RIO — Após diversos pedidos por parte do público, Anitta recebeu o convite para participar do Rock in Rio. Mas não nessa edição e nem no Brasil. A organização do festival confirmou que entrou em contato com a cantora carioca para que ela seja uma das atrações da versão portuguesa do evento, que acontece em Lisboa.
— Anitta já está confirmada. Ela vai se apresentar no palco principal e nossa ideia é trazê-la no próximo Rock in Rio por aqui também — disse Rubem Medina, da diretoria do festival — Anitta chegou a ser cogitada para se apresentar com Alicia Keys, mas não fluiu.
Esse é mais um capítulo da novela que se desenvolveu nos últimos dias, após o
cancelamento do show da americana Lady Gaga
. Com a vaga aberta para o show de encerramento do Palco Mundo, diversos fãs foram às redes sociais pedir a inclusão de Anitta e Pabllo Vittar como substitutos para a atração internacional.
Em resposta aos pedidos, Roberto Medina chegou a declarar que Anitta ainda não estaria pronta para ocupar um lugar no palco principal do evento, o que gerou uma comoção nas redes.
A participação de
Pabllo Vittar como convidada especial no show de Fergie
aumentou a polêmica com as duas cantando o hit "Sua Cara", gravado por Pabllo em colaboração com a própria Anitta e Major Lazer. O fato levou Anitta a divulgar que também teria sido chamada pela americana e que, cantaria com ela em uma "oportunidade muito melhor".
Nile Rodgers dedicou show a cantora Lady Gaga Foto: Bárbara Lopes / Agência O Globo
Nile Rodgers & Chic foi a última apresentação no panco Sunset Foto: Bárbara Lopes / Agência O Globo
A cantora Maria Rita é a terceira a cantar no Palco Sunset neste domingo Foto: Bárbara Lopes / O Globo
Maria Rita recebe no palco a americana Melody Gardot Foto: Bárbara Lopes / Agência O Globo
Liniker, Johnny Hooker e Almério cantaram juntos a canção "Não recomendados", que reflete criticamente sobre preconceitos de identidade de gênero e orientação sexual Foto: Barbara Lopes / O Globo
Johnny Hooker também cantou ao lado de Almério Foto: Barbara Lopes / O Globo
Durante o show de Liniker e Johnny Hooker foram projetadas frases como "AMAR SEM TEMER" E "O BRASIL É O PAÍS QUE MAIS MATA LGBTS NO MUNDO" Foto: Barbara Lopes / O Globo
Liniker e Johnny Hooker cantaram o hit "Flutua", gravado por ambos para o disco "Coração", de Hooker Foto: Barbara Lopes / O Globo
O cantor Johnny Hooker no palco Sunset Foto: Barbara Lopes / O Globo
Johnny Hooker e o guitarrista Felipe Rodrigues Foto: Barbara Lopes / O Globo
A banda de soul e funk portuguesa HMB fez o primeiro show do Sunset, com Fred Martinho (guitarra), Héber Marques (vocal) e Joel Xavier (baixo) Foto: Barbara Lopes / O Globo
O baixista Joel Xavier, da banda portuguesa HMB Foto: Barbara Lopes / O Globo
A banda portuguesa HMB recebeu como convidado o rapper Carlão, ícone do hip hop de Portugal Foto: Barbara Lopes / O Globo
A banda portuguesa HMB também recebeu como convidado o cantor Virgul, do hit "I need this girl" Foto: Barbara Lopes / O Globo
O convite para a participação no Rock in Rio Lisboa é um primeiro passo de aproximação entre uma das maiores artistas pop do país, dona de hits como "Bang" e "Paradinha", e o maior festival do país, que mobiliza centenas de milhares de fãs.
Sopros inflamados, peripécias rítmicas, belas jogadas melódicas, muitas mudanças de clima... nem tudo atraiu a atenção do público, mas, da luta do cantor com as suas pretensões, alguns momentos memoráveis foram presenciados.
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Alicia Keys
Foto: Márcio Alves / O Globo
A cantora nova-iorquina de 36 anos uniu sua competência musical ao carisma, à simpatia e à segurança de uma artista completa. Ao piano, comandou uma banda azeitada em sucessos e músicas menos conhecidas, recebeu o Dream Team do Passinho e ainda se engajou na luta pela preservação da Amazônia.
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Walk the Moon
Foto: PABLO JACOB / O Globo
Indie pop colorido do Walk the Moon demora mas engata no Rock in Rio. Quarteto americano conquistou os descrentes com o hit 'Shut up and dance'.
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Nile Rodgers & The Chic
Foto: Barbara Lopes / Agência O Globo
Em um dos melhores shows de 2017 no Rio, Nile Rodgers faz sua primeira apresentação no Brasil com um espetáculo vibrante, junto a uma banda recriada sem detrimento à Chic original, embalada por clássicos como "Le freak", "Good times" e "Everybody dance".
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Frejat
Foto: Marcelo Theobald / Agência O Globo
Em show impecável, ex-vocalista do Barão Vermelho mergulha em parcerias com Cazuza, como "Pro dia nascer feliz", "Malandragem" e "Ideologia", interpretada pelo cantor pela primeira vez ao vivo. O show também abriu espaço para uma homenagem a Luiz Melodia, morto em agosto, com uma versão de "Negro gato".
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O sol escaldante não impediu o sucesso do encontro. Ecoando Ney Matogrosso, o performático Hooker e sua banda - destaque para os solos do guitar hero Felipe Rodrigues - iniciaram a apresentação com tempero nordestino de "Touro" e do carimbó "Corpo fechado", com participação de Gaby Amarantos.
