A pressão de organismos internacionais, investidores e consumidores tem levado empresas a intensificar suas ações para zerar emissões de carbono. O esforço ocorre em meio aos alertas da Organização das Nações Unidas (ONU), que defende prazos menores para emissões líquidas zero: até 2040 para nações desenvolvidas e até 2050 para as emergentes. Embora o movimento ainda seja concentrado, empresas de peso na Bolsa de Valores têm se comprometido com a meta “net zero” e incentivado fornecedores e clientes a fazer o mesmo.
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A Ambev quer se tornar carbono neutro até 2040. A companhia firmou ações pra mitigar as emissões que produz direta e indiretamente e as dos fornecedores. Até o ano que vem, prevê ter 100% da eletricidade vinda de fontes renováveis e reduzir 25% das emissões de carbono.
Desde 2021, a empresa opera com eletricidade gerada de fontes limpas e renováveis no Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Chile.
— Já temos 13 cervejarias e maltarias carbono neutro só no Brasil — afirma Bernardo Adão, diretor de Suprimentos e Sustentabilidade da Ambev.
Fontes mais limpas
Já a Azul planeja ser carbono neutro até 2045. Há metas para reduzir a intensidade de emissões nos processos diretos e indiretos em 46% até 2030, comparado aos níveis de 2019. A modernização da frota é um dos caminhos, com economia de até 25% nas emissões de CO2. A empresa promove desde 2022 um programa com foco na gestão sustentável de recursos energéticos e redução de gases de efeito estufa. O projeto, chamado APU Zero chegou a 12 aeroportos em 2023 e deverá alcançar 20 até o fim do ano.
— Já foram economizados 50 milhões de litros de querosene de aviação, o equivalente a 20 mil voos entre Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ). Isso gerou uma redução de 128 mil toneladas de CO2 — afirma Filipe Alvarez, gerente de sustentabilidade da Azul.
No setor de beleza, o Grupo Boticário comprometeu-se a reduzir suas emissões em 42% até 2030, usando energia renovável em suas operações diretas. A meta é uma redução de 17% das emissões de CO2 até 2030 dos fornecedores.
Com um plano de transição e adaptação climática implantado a partir de 2022, a empresa tem duas fábricas e centros de distribuição que usam 100% de energia renovável.
Luís Meyer, diretor de ESG do Grupo Boticário, diz que é um desafio a substituição de combustíveis fósseis para geração de energia térmica nas operações, no transporte e na distribuição de produto:
— Já estamos avaliando e implementando o uso de biocombustíveis e tecnologia para eletrificação.
Já a Gerdau, maior produtora brasileira de aço, tem como meta ser carbono zero até 2050. A empresa emite 0,86 tonelada de CO2 por tonelada de aço — menos da metade da média global, de 1,89 — e quer reduzir para 0,82 até 2031.
Os efeitos da mudança climática pelo mundo
![Ondas atingem um paredão em frente a edifícios em Taizhou, província de Zhejiang, leste da China. Os mesmos oceanos que nutriram a evolução humana estão prontos para desencadear a miséria em escala global alerta um projeto de relatório da ONU — Foto: AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/svVUCEDG3nkqDbAHEqxCbZzqK6I=/0x0:1265x760/648x248/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/B/G/necTXnT6O9WvEFdTd8kQ/relatorio-onu-mudanca-climatica2.jpg)
![Ondas atingem um paredão em frente a edifícios em Taizhou, província de Zhejiang, leste da China. Os mesmos oceanos que nutriram a evolução humana estão prontos para desencadear a miséria em escala global alerta um projeto de relatório da ONU — Foto: AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/zUB_WiohpBHwZlLZW1j_vVIMRFQ=/1265x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/B/G/necTXnT6O9WvEFdTd8kQ/relatorio-onu-mudanca-climatica2.jpg)
Ondas atingem um paredão em frente a edifícios em Taizhou, província de Zhejiang, leste da China. Os mesmos oceanos que nutriram a evolução humana estão prontos para desencadear a miséria em escala global alerta um projeto de relatório da ONU — Foto: AFP
![Iceberg perto da ilha de Kulusuk, na costa sudeste da Groenlândia. Aquecimento global causado pelas atividades humanas terá consequências dramáticas para os oceanos e a criosfera, que inclui gelo marinho, geleiras, calotas polares e permafrost (tipo de solo encontrado na região do Ártico, constituído por terra, gelo e rochas permanentemente congelados) — Foto: JONATHAN NACKSTRAND / AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/Uj_7UE-3BQhVeq8p3gZC5QJCcXw=/0x0:1265x760/323x182/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/9/y/VDtOnQThOrjSTMAjRiYQ/relatorio-onu-mudanca-climatica3.jpg)
