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GERADO EM: 28/06/2024 - 04:31

Impacto da enchente nos tribunais e cartórios do RS

A enchente no Rio Grande do Sul causou danos nos tribunais e cartórios, impactando a Justiça e serviços essenciais. A recuperação é lenta, mas medidas estão sendo tomadas para retomar as atividades afetadas pela catástrofe.

A cheia do Guaíba foi acompanhada pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Rio Grande do Sul (OAB/RS), Leonardo Lamachia, da janela de seu gabinete, no 13º andar da sede da entidade, no centro da capital. Antes do auge da tragédia, ele já recebia ligações de advogados preocupados com a situação. O Supremo Tribunal Federal e o Conselho Nacional de Justiça suspenderam os prazos judiciais antes que a água invadisse o prédio da OAB, quando foi necessário transferir parte da administração e o gabinete da presidência para uma sede provisória na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

— Não havia nenhuma condição de exercer a advocacia em meio ao caos que vivíamos — diz Lamachia.

Todos os cinco tribunais sediados em Porto Alegre sofreram prejuízos pela enchente. Suspender a contagem dos prazos em todos os processos foi uma consequência inevitável, mas os danos foram muito além. A Justiça estadual teve 20 prédios atingidos, incluindo o Tribunal de Justiça (TJ-RS) e os dois foros centrais. Embora haja expectativa de que voltem a operar satisfatoriamente em meados de setembro, retornar ao nível de funcionamento anterior à tragédia pode levar um ano.

Além de estações de luz e centrais de informática que ficaram submersas, entre as instalações do TJ-RS afetadas estavam as salas-cofre onde ficam os dados de processos do Judiciário gaúcho. Quando o centro de dados foi inundado, a administração já havia, por precaução, autorizado a transferência para uma segunda sala-cofre no sétimo andar do Foro Cível.

— Foram repassados com pressa, à medida que a água subia, os dados da sala-cofre que acabou inundada — lembra o presidente do TJ-RS, Alberto Delgado Neto.

Na sede do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-4), não foi diferente, e a água chegou a quase dois metros. Ver documentos e computadores boiando na água lodosa foi “doloroso”, recorda Ricardo Martins Costa, presidente do TRT-4. O arquivo-geral da Justiça trabalhista, perto do aeroporto, também alagou. Segundo ele, esse talvez tenha sido o maior prejuízo, com processos datados desde 1930 ficando submersos. O tribunal também sofreu com o corte de energia que paralisou o datacenter com todos os dados.

— Criamos um acesso por e-mail das unidades judiciárias, de modo a receber pedidos de tutela de urgência e expedição de alvarás. O sistema parou, mas a Justiça, não — afirma ele.

Cartórios

Com 60 cartórios, das 768 unidades do estado, sem poder funcionar, segundo a Associação dos Notários e Registradores do Rio Grande do Sul, houve problemas para a obtenção de certidões de óbito, nascimento, transferências de propriedades e compra e venda de imóveis. A maioria dos serviços, porém, não foi interrompida graças à computação em nuvem, que permitiu que o trabalho fosse retomado mesmo fora das unidades afetadas.

Houve situações em que problemas na informatização impediu ou dificultou a realização de negócios. A queda do sistema do Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran/RS) deixou todos os serviços indisponíveis, com efeito cascata para cartórios e revendedoras. Como resultado, a maior parte dos veículos negociados, mesmo em áreas não inundadas, não pôde ser legalizada, impedindo o emplacamento.

— Foram 21 dias sem emplacar um carro. Isso resultou na queda de 75% das vendas — avalia Jefferson Furstenau, presidente do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos no Estado do Rio Grande do Sul (Sincodiv-RS) e da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores RS (Fenabrave-RS).

A situação começa a entrar nos eixos, mas há dúvidas sobre o futuro.

— Junho foi bom, mas sabemos que isso não é a normalidade, porque foi fruto das indenizações dos seguros — diz Furstenau.

Até o fim deste mês, por decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), os cartórios de registro civil do Rio Grande do Sul estão autorizados a emitir certidões de nascimento, casamento e óbito gratuitamente.

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