Economia
PUBLICIDADE
Por — Brasília

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai manter a meta de zerar o déficit nas contas públicas no próximo ano, proposta pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Uma mudança nesse alvo está descartada neste momento, afirmam auxiliares diretos de Lula.

A proposta orçamentária de 2024 está pronta e será feita de acordo com as diretrizes de Haddad, segundo integrantes do governo. O texto será enviado ao Congresso Nacional na quinta-feira.

Com a proximidade do envio do Orçamento ao Congresso, nos últimos dias, cresceu a dúvida no mercado e dentro do próprio governo sobre a capacidade de se cumprir esse resultado no ano que vem.

Principalmente parlamentares têm vocalizado um desejo de mudar a meta fiscal, com o receio de um alvo muito aperto causar restrições no Orçamento em ano de eleições municipais. A presidente do PT e deputada Gleisi Hoffmann (PR) é quem mais tem falado disso entre os aliados próximos a Lula.

O resultado fiscal do ano que vem depende da aprovação e da eficácia das medidas de aumento de receitas já propostas por Haddad. Esse ponto tem sido alertado frequentemente por técnicos do governo e por agentes do mercado.

Reunião orçamentária

Os detalhes finais da proposta orçamentária foram fechados numa reunião na tarde desta terça-feira no Palácio do Planalto com o presidente Lula. Nessa reunião, não foi discutido mudar a meta fiscal, de acordo com participantes do encontro. A reunião fechou os detalhes sobre a programação das despesas para o ano que vem.

Além de técnicos e assessores, participaram do encontro os ministros da Casa Civil, Rui Costa; do Planejamento, Simone Tebet; e da Gestão, Esther Dweck; além de Haddad — eles fazem parte da chamada Junta de Execução Orçamentária. Após a reunião, Haddad afirmou que não houve “nenhuma alteração de rota no Orçamento”.

O entendimento de integrantes da cúpula do governo é de que o discurso está alinhado na defesa de um resultado neutro para as contas públicas no próximo ano, inclusive dentro da Junta Orçamentária.

Há uma desconfiança em relação esse alvo principalmente por que ele depende do aumento das receitas — que, por sua vez, só virá com as medidas de Haddad.

O novo arcabouço fiscal prevê um intervalo de tolerância para o cumprimento da meta, que vai de um déficit de 0,25 ponto percentual do PIB (ou algo próximo a R$ 30 bilhões) a um superávit nessa mesma proporção.

A regra também autoriza o contingenciamento (bloqueio) de recursos para atingir a meta ao longo do ano. Esse ponto é o que mais preocupa ministros das áreas fim do governo, porque pode levar a um bloqueio amplo de gastos no ano que vem se as receitas do governo não performarem.

A meta de zerar o déficit no ano que vem foi proposta junto com o novo arcabouço fiscal, previsto para ser sancionado nesta semana. Também faz parte do plano obter um superávit de 0,5% do PIB em 2025 e de 1% do PIB em 2026. Neste ano, a expectativa é fechar com um déficit de cerca de R$ 100 bilhões, ou seja, próximo a 1% do PIB.

Medidas anunciadas

Como parte da estratégia para entregar a meta em 2024, Lula assinou ontem um projeto de lei e uma medida provisória (MP) que mudam a tributação sobre fundos exclusivos (fechados para a alta renda) e fundos offshore (no exterior), ambos voltados para os mais ricos.

A MP muda a tributação de fundos fechados, com a qual se espera arrecadar R$ 13,28 bilhões em 2024 e R$ 3,2 bilhões este ano. Essa tributação em 2023 será usada para compensar a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para R$ 2.640, aprovada na semana passada pelo Congresso e sancionada ontem por Lula — que custará também R$ 3,2 bilhões.

Outra proposta enviada ontem ao Congresso é um projeto de lei, em acordo com a Câmara, que permite cobrar no Brasil imposto sobre rendimentos de offshores (empresas de investimento no exterior, instaladas geralmente em paraísos fiscais).

Atualmente, o capital investido no exterior é tributado apenas quando resgatado e remetido ao Brasil. A proposta foi enviada com urgência constitucional para a Câmara e tem potencial de arrecadar R$ 7,05 bilhões em 2024, R$ 6,75 bilhões em 2025 e R$ 7,13 bilhões para 2026, segundo a Fazenda.

Mais recente Próxima Presidente do BNDES sugere criação de programa de reflorestamento da Floresta Amazônica
Mais do Globo

Com apenas 12 anos, Sarah Rector faturava 15 mil dólares por mês com petróleo

De analfabeta a milionária: conheça a história da menina que virou primeira mulher negra rica dos EUA

Treinador estreou no comando do Tricolor com um empate em casa

Mano Menezes analisa empate do Fluminense e mostra otimismo em recuperação no Brasileirão: 'Daqui para cima'

Ex-estrela de filmes pornô denunciou magnata da música; Diddy é alvo de diversas ações civis

Abuso físico e tráfico sexual: rapper Diddy enfrenta novo processo nos EUA

Dissidentes das FARC e rebeldes do ELN seriam responsáveis por "área preparada com explosivos"

Seis militares morrem em campo minado por rebeldes, na Colômbia

Antes de ser indiciado pela PF, ex-presidente havia retomado viagens para pedir votos

Pecha de ʽladrão de joiasʼ mina discurso de Bolsonaro

Com golaço de Ganso, tricolor até encerrou sequência de seis derrotas, mas segue sem vencer há oito rodadas

Na estreia de Mano Menezes, Fluminense busca empate com Internacional, mas segue na lanterna do Brasileiro

Parlamentar criticou o oponente na disputa pela prefeitura de São Paulo por sugerir que o familiar dela morreu em meio a decisão de morar fora do país para estudar em Harvard

Tabata chama Marçal de 'sujeitinho' por insinuação sobre morte do pai da deputada

Associação que reúne as montadoras brasileiras projeta um volume de importação de 450 mil veículos só em 2024 e vê impacto negativo no mercado nacional e nas exportações

Importação de veículos deve superar exportação este ano, prevê Anfavea, que pede mais imposto para elétricos

Atacante argentino não balança a rede desde o dia 4 de maio, contra o Atlético-MG

Sem marcar há 12 jogos, Cano fecha dois meses de jejum de gols pelo Fluminense

Francisco Agustín Castro disse ser policial reformado e foi apreendido após uma busca policial encontrar com ele uma pistola 9mm e um carregador com 11 balas

Homem é detido com arma nas imediações de local onde presidente da Argentina participava de ato