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Uma dentista, dona de bem-sucedida clínica em Goiânia, mãe de três filhos, divorciada duas vezes, às vésperas do terceiro casamento. Um ator e cantor, casado e pai de uma menina, morador da periferia de São Paulo, próximo de estrear um musical sobre o pastor, e líder movimento dos direitos civis nos EUA, Martin Luther King Jr. (1929-1968). À primeira vista, Silvinha e Guii (com dois Is) só compartilham o fato de serem cristãos e personagens da série documental “Evangélicos”, que estreia no GNT domingo, às 23h, com roteiro e direção de Alberto Renault. A cada semana, serão exibidos dois episódios.

— Os evangélicos são muitos e múltiplos, como escrevi no prólogo que aparece nos episódios — diz Alberto.

Em cada uma das seis partes, a série foca na história de uma pessoa evangélica, em distintas regiões do Brasil. Além de Silvinha e Guii, há Andréa, engenheira agrônoma, professora e ativista de sustentabilidade no Acre; Gabriela, uma jovem da Região Serrana do Rio que frequenta uma “comunidade de fé” mais progressista que a igreja de sua família; os paulistanos Rafaela e Silas, jovens noivos que se preparam para o grande dia do casamento; e o pastor carioca Kleber Lucas, compositor e produtor, que se tornou referência também fora do meio religioso.

Guii: um dos personagens de 'Evangélicos' — Foto: Divulgação
Guii: um dos personagens de 'Evangélicos' — Foto: Divulgação

— Como não sou um jornalista, não ia entrar em estatística, em bastidores políticos, em nenhuma dessas questões. Minha maneira de me aproximar desse conteúdo foi contar a vida das pessoas — diz Renault, criador de programas como “Arte brasileira”, “Casa brasileira” e “Palavras em série”, este indicado ao Emmy Internacional 2018 como melhor programa de arte.

Descrevendo-se como um “ateu”, “liberal”, “de esquerda”, sem contato com pessoas do meio, Alberto Renault diz que se aproximou do novo tema com um olhar de curioso.

— Não sabia quem eles eram e ainda não sei, mas sabia que ninguém pode ser uma bandeira. Nenhum ser humano é um partido, nem uma bancada. São pessoas, são histórias. E como essas histórias se construíram?

Alberto Renault e Pastor Kleber Lucas — Foto: Divulgação
Alberto Renault e Pastor Kleber Lucas — Foto: Divulgação

Diante da falta de intimidade inicial com o assunto, Alberto convidou o antropólogo Juliano Spyer para ser consultor do projeto. Ele é autor do livro “Povo de Deus: quem são os evangélicos e por que eles importam” (Geração Editorial), e seu grupo de pesquisa ajudou na busca de personagens.

—Alberto trouxe um projeto ambicioso. Queria pessoas de igrejas e tradições diferentes, de vários lugares do Brasil, e que estivessem passando por grandes eventos: um casamento, estreia de peça, aniversário — diz Spyer, frisando que a produção cumpre um “papel fundamental” de mostrar que a generalização que se faz sobre os crentes é “estúpida”.

Sem trincheiras

A opção de não martelar no tema política, ainda segundo Spyer, não faz da série um produto apolítico:

—A contribuição é profundamente política, sem precisar levar as pessoas a se entrincheirarem. É sociológico sem ser chato.

“Evangélicos” faz parte de um movimento crescente do audiovisual de retratar um grupo em franca expansão no Brasil. Segundo um levantamento nacional do Datafolha em 2020, são 31,8% da população. O IBGE ainda não divulgou dados do Censo 2022 específicos sobre religião, mas já se sabe que existem hoje no país mais estabelecimentos religiosos (286 para cada cem mil habitantes, entre igrejas católicas, templos evangélicos, sinagogas etc.) do que escolares (130 para cada cem mil habitantes).

— No ano passado, trabalhei em duas séries (dessa temática evangélica) e sei de pelo menos outras quatro em estágio final de pós-produção — diz Spyer.

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