Música
PUBLICIDADE
Por — Rio de Janeiro

Foram vários meses com a turnê do disco “Pirata”, do final de 2021, com o qual fez shows lotados pelo Brasil — um deles no Rock in Rio do ano passado. Mas agora, João Vitor Romania Balbino, o Jão, avisa que “o barco foi queimado, explodiu”. Ou seja: um novo cenário o espera no espetáculo que ele faz hoje, às 21h45, como atração principal do palco The One, na noite de encerramento da primeira edição do festival paulistano The Town. Um pop star brasileiro de fato e de direito, ele lançou no mês passado “Super”, seu quarto álbum. Foi a maior estreia de um álbum no Spotify Brasil, com 8,5 milhões de streams nas primeiras 24 horas — recorde batido, semanas depois, por Luísa Sonza e seu “Escândalo íntimo”. Mas nada que vá ofuscar a festa da Jãomania.


— A gente sempre imaginou o The Town como a primeira oportunidade de o “Super” ganhar a vida. Assim, ele não é o show da turnê e nem é nenhum outro show, ele é um show do The Town, um show especial. Vai ser um prelúdio da turnê; mais do que uma entrada, quase um prato principal — avisa o cantor e compositor paulista, de 28 anos, em entrevista por Zoom.

Expectativa dos fãs

A turnê de “Super” será, por sinal, algo poucas vezes visto no showbiz brasileiro: começa dia 20 de janeiro, no Allianz Park (São Paulo), e depois corre arenas e grandes estádios do país (dia 11 de maio ela chega ao Rio, na Jeunesse Arena). Até o anúncio das datas, os fãs viveram uma angustiante expectativa — na verdade, até o lançamento do disco, já que dias antes de ele chegar ao streaming, cerca de 12 mil deles se apertaram no ginásio do Ibirapuera para a audição antecipada de “Super”.

Missão de lançamento cumprida, agora Jão quebra a cabeça com outro desafio: o de acomodar no show as músicas do novo disco.

— É muito estranho, porque antes, no primeiro e no segundo disco, a gente ficava “nossa, tá faltando uma música de tal jeito para encaixar aqui!”. Afinal, eu tinha pouco repertório! Agora, com quatro álbuns, a dificuldade era escolher. Os fãs vão sempre reclamar que alguma que ficou de fora, mas não cabem todas — lamenta, contando que o show de hoje terá seis músicas do novo disco.

Com canções confessionais, como “Me lambe”, “Se o problema era você, por que doeu em mim?”, “Alinhamento milenar” e “Eu posso ser como você”, que lidam com os diversos aspectos da vida de um jovem, sem demarcar gêneros sexuais ou cercear sentimentos, “Super” foi, segundo o artista, um disco regido pelo signo do fogo. Com ele, Jão encerrou o ciclo compreendido por “Pirata” (água), “Anti-herói” (ar, de 2019) e “Lobos” (terra, de 2018).

— A minha vida foi se encaixando e se moldando junto com esses discos, foi um processo mágico de crescimento e de amadurecimento, e foi bom como realmente esses elementos fizeram muito sentido conforme as etapas da minha vida — diz Jão.

Ele acredita que, “para o bem e para o mal”, as suas canções são intransferíveis. Mas reconhece que atingem um público diverso:

— A coisa mais gostosa é quando a minha música entra na vida das pessoas e promove diálogos entre pais, filhos, primos e amigos. É muito doido para mim, em cima do palco, ver pessoas muito diferentes ao lado das outras, mas todas meio que na mesma sintonia, reunidas pelo mesmo propósito.

Hoje reconhecido como a grande figura masculina do pop brasileiro, Jão diz que só com “Pirata” é que ele foi definitivamente entendido pelo mercado fonográfico.

