O comércio varejista registrou crescimento de atividade no mês de maio, na China, na contramão da produção industrial, de acordo com dados oficiais divulgados nesta segunda-feira. Os números indicam que a recuperação econômica do gigante asiático, a segunda maior economia do mundo, continua desigual.
As vendas no varejo, um indicador-chave dos gastos do consumidor, aumentaram 3,7% ao ano, em maio, acima do aumento de 2,3% em abril, informou o Escritório Nacional de Estatísticas (ONE).
O valor também superou os 3% projetados por analistas consultados pela agência financeira Bloomberg.
O número parecia dar esperança de que a enorme massa de consumidores da China estivesse voltando a gastar após anos de incerteza. Contudo, a produção industrial desacelerou para 5,6% em maio, abaixo dos 6,7% de abril e abaixo da projeção da Bloomberg de 6,2%.
O ONE caracterizou os números de maio como “estáveis em geral” e que “a economia nacional continua a recuperar e a melhorar”.
As autoridades chinesas têm lutado para retomar o crescimento após a suspensão, em dezembro de 2022, das medidas rigorosas contra a Covid-19, que atingiram empresas e consumidores.
Ao mesmo tempo, a crise imobiliária e o elevado desemprego afetaram a confiança dos investidores.