Morgan Freeman voltou a trazer polêmicas relacionadas à questões raciais, durante uma entrevista ao "The Times". O ator é conhecido por ter criticado o dia da consciência negra em 2005, opinião que já afirmou ter mudado. Dessa vez, Freeman criticou os termos "afro-americano" e "Mês da História Negra". De acordo com ele, sua objeção ao termo "afro-americano" se dá por ser um conceito impreciso:
"Eu não concordo com esse título. Pessoas negras têm diferentes títulos desde a palavra com "N" ("nigger", termo considerado pejorativo nos EUA) e eu não sei como essas coisas conseguem tal aderência, mas todo mundo usa 'afro-americano'", disse ele, e completou: "O que isso realmente significa? A maior parte das pessoas negras nessa parte do mundo são mestiços. E vocês falam da África como se fosse um país, quando é um continente, como a Europa."
Já sobre o termo "Mês da História Negra", Freeman disse que se opõe à 'guetização' implícita em dedicar fevereiro a este tópico.
"A história negra é a história americana; eles estão completamente entrelaçados".
Mesmo não gostando de ser chamado de 'afro-amercano', o ator disse que se orgulha de sua raça, concordando com uma frase dita pelo colega Danzel Washington, que diz "sou muito orgulhoso por ser negro, mas negro não é tudo o que eu sou".
"Sim, exato. Eu concordo totalmente. Você não pode me definir dessa forma", disse Freeman.