Economia
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Por — São Paulo

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GERADO EM: 26/06/2024 - 08:00

Brasil desperta interesse na corrida pelo lítio

Brasil desperta interesse na corrida pelo lítio devido a sua vasta reserva. Montadoras buscam reduzir dependência da China e investimentos na produção do mineral são estimados em R$ 15 bilhões até 2030. Grandes empresas como BYD e Volkswagen estão buscando parcerias para ter acesso ao lítio no Brasil.

Com o avanço da eletrificação da frota de veículos, há uma corrida global por lítio, mineral essencial para fabricação das baterias. No exterior e no Brasil, a estratégia das montadoras é reduzir a dependência da China, maior fornecedora de baterias de lítio do mundo. Só com a mineração, os investimentos estimados até 2030 para a produção do lítio no país são calculados em R$ 15 bilhões pelo Ministério de Minas e Energia (MME).

— Trata-se de um mineral que era pouco demandado e, agora, com avanço da eletrificação, é cada vez mais procurado. A produção no Brasil ainda é pequena, menos de 2% do total mundial, mas deve se tornar relevante nos próximos anos, saltando para algo entre 20% e 25% da mundial — prevê Rafael Marchi, sócio-diretor da consultoria A&M Infra.

A reserva brasileira é estimada em 8% do total mundial, a terceira maior do planeta, mas o país produz apenas 15 mil toneladas por ano. No Brasil, as principais mineradoras que exploram lítio no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, são a canadense Sigma Lithium e a Companhia Brasileira de Lítio (CBL), pioneira no país.

Tanto a Sigma quanto a CBL estão investindo milhões de dólares visando a ampliar a produção. Há outras mineradoras chegando como a anglo-australiana Rio Tinto Desenvolvimento Minerais, a também canadense Lithium Ionic e a americana Atlas Lithium.

Entre as montadoras, há diferentes estratégias para ter acesso ao mineral e produzir baterias próprias. A chinesa BYD, que vai produzir carros elétricos na Bahia, vem mantendo conversas com a Sigma para fornecimento do mineral no Brasil.

A tendência é que seja um acordo comercial de fornecimento ou uma joint-venture. O mercado chegou especular até a compra da mineradora pelos chineses. A alemã Volkswagen também teria interesse na compra da Sigma, mas não comenta o assunto.

Outra chinesa, a GWM, informou que quer fazer parcerias para fabricar baterias no Brasil, aumentando o conteúdo local. A empresa vai produzir elétricos em sua fábrica no interior de São Paulo.

Já a Stellantis, que também vai produzir híbridos no Brasil, se associou à LG Energy Solution (LGES) para investir US$ 4,1 bilhões na construção de uma fábrica de baterias em larga escala no Canadá. Ainda não se sabe se as baterias que estarão nos motores da próxima geração de carros da montadora no Brasil virão de lá.

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