O presidente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Marcio Pochmann, publicou texto em seu perfil no X (antigo Twitter) neste sábado, afirmando que o "domínio crescente do receituário neoliberal" teria resultado em um "avanço da extrema direita" e na ascensão de governantes menos comprometidos com a democracia.
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Na publicação, Pochmann fala de um contexto histórico em que, de acordo com ele, a crise do liberalismo teria levado a um avanço do nazifascimo no século XX (com governos autoritários como de Hitler e Mussolini, na Europa), e em seguida a um domínio do neoliberalismo que teria sido acompanhado pelo "maior questionamento da democracia diante do descrédito dos governos e da crescente concentração da riqueza, privilégios e poder".
O neoliberalismo, criticado pelo presidente do instituto, é uma teoria econômica que defende uma menor interferência do Estado na economia do país, dando maior poder de atuação ao setor privado, além de defender que menos recursos sejam destinados a gastos públicos.
Na quinta-feira passada, o ministro da fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo pretende manter um ritmo mais intenso na agenda de corte gastos, fazendo uma "revisão ampla, geral e irrestrita" das propostas para reduzir despesas, após pressão do mercado demandando equilíbrio fiscal.
Nesta segunda-feira, o ministro se encontrara com o presidente para discutir a revisão de gastos do governo, embora Lula tenha afirmado que não fará cortes em despesas sociais.
— Não farei ajuste em cima de pobre — disse ele, quando estava em viagem no exterior no fim de semana.