O dólar turismo acompanhou o salto do comercial na manhã desta quarta-feira. A moeda americana para quem vai viajar para o exterior chegou a ser vendida R$ 5,97 em transações efetuadas no cartão de crédito. Na modalidade em espécie, a moeda era negociada na máxima de R$ 5,87 em algumas casas de câmbio no Rio de Janeiro.
Se você vai viajar para o exterior, o GLOBO preparou um guia com dicas para evitar o risco de flutuações da moeda no cartão de crédito.
Por volta das 10h, a corretora Day Câmbio vendia dólar em espécie a R$ 5,81 e o euro a R$ 6,22. Na modalidade de pagamento com uso do cartão, os valores eram de R$ 6,02 para o dólar e R$ 6,43 para o euro.
No mesmo horário, o dólar em espécie era vendido a R$ 5,87 na casa de câmbio Travelex Confidence. Já na opção do cartão pré-pago, a moeda saía pelo valor máximo de R$ 5,97. O euro era negociado a R$ 6,27 em espécie e R$ 6,37 com o pagamento em cartão.
Já na DG Câmbio, a moeda americana foi comercializada ao longo da manhã a R$ 5,79 e o euro a R$ 6,19, apenas na modalidade de moeda em espécie.
As operações também incluem as taxas de 1,1% e 4,38%, correspondentes ao Imposto sobre Operações Financeiras, sob o valor total emitido em espécie e no cartão, respectivamente.
Apesar do avanço durante a manhã, o dólar turismo recuou para a casa dos R$ 5,80 no fim da tarde nas casas de câmbio. Na Travelex, era possível comprar a divisa a R$ 5,87 com IOF incluso, mesmo valor da Western Union. Na DayCâmbio, o valor era de R$ 5,82 com imposto.
A cotação do dólar turismo fechou a quarta-feira em R$ 5,72, segundo o ValorPro.
Preocupação com gastos
O dólar comercial abriu em alta nesta quarta-feira e bateu R$ 5,50, após declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em entrevista ao portal de notícias Uol, Lula disse que governo realiza um pente-fino nos gastos da União, mas que é necessário saber se o "problema" é "cortar ou aumentar a arrecadação".
— O problema não é que tem que cortar, o problema é saber se precisa efetivamente cortar, ou se a gente precisa aumentar a arrecadação. Temos que fazer essa discussão — explicou Lula, que completou — Problema no Brasil é que a gente diminuiu muito a arrecadação.
Nas últimas semanas, Lula tem dado declarações que foram interpretadas por analistas de que o ajuste nas contas públicas será por meio de aumento de arrecadação e não corte de despesas, levando tensão ao mercado.