— Quem queria me ouvir, quem sentia falta de uma figura como eu sempre entendeu o meu trabalho. Mas, para a indústria, acho que que foi uma questão de “onde vamos encaixar ele?”, porque a coisa funciona assim. Eles precisam colocar o artista novo em uma prateleira para que isso seja vendido — argumenta. — Alguns me consideravam sertanejo demais, outros consideravam pop demais ou eletrônico demais... Foi uma confusão na minha cabeça, um pouco o “será que eu tenho que escolher alguma coisa e mostrar só aquilo para convencer as pessoas de que eu sou essa coisa”? E aí um dia falei: “Foda-se!”

Não deixa de ser simbólico que a conformação do sucesso se dê no The Town, na mesma cidade da qual ele traz suas memórias mais caras e mais duras. Em uma das faixas de “Super”, “São Paulo, 2015”, pode-se ouvir os versos “toda noite eu saio pra fugir de mim / e toda noite eu me encontro assim / meu Deus, você jurou que ia cuidar de mim!”.

— Sou de uma cidade muito pequena (Américo Brasiliense, no interior paulista). Já tinha passado por São Paulo, mas, assim, no máximo, pela marginal, não conhecia nada. Na primeira vez que vi a Avenida Paulista, fiquei impactado, chorei um pouco, era uma coisa muito grande — conta. — Como quase ninguém aqui é de São Paulo, como está todo mundo vindo para cá de algum lugar com uma história e uma cultura diferentes, acho que a gente vai formando famílias.

Jão foi para São Paulo para fazer curso superior e sua primeira morada “foi na Rua da Consolação, ali pertinho da (Praça) Roosevelt”:

— Eu não sabia pegar metrô e queria fazer tudo a pé, queria conhecer as coisas. Eu ia para a Praça da República, ia para Liberdade, andei a pé por praticamente todo o centro de São Paulo. É engraçada a minha relação com a cidade, estar no palco do The Town... São coisas muito distantes. Fui sendo colocado em outra São Paulo, mas eu amo a cidade mesmo assim, com todos os seus percalços, eu não sairia daqui nunca.

Mais recente Próxima Foo Fighters, Garbage e Yeah Yeah Yeahs: veja imagens dos melhores momentos do penúltimo dia de The Town
Mais do Globo

Jogador fez sua última aparição nos gramados com eliminação da Alemanha para Espanha nas quartas de final da Eurocopa

Toni Kroos faz carta de despedida da seleção alemã e do futebol: 'Estou muito orgulhoso com a equipe'

Líder trabalhista propõe combater as máfias que sustentam essas chegadas e criar um novo comando de segurança de fronteira de elite

Novo primeiro-ministro britânico anuncia fim de plano de expulsar migrantes para Ruanda

Família real participa do esporte desde que o Rei Leopold II da Bélgica deu aves de corrida à Rainha Victoria, em 1886

Rei Charles causa polêmica no Reino Unido após encerrar patrocínio da monarquia à tradicional corrida de pombos

Atitudes simples como escolher uma mesa de trabalho mais alta e levantar para atender o celular são ótimos para o bem-estar

Quanto mais tempo ficamos em pé, melhor a saúde

Evelyn Eales credita sua impressionante vitalidade a uma diária da bebida e viver sem arrependimentos


Mulher de 104 anos que comemorou o aniversário andando de moto revela a chave para a longevidade: uma taça de vinho por dia

Marca de relógio que patrocina português divulgou frequência cardíaca em jogo da competição

Cristiano Ronaldo é acusado de 'marketing de emboscada' na Eurocopa 2024; entenda

Propriedade da família Ambani em Mumbai é avaliada em US$ 2 bilhões, o equivalente a R$ 10,9 bilhões

Com 27 andares e templo hindu: Clã de casamento com Bieber na Índia mora em imóvel mais caro do mundo; veja fotos

Amanda Kimberly deu à luz na última quarta-feira no Hospital São Luiz Star, na Vila Olímpia, Zona Sul de São Paulo

Lençóis de 400 fios e até adega: terceira filha de Neymar nasce na mesma maternidade luxuosa que Mavie; veja fotos