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HMB, Carlão e Virgul
Foto: Agência O Globo
Sob o sol domingueiro que frita a Cidade do Rock, eles instauraram um clima de Chic tropical - funk e soul com sotaque português e temperos africanos, testemunhando a influência das antigas colônias sobre o que melhor se produz na música de Portugal hoje.
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Maroon 5
Foto: Guito Moreto / O Globo
A diferença mais significativa para o show de sexta é que, no começo acústico do bis, o Rio foi poupado de "Garota de Ipanema" e ouviu "Lost stars", música solo de Adam Levine para o filme "Mesmo se nada der certo" (2013). Lady Gaga deve agora pelo menos dois shows no próximo Rock in Rio.
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No fim, Shawn recorreu a um hit próprio, "Treat you better", que deu um fecho conveniente ao espetáculo de um artista que vive sob as ameaças diversas de um mundo pós-internet: é melhor, sempre, confiar no coração que nas ilusões.
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A escalação do Skank para seu terceiro Rock in Rio em quatro edições gerou muitos - e talvez justos - narizes torcidos, pela falta de variedade. Mas poucas bandas, brasileiras ou estrangeiras, seguram um Palco Mundo com a firmeza dos rapazes das Alterosas.
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Miguel
Foto: Pedro Teixeira / O Globo
Eis que surgiu o paulistano Emicida. "Eu estou há dois dias andando com esse moleque gente fina que estava preocupado se vocês conheciam ele", disse o rapper. Ao vivo, "Oasis", com os versos de valorização a mulher negra de Emicida, deu o punch que faltava para valorizar de vez a apresentação memorável do americano.
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Rael e Elza Soares
Foto: Pedro Teixeira / O Globo
Depois da forte primeira impressão de "A carne" (na qual Rael inseriu "Negro drama", dos Racionais MCs), a cantora e o rapper emendaram "Hoje é dia de festa" e uma precisa "Maria de Vila Matilde" - que renovou-se com a pegada da banda, fora do universo de estranheza-Passo-Torto da gravação original.
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Blitz
Foto: Pedro Teixeira / Agência O Globo
Saltitante e fazendo malabarismos com uma pandeirola, Evandro Mesquita, de 65 anos, já chegou com uma multidão respeitável em frente ao Sunset — que foi crescendo ao longo do show de uma hora.
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Tributo a obra de João Donato
Foto: Pedro Teixeira / O Globo
Com belas projeções ao fundo do palco, retratando Donato e seus cenários, as cantoras se revezavam com segurança no vocal principal, desfiando canções exemplares de uma obra fundamental.
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Não foi tarefa fácil, diante da expectativa nos píncaros do público de Gaga. Mas o grupo tinha seus trunfos - um bom punhado de hits e um bem testado roteiro - para cumprir a missão. Viu-se um espetáculo morno, em boa parte, longe de arrebatar, mas que teve lá os seus momentos.
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5 Seconds of Summer
Foto: Marcio Alves / O Globo
Considerada uma banda de pop punk, o 5 Seconds of Summer não se mostra nem pop, com sucessos prontos para serem cantados por multidões (o que não aconteceu em nenhum momento da apresentação no Rio), nem punk, com atitude e rebeldia no palco.
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Pet Shop Boys
Foto: Antonio Scorza / O Globo
O show não era, portanto, de uma banda que se mantém ativa (apesar de músicas como "Inner sanctum" e "Vocal", de 2016 e 2013, respectivamente, serem ótimas). O que importava ali - e "Go west", "Domino dancing", "Always on my mind" e a incendiária "It's a sin" - era a volta aos primeiros bailes.
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Ivete Sangalo
Foto: PABLO JACOB / O Globo
Mostrando a inscrição com o nome do filho, Marcelo, que cobria sua retaguarda, ela seguiu adiante, sensual e incansável, com o arrasa-quarteirão de "Festa"-"Sorte grande"-"Abalou". E lembrou que a noite era de rock, ao homenagear Cazuza (com "Pro dia nascer feliz") e a sua própria Banda Eva, do começo da carreira, com "Eva".
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Homenagem ao Samba
Foto: Roberto Moreyra / O Globo
A Marrom Alcione, em plena forma, como o piston do clássico da gafieira, tirou a surdina e pôs as coisas no lugar, com "Gostoso veneno" e "Exaltação à Mangueira", entregando a tocha fervendo para Jorge Aragão, que pôs mais lenha no fogueira, atiçando a banda a pisar no acelerador.
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O público, já em bom número no fim de tarde, respondeu e ajudou a criar o clima de baile, tanto nas palminhas quanto na cantoria. A turma foi à loucura com o beijaço promovido pelos dançarinos da Focus na potente “Saber chegar”, de “Amor geral”.
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Céu e Boogarins
Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo
Pelo contrário, o groove quente/frio (orgânico/digital) do "Tropix" encontrou harmonias possíveis no clima do verão/inverno carioca, derretendo bem, como espuma de chope. Quando ela cantou "Tardes de veraneio/ (...) Anunciando a noite neon" (versos de "Varanda suspensa"), tudo fez sentido.
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SG Lewis
Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo
Pilotando teclados, guitarra, voz e parafernália eletrônica, SG Lewis e sua banda - de óculos escuros, bermudas, boné - pareciam à vontade com seu som leve e dançante, que prendeu um par de centenas de pessoas à frente do palco e provocou dancinhas diversas no público que adentrava a Cidade do Rock.
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