022, quando foram gerados 1,103 milhão de empregos e do que em 2021, quando o montante foi de 1,162 milhão de novos postos.

-- Se não fosse o Rio Grande do Sul, teríamos empatado com maio do ano anterior. Tivemos alta de novos postos em todos os estados da federação, com exceção do Rio Grande do Sul. O Rio Grande do Sul tem segmentos que estariam contratando agora. No acumulado de seis meses, poderíamos ter resultados melhores -- disse a assessora especial do Ministério do Trabalho, Paula Montagner.

Mesmo com se não houvesse a tragédia do Rio Grande do Sul, porém, a soma de mais 22 mil postos de trabalho dariam um valor de 153 mil novas vagas, inferior a maio do ano passado e a janeiro deste ano, que costuma ser um período de baixa atividade produtiva.

O estado que mais gerou postos de trabalho foi São Paulo, com 42, 3 mil novos empregos, seguido por Minas Gerais, com 19,4 mil e Rio de Janeiro, com 15, 6 mil. Os que menos geraram novos postos foram Amapá, com 316 postos e Tocantins, com 527 novos empregos.

O salário médio real de admissão em maio foi de R$2.132,64, estabilidade em relação a abril, com queda de apenas R$3,30.

– A maior parte das contratações estão ocorrendo em faixas salariais mais baixas. Quem contrata mais, fica com média menor de salários – explicou Paula Montagner.

Os cinco grandes agrupamentos de atividades econômicas registraram saldos positivos, sendo a maior geração de postos no setor de serviços, com 69 mil novos empregos formais. A agropecuária registrou elevação de 19,8 mil vagas, a construção civil de 18,1 mil, a indústria também de 18,1 e o comércio de 6,3 mil.

No setor de serviços, a maior quantidade de empregos foi gerada em serviços de escritório e apoio administrativo, atividades de vigilância e segurança privada, limpeza em prédio e domicílios. A administração pública também foi responsável por parcela importante dos postos, 24, 2 mil.

A economista do Insper Juliana Inhaz alerta que a trajetória positiva do emprego, demonstrada no acumulado dos últimos meses, mostra um mercado aquecido, mas a economia segue com baixos investimentos e capacidade produtivo inferior.

– Esse resultado reforça uma percepção de que estamos crescendo na base do emprego, e não da tecnologia, da eficiência, da máquina, do capital. Estamos reeditando um Brasil parecido com o da época da Dilma, em que a gente tinha muita desconfiança no mercado e o investimento crescia muito pouco, até decrescia – afirmou.

Inhaz explica que em um momento de alta demanda, a indústria e o setor produtivo colocam muita mão de obra para dentro da economia, mas o problema é que esse aumento não vem acompanhado de investimentos, de capacidade produtiva, e esse desenho se esgota. Para ela, a economia que se aquece, mas ela não consegue produzir tanto quanto o mercado espelha.

O professor de economia da Unifesp e da Faculdade Belavista, Veneziano Araujo, afirma que o mercado se assustou com o resultado porque mesmo as previsões mais pessimistas não traziam números tão ruins. Ele alerta que a desaceleração pode ser um indício de que o empresariado vem perdendo a confiança no crescimento econômico sob o governo Lula.

– A recepção foi negativa porque as piores previsões do mercado, estavam melhores do que veio. O mercado esperava um saldo de no mínimo 164 mil novos empregos gerados. É um recado para o governo de que a atiovidade economica está pior. A preocupação é se o empresariado reduziu suas expectaivas de crescimento, ou se apenas um susto. Ninguém esperava uma desaceleração tao grande – explicou.

Para o economista da FGV Marcio Holland os númeroa podem representar o início de um ciclo de queda, em linha as as baixas estimativas do PIB.

-- Com criação de vagas na margem, ou seja, agora em maio, abaixo das expectativas, nota-se que podemos estar em inicio de ciclo de aumento na taxa de desemprego para os próximos trimestres em linha com previsão de menor crescimento do PIB e de pausa na política monetária -- disse.

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