Economia
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Os preços do café robusta (também conhecido como conilon) têm sofrido alta volatilidade, influenciados por preocupações com o fornecimento global do grão. Só este ano, os contratos futuros tiveram uma alta notável, atingindo níveis de oscilação não vistos desde 2008.

O principal fator da valorização da commodity está ligado a dificuldades na produção cafeicultora do Vietnã, o segundo maior produtor do mundo, atrás do Brasil. Uma seca severa assola o país asiático. No Brasil, o preço ao consumidor do café no varejo brasileiro já sobe mais que a inflação.

Os futuros das negociações do café atingiram um novo recorde na semana passada. Na última sessão, o café robusta subiu 0,12%, para US$ 4.241 por tonelada, na cotação em Londres. Há dois meses, mil quilos do grão eram cotados a US$ 3.777. No último dia de negociações em 2023, no dia 29 de dezembro, a tonelada custava US$ 3.046. No ano, a commodity valoriza 39%.

Com preocupações sobre o nível de oferta do produto por causa da situação no Vietnã, os gestores de fundos aumentaram suas apostas no robusta para o nível mais alto em cinco semanas. Nos últimos sessenta dias, a commodity atingiu uma volatilidade no preço de mais de 40%, segundo a Bloomberg.

De acordo com Daria Efanova, chefe de pesquisa da consultoria Sucden Financial, enquanto a perspectiva de curto prazo deve permanecer instável, a previsão de longo prazo continua moderadamente otimista. "O clima é o fator predominante em nossa análise de safra", disse, em relatório.

O café arábica também viu um aumento na variação devido a preocupações com o fornecimento relacionadas ao clima, juntamente com a crescente demanda especulativa devido à crise no mercado de cacau, acrescentou Efanova. O cacau tem sofrido com uma colheita menor na África Ocidental, principal região produtora do fruto.

Nos EUA, a JM Smucker, que fabrica bebidas, já anunciou que vai aumentar o preço dos produtos das marcas Folgers, Bustelo e Dunkin’. A empresa, que é a maior fabricante de café para consumo doméstico no varejo americana, aumentará os preços de parte de seus produtos de café.

Colheita maior no Brasil

Apesar do receio, o Brasil, maior produtor do grão no mundo, deve registrar alta de 6,8% na colheita de café em 2024, segundo a Conab. No grão robusta, esta safra deve ser a segunda maior da série histórica.

Mas, segundo o IBGE, em abril, o preço do café moído no varejo subiu 3,08%, contra uma alta média geral nos preços de 0,38%. No ano, o produto já acumula alta de 5,17%, contra 1,8% do índice geral.

Os Estados Unidos e a Alemanha são os países que mais compram café do Brasil. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, nos quatro primeiros meses de 2024, os dois destinos participaram em 17,5% e 14,4%, respectivamente, no total de exportações do grão. Foram mais de 199 milhões de toneladas com destino aos EUA só neste ano.

Em 2023, a quantidade exportada alcançou 323 milhões de toneladas para os americanos, principal destino do café brasileiro. Foram, ao todo, 2,1 bi de toneladas exportadas no ano passado para todo o mundo.

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