![Iceberg perto da ilha de Kulusuk, na costa sudeste da Groenlândia. Aquecimento global causado pelas atividades humanas terá consequências dramáticas para os oceanos e a criosfera, que inclui gelo marinho, geleiras, calotas polares e permafrost (tipo de solo encontrado na região do Ártico, constituído por terra, gelo e rochas permanentemente congelados) — Foto: JONATHAN NACKSTRAND / AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/xFsS1mLOUqgaOjvACuqIGJ1_3ac=/1265x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/9/y/VDtOnQThOrjSTMAjRiYQ/relatorio-onu-mudanca-climatica3.jpg)
Iceberg perto da ilha de Kulusuk, na costa sudeste da Groenlândia. Aquecimento global causado pelas atividades humanas terá consequências dramáticas para os oceanos e a criosfera, que inclui gelo marinho, geleiras, calotas polares e permafrost (tipo de solo encontrado na região do Ártico, constituído por terra, gelo e rochas permanentemente congelados) — Foto: JONATHAN NACKSTRAND / AFP
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![Geleira na região do Everest, no Nepal, no distrito de Solukhumbu, a 140 km a nordeste de Katmandu. As montanhas devem perder uma parcela significativa de sua cobertura de neve, com impactos significativos na agricultura, no turismo e no suprimento de energia — Foto: PRAKASH MATHEMA / AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/ZavuYQjNoQNZfDkuHCP6ptadsvA=/0x0:1265x760/323x182/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/a/o/qeeDrSS1axWTmuxANgew/relatorio-onu-mudanca-climatica5.jpg)
![Geleira na região do Everest, no Nepal, no distrito de Solukhumbu, a 140 km a nordeste de Katmandu. As montanhas devem perder uma parcela significativa de sua cobertura de neve, com impactos significativos na agricultura, no turismo e no suprimento de energia — Foto: PRAKASH MATHEMA / AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/Fkt-f2ZjyQe0W_lh6A6hFXKWROk=/1265x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/a/o/qeeDrSS1axWTmuxANgew/relatorio-onu-mudanca-climatica5.jpg)
Geleira na região do Everest, no Nepal, no distrito de Solukhumbu, a 140 km a nordeste de Katmandu. As montanhas devem perder uma parcela significativa de sua cobertura de neve, com impactos significativos na agricultura, no turismo e no suprimento de energia — Foto: PRAKASH MATHEMA / AFP
![Imagem fotografada por Steffen Olsen, do Centro de Oceano e Gelo do Instituto Meteorolítico Dinamarquês, mostra cães de trenó andando pela água parada no gelo do mar durante uma expedição no noroeste da Groenlândia. Relatório da ONU sobre oceanos e mudanças climáticas destaca efeitos que China, Estados Unidos, União Europeia e Índia enfrentarão — Foto: STEFFEN OLSEN / AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/G7jlGXThZgoiO9102hIk6u7a9YU=/1265x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/b/g/opSgOtTbWqj58rbMWXsQ/relatorio-onu-mudanca-climatica4.jpg)
Imagem fotografada por Steffen Olsen, do Centro de Oceano e Gelo do Instituto Meteorolítico Dinamarquês, mostra cães de trenó andando pela água parada no gelo do mar durante uma expedição no noroeste da Groenlândia. Relatório da ONU sobre oceanos e mudanças climáticas destaca efeitos que China, Estados Unidos, União Europeia e Índia enfrentarão — Foto: STEFFEN OLSEN / AFP
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![Calotas polares da Antártica e da Groenlândia perderam uma média de 430 bilhões de toneladas por ano desde 2006, tornando-se a principal fonte do aumento do nível do mar Foto mostra uma a geleira Apusiajik, perto de Kulusuk, na ilha de Sermersooq, na costa sudeste da Groenlândia — Foto: JONATHAN NACKSTRAND / AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/_yH20Jgh3NI30BKKCBjkodauNko=/1265x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/k/E/j5FskwTcut6b1JVieAQQ/relatorio-onu-mudanca-climatica6.jpg)
Calotas polares da Antártica e da Groenlândia perderam uma média de 430 bilhões de toneladas por ano desde 2006, tornando-se a principal fonte do aumento do nível do mar Foto mostra uma a geleira Apusiajik, perto de Kulusuk, na ilha de Sermersooq, na costa sudeste da Groenlândia — Foto: JONATHAN NACKSTRAND / AFP
![Dunas ao pé do edifício "Le Signal", em Soulac-sur-Mer, sudoeste da França, estão sendo lavadas devido às importantes marés do Atlântico — Foto: JEAN-PIERRE MULLER / AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/s-DRyHjKogbZ3blWW22xIsapxm8=/1265x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/K/d/V4BKL6Tsex3mx7ILi4WA/relatorio-onu-mudanca-climatica7.jpg)
