Economia
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Por — Rio de Janeiro

O cofundador da FTX Sam Bankman-Fried, "rei das criptomoedas" que caiu em desgraça ao ser acusado de cometer a "fraude da década", foi sentenciado a 25 anos de prisão na última quinta-feira. SBF, como é conhecido, foi acusado em novembro de 2023 por usar dinheiro — mais de US$ 8 bilhões — de usuários de sua plataforma para financiar diversos projetos pessoais. Apesar da gravidade da fraude, ele não foi o primeiro bilionário a ser condenado à prisão.

Veja lista de multimilionários que viraram criminosos:

Sam Bankman-Fried

Sam Bankman-Fried, da FTX — Foto: Bloomberg
Sam Bankman-Fried, da FTX — Foto: Bloomberg

Em novembro de 2022, o magnata americano, que à época tinha 30 anos, não conseguiu obter financiamento para os seus dois principais negócios, a plataforma de câmbio de criptomoedas FTX e o fundo de investimento Alameda Research. Era tarde demais para alguém concordar em investir com ele.

Sua fortuna, que naquela segunda-feira foi estimada em cerca de US$ 16 bilhões, derreteu completamente na sexta-feira seguinte, e suas empresas declararam falência. Após um mês de julgamento, Sam Bankman-Fried foi condenado pela fraude massiva que levou ao colapso de sua bolsa FTX.

O fundador da corretora arrastou com ele cerca de 9 milhões de clientes que mantinham parte ou totalidade de suas criptomoedas na plataforma, entre eles, personalidades do mundo das artes, moda, esportes e negócios.

S. Curtis Johnson

S. Curtis “Curt” Johnson, herdeiro da família fundadora da empresa SC Johnson, foi acusado pela primeira vez em março de 2011, quando enfrentou uma possível pena de prisão de 40 anos por acusações criminais, alegando ter abusado sexualmente repetidamente de uma criança, sua enteada de 12 anos. Quando o processo judicial terminou, três anos depois, ele havia se declarado culpado de acusações de contravenção por agressão sexual de quarto grau e conduta desordeira. No máximo, ele passaria um ano na prisão.

Mas então, como um dos seus escritórios de advocacia se vangloria no seu website, ele obteve “cargas e penas drasticamente reduzidas” de quatro meses de prisão (cumpriu apenas três) e uma multa de 6.000 dólares. Ele nunca precisou se registrar como agressor sexual.

  • Sentença: 4 meses
  • Tempo na prisão: 3 meses
  • Patrimônio líquido: US$ 4,5 bilhões (R$ 22,5 bilhões)

Jay Y. Lee

Jay Y. Lee — Foto: AFP
Jay Y. Lee — Foto: AFP

Em fevereiro de 2017, Jae-yong foi preso na Coreia do Sul durante uma investigação de corrupção. Depois, em agosto, o herdeiro da Samsung foi condenado pelas autoridades da Coreia do Sul.

Lee Jae-yong, como é conhecido no país, encarou outra polêmica anos depois. Em 2021, ele foi preso mais uma vez. O episódio deu sequência a uma guerra judicial, mas, em agosto de 2022, o empresário recebeu um perdão presidencial, permitindo a sua volta à Samsung.

Com o caminho liberado, Jae-yong, aos 54 anos, assumiu o cargo de presidente executivo da empresa. O herdeiro foi indicado após a morte de seu pai, Lee Kun-hee, em outubro de 2020, quando tinha 78 anos.

  • Sentença: 5 anos
  • Tempo na prisão: 18 meses
  • Patrimônio líquido: US$ 8,6 bilhões (R$ 43 bilhões)

John Kapoor

Em 2019, o americano John Kapoor, fundador da Insys Therapeutics, foi o primeiro chefe da indústria farmacêutica a ser condenado em um processo criminal, acusado de estimular "epidemia de opioides", nos EUA.

Em um julgamento, Kapoor e quatro colegas foram considerados culpados de pagar propinas para que médicos receitassem analgésicos opioides viciantes para pacientes que com frequência não precisavam desses remédios. Os opioides são medicamentos derivados da papoula - planta que também é a base de produção do ópio e da heroína.

  • Sentença: 5,5 anos
  • Tempo na prisão: 3,5 anos
  • Patrimônio líquido: Deixou a lista da Forbes em 2019

Thomas Kwok

Thomas Kwok — Foto: AFP
Thomas Kwok — Foto: AFP

Kwok foi co-presidente da Sun Hung Kai Properties, uma empresa de investimentos imobiliários em Hong Kong.

Ele foi condenado por subornar com US$ 8,5 milhões o ex-diretor da administração pública de Hong Kong, Rafael Hui. Kwok nega a ação.

  • Sentença: 7,5 anos
  • Tempo na prisão: 3 anos
  • Patrimônio líquido: US$ 1,9 bilhão (R$ 9,5 bilhões)

Michael Milken

Michael Milken — Foto: AFP
Michael Milken — Foto: AFP

Foi pioneiro no desenvolvimento da estratégia de bônus de alto rendimento para fusões e aquisições corporativas enquanto trabalhava no banco de investimentos Drexel Burnham Lambert.

Em 1990, Milken se declarou culpado de seis acusações relacionadas à violação de leis que regem o mercado financeiro e o pagamento de impostos.