Dunas ao pé do edifício "Le Signal", em Soulac-sur-Mer, sudoeste da França, estão sendo lavadas devido às importantes marés do Atlântico — Foto: JEAN-PIERRE MULLER / AFP
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![Áreas da Nona Ala, em Nova Orleans, inundadas após os furacões Katrina e Rita. O aumento do nível do mar pode deslocar 280 milhões de pessoas em um cenário otimista de um aumento de 2°C na temperatura global em comparação com a era pré-industrial. Com um aumento previsível da frequência de ciclones, muitas megacidades costeiras, bem como pequenas nações insulares, seriam inundadas todos os anos a partir de 2050 — Foto: ROBYN BECK / AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/G_Yr7TLGufQ0z1rVxamqyKNubaE=/1265x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/N/f/MTwER9TCakPNJhNcvADw/relatorio-onu-mudanca-climatica8.jpg)
Áreas da Nona Ala, em Nova Orleans, inundadas após os furacões Katrina e Rita. O aumento do nível do mar pode deslocar 280 milhões de pessoas em um cenário otimista de um aumento de 2°C na temperatura global em comparação com a era pré-industrial. Com um aumento previsível da frequência de ciclones, muitas megacidades costeiras, bem como pequenas nações insulares, seriam inundadas todos os anos a partir de 2050 — Foto: ROBYN BECK / AFP
![Moradores usam barcos para atravessar um rio Ganges inundado, à medida que os níveis de água nos rios Ganges e Yamuna aumentam, em Allahabad, Índia. Relatório do IPCC diz que chuvas de monção do verão indiano, uma fonte vital para regar as culturas destinadas a alimentar centenas de milhões de pessoas, enfraqueceram significativamente desde 1950, provavelmente devido ao aquecimento do Oceano Índico — Foto: SANJAY KANOJIA / AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/QZ6cWuaK2H72wdppfTtycA8ZBRo=/1265x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/G/R/JPY2blS1a9P9AjS26Agw/relatorio-onu-mudanca-climatica9.jpg)
Moradores usam barcos para atravessar um rio Ganges inundado, à medida que os níveis de água nos rios Ganges e Yamuna aumentam, em Allahabad, Índia. Relatório do IPCC diz que chuvas de monção do verão indiano, uma fonte vital para regar as culturas destinadas a alimentar centenas de milhões de pessoas, enfraqueceram significativamente desde 1950, provavelmente devido ao aquecimento do Oceano Índico — Foto: SANJAY KANOJIA / AFP
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![A elevação dos níveis dos mares também já provocou o desaparecimento de ao menos cinco ilhas nas Ilhas Salomão, país no Oceano Pacífico considerado um dos mais ameaçados pelas alterações climáticas no planeta — Foto: REPRODUÇÃO](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/5RnHtgwwiLYWnUc1l_UdtKV7mh0=/1265x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/3/v/oJ8HzlT0qtpBBqCSQnDg/solomons-etm-2000249-lrg.jpg)
A elevação dos níveis dos mares também já provocou o desaparecimento de ao menos cinco ilhas nas Ilhas Salomão, país no Oceano Pacífico considerado um dos mais ameaçados pelas alterações climáticas no planeta — Foto: REPRODUÇÃO
![Um urso polar pula entre pedaços de água congelada no Canadá. O fotógrafo Florian Ledoux capturou o momento usando um drone em agosto de 2018. Animais estão enfrentando uma série de ameaças que estão afetando seu futuro status populacional. "Eles estão entre os primeiros refugiados da mudança climática", escreveu Ledoux — Foto: Florian Ledoux](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/f25j7hQu2hQJJV-MBXRBMJV9-dg=/1265x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/V/R/ktuGnmRQ6qmJjqe2yyaQ/foto1.jpg)
Um urso polar pula entre pedaços de água congelada no Canadá. O fotógrafo Florian Ledoux capturou o momento usando um drone em agosto de 2018. Animais estão enfrentando uma série de ameaças que estão afetando seu futuro status populacional. "Eles estão entre os primeiros refugiados da mudança climática", escreveu Ledoux — Foto: Florian Ledoux
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![Rio sub-glacial vindo de dentro de uma geleira e caindo num grande buraco — Foto: Florian Ledoux](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/nPmhf4kJLocQiuQLKa3DU8G6H1Q=/1265x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/y/z/6kCSt1SHAbYtPNRDliAg/foto6.jpg)
Rio sub-glacial vindo de dentro de uma geleira e caindo num grande buraco — Foto: Florian Ledoux