  • Sentença: 10 anos
  • Tempo na prisão: 2 anos
  • Patrimônio líquido: US$ 6,5 bilhões (R$ 32,5 bilhões)

Elizabeth Holmes

Elizabeth Holmes — Foto: AFP
Elizabeth Holmes — Foto: AFP

A executiva, de 39 anos, recebeu em novembro de 2022 a sentença de 11 de anos de prisão por fraude e conspiração envolvendo a Theranos, uma startup de saúde que chegou a ser avaliada em US$ 9 bilhões e que entrou em colapso após a revelação de que a principal tecnologia oferecida pela empresa era, na verdade, uma grande mentira.

Holmes vendeu aos investidores de que o Edinson – um equipamento do tamanho de um computador pessoal, inventado pela Theranos – era capaz de fazer mais de 200 exames de forma rápida com apenas uma pequena quantidade de sangue.

A promessa levou a companhia a levantar mais de US$ 700 milhões de investidores e a alcançar US$ 9 bilhões em valor de mer

  • Sentença: 11 anos
  • Tempo na prisão: 10 meses e contando
  • Patrimônio líquido: Saiu da lista da Forbes em 2017

Raj Rajaratnam

Raj Rajaratnam — Foto: AFP
Raj Rajaratnam — Foto: AFP

Rajaratnam, nascido no Sri Lanka, tornou-se bilionário como fundador do Galleon Group, uma empresa de fundos de hedge de Nova York. Em 2009, o FBI o prendeu por uso de informação privilegiada e um júri o considerou culpado de 14 acusações de fraude e conspiração. Em 2011, ele foi condenado a 11 anos de prisão, ordenado a abrir mão de mais de US$ 50 milhões e pagar uma multa de US$ 10 milhões. Aparentemente, ele foi libertado no início de julho de 2019, devido supostamente ao First Step Act, assinado pelo presidente Trump pressionado por Kim Kardashian (entre outros). A lei oferece a libertação antecipada de infratores não violentos com mais de 60 anos ou que estejam em estado terminal. Agora com 62 anos, Rajaratnam é diabético e vive na cidade de Nova York sob liberdade supervisionada.

  • Sentença: 11 anos
  • Tempo na prisão: 8 anos
  • Patrimônio líquido: Saiu da lista da Forbes em 2010

Mikhail Khodorkovsky e Platon Lebedev

Outrora o homem mais rico da Rússia e, em 2004, com US$ 15 bilhões, o 16º mais rica do mundo, Khodorkovsky se tornou o prisioneiro russo mais famoso quando ele e seu parceiro de negócios, Platon Lebedev, foram presos por sonegação de impostos em 2003. Ele perdeu sua empresa de petróleo e gás, Yukos, e recebeu uma sentença de 13 anos de prisão em um julgamento controverso que diz ter sido manipulado pelo presidente russo, Vladimir Putin. Como parte de sua pena, foi enviado para um campo de trabalho no sudeste da Rússia, onde escreveu um ensaio em três partes sobre responsabilidade política e social. A dupla deveria ter sido libertada em 2011, mas os dois foram condenados novamente por acusações de peculato e lavagem de dinheiro, que geraram mais seis anos de sentença. Em 19 de dezembro de 2013, Khodorkovsky foi libertado da prisão com perdão de Putin por conta da saúde de sua mãe, e Lebedev foi solto um mês depois.

  • Sentenças: 13 anos
  • Tempo na prisão: 10 anos para ambos
  • Patrimônio líquido: Khodorkovsky saiu da lista em 2006 e Lebedev em 2004

Allen Stanford

Em 2009, Stanford foi indiciado por administrar um esquema de ponzi de US$ 7 bilhões por meio do Stanford International Bank em Antígua, onde é cidadão. Foi negada a fiança. Ele é o segundo maior fraudador do esquema depois de Bernie Madoff. Em 2012, foi condenado a 110 anos atrás das grades por fraude eletrônica e de correspondência, obstrução de investigação e conspiração para cometer lavagem de dinheiro. Ele foi obrigado a pagar uma sentença em dinheiro de US$ 5,9 bilhões, destinados em parte a vítimas de seus crimes.

  • Sentença: 110 anos
  • Tempo na prisão: 13 anos e contando
  • Patrimônio líquido: Saiu da lista da Forbes em 2009

Joaquín Guzmán Loera, El Chapo

Nesta foto de arquivo tirada em 19 de janeiro de 2017, Joaquín Guzman, também conhecido como "El Chapo", é escoltado em Ciudad Juarez pela polícia mexicana enquanto é extraditado para os Estados Unidos — Foto: MINISTÉRIO DO INTERIOR DO MÉXICO / AFP
Nesta foto de arquivo tirada em 19 de janeiro de 2017, Joaquín Guzman, também conhecido como "El Chapo", é escoltado em Ciudad Juarez pela polícia mexicana enquanto é extraditado para os Estados Unidos — Foto: MINISTÉRIO DO INTERIOR DO MÉXICO / AFP

O bilionário mais infame, senão o mais perigoso da lista é conhecido como El Chapo. Líder de longa data do cartel mexicano de Sinaloa, Guzmán Loera escapou duas vezes das prisões mexicanas, mas foi capturado e extraditado para os Estados Unidos em 2017. Ele foi condenado por dez acusações de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro em 2019 e agora cumpre pena de prisão perpétua e mais 30 anos no território norte-americano. Guzmán Loera também foi condenado a pagar US$ 12,6 bilhões em confisco. O cartel enviou centenas de toneladas de cocaína para os Estados Unidos e controlou até 60% do comércio de drogas no México.

  • Sentença: Prisão perpétua
  • Tempo na prisão: 5 anos e contando
  • Patrimônio líquido: Saiu da lista em 2013

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