![Imagem aérea mostra os corais brancos na Grande Barreira de Corais da Austrália, que está sendo destruída pelo aquecimento e acidificação dos mares — Foto: ARC Centre of Excellence for Coral Reef Studies / Terry Hughes](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/JKImlVsHXGvDJt-Rkgl8PdUPrUc=/1265x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/6/V/3OAQkdTmeyB9AKK9wIgg/aerial-view-of-bleaching-northern-great-barrier-reef-march-2016-1024x768.jpg)
Imagem aérea mostra os corais brancos na Grande Barreira de Corais da Austrália, que está sendo destruída pelo aquecimento e acidificação dos mares — Foto: ARC Centre of Excellence for Coral Reef Studies / Terry Hughes
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![Gelo flutuando na Groenlândia durante o inverno. Local costumava estar completamente congelado durante a estação — Foto: Florian Ledoux](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/PnzXzpJMWW2q8-HJt4CfYd41b4c=/1265x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/W/J/c21dB8RO2nBxAFqFLJ7A/foto4.jpg)
Gelo flutuando na Groenlândia durante o inverno. Local costumava estar completamente congelado durante a estação — Foto: Florian Ledoux
![Manguezal com 7.400 hectares morreu de "sede" no Golfo de Carpentária, na Austrália — Foto: AFP / NORMAN DUKE](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/jqYbc8WAxE0VMVVLa3xRrs2ylnU=/1265x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/c/G/pkJrVdT5CkaRcjHuyTXA/australia-environment-conservation-climate-mangroves.jpg)
Manguezal com 7.400 hectares morreu de "sede" no Golfo de Carpentária, na Austrália — Foto: AFP / NORMAN DUKE
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![No Brasil, o atual período de estiagem no Nordeste, considerado o pior em um século, transformou a barragem mais antiga do país num cemitério de tartarugas — Foto: AFP / EVARISTO SÁ](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/0uO-egfh_Sths4ZaZpwN3A2XN18=/1265x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/J/W/5OKRUaSrq56Nh4lz5AaQ/brazil-drought-reservoir.jpg)
No Brasil, o atual período de estiagem no Nordeste, considerado o pior em um século, transformou a barragem mais antiga do país num cemitério de tartarugas — Foto: AFP / EVARISTO SÁ
![Carcaças de renas mortas cobertas pelo gelo. Um estudo da Universidade de Oxford mostrou que 80 mil renas morreram na Sibéria por causa das alterações no ciclo das chuvas — Foto: Universidade de Oxford](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/8U9Lu05CjkEa-j7FEfmmrbJP36o=/1265x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/H/n/Ub3ZlBRJegZVH3AT8kBw/sorotettoicing-1.jpg)
Carcaças de renas mortas cobertas pelo gelo. Um estudo da Universidade de Oxford mostrou que 80 mil renas morreram na Sibéria por causa das alterações no ciclo das chuvas — Foto: Universidade de Oxford
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Cerca de 70% do aço produzido pela Gerdau vêm da reciclagem de ferro, a sucata, e a empresa usa carvão vegetal produzido em mais de 250 mil hectares de base florestal em Minas Gerais. A siderúrgica também usa energia renovável, com parques solares no Brasil e nos EUA.
‘É preciso acelerar’
A empresa adotou a biomassa no coque metalúrgico na unidade de Ouro Branco, em Minas Gerais. No ano passado, 30 mil toneladas de biomassa evitaram a emissão de mais 90 mil toneladas de CO2 equivalente (CO2e). O maior desafio hoje é desenvolver processos competitivos de produção neutra em carbono, avalia Cenira Nunes, gerente geral de meio ambiente da Gerdau.
— Estamos colaborando com entidades setoriais e centros de pesquisa para encontrar soluções.
- Com recorde de empresas: Pacto Global da ONU no Brasil impulsiona setor privado a adotar metas mais arrojadas
Mas a maturidade das empresas brasileiras em relação à descarbonização ainda é baixa. Pesquisa da consultoria Kearney mostra que, de 38 grandes empresas pesquisadas, 89% têm relatório de sustentabilidade, mas o percentual cai para 47% quando se trata de ter um prazo como meta para ser carbono neutro.
— É preciso acelerar muito o ritmo das ações, sair do modo de atendimento à regulação mínima para um modo de remodelagem do modelo operacional e organizacional da companhia que inclua as decisões de descarbonização — diz Flavia Ribeiro, diretora da Kearney no Brasil.
Para Cesar Sanches, superintendente de Sustentabilidade da B3, a criação de um mercado regulado de carbono deve ajudar a impulsionar a agenda no país.