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Por — Rio de Janeiro

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GERADO EM: 20/06/2024 - 17:42

Venda de produtos contaminados pós-enchentes preocupa autoridades

Dupla é presa por vender produtos contaminados pelas enchentes no RS. Itens foram descartados após denúncia anônima. Preocupação com aumento da criminalidade pós-tragédia. Vigilância Sanitária interdita local onde produtos foram descarregados. Especialistas temem crescimento do crime devido à perda de renda e desaceleração econômica pós-enchentes. Secretário da Segurança Pública do RS confiante na manutenção da queda da criminalidade.

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu em flagrante duas pessoas, nesta quinta-feira, pela aquisição de produtos contaminados pelas enchentes que provocam estragos no estado há quase dois meses. O caso ocorreu no bairro Fiúza, em Viamão. Segundo os investigadores, a mercadoria, antes destinada a descarte, já estava sendo oferecida para venda aos consumidores do município.

Os policiais efetuaram a prisão dos indivíduos após receberem uma denúncia anônima. Os agentes encontraram os produtos, que eram lavados de "forma bastante precária no pátio da residência", ainda cobertos por lama. A mercadoria era derivada de uma grande rede de farmácias.

Dupla é presa por vender itens de farmácia contaminados pelas enchentes no RS

Dupla é presa por vender itens de farmácia contaminados pelas enchentes no RS

Após a elaboração dos pareceres técnicos, os produtos foram imediatamente encaminhados para descarte. A polícia aponta que uma lanchonete também funcionava no local onde os produtos contaminados foram descarregados. O estabelecimento foi interditado pela Vigilância Sanitária.

Com o baixar das águas, o cenário de destruição no Rio Grande do Sul impõe ao estado o desafio de manter a queda nas taxas de criminalidade registrada nos últimos anos. Os efeitos dos temporais — que impactaram desde a infraestrutura local até a economia — na segurança pública preocupam especialistas, que temem a possibilidade de um aumento significativo dos índices nos próximos meses, assim como já ocorreu em outras tragédias de largo impacto pelo mundo.

Os registros de roubo no Rio Grande do Sul vêm diminuindo anualmente desde 2017. A despeito de um leve repique no pós-pandemia, o número de homicídios computados em 2023 também caiu quase pela metade na comparação com o mesmo ano, segundo dados da Secretaria estadual da Segurança Pública.

Em maio de 2024, primeiro mês inteiramente afetado pelo efeito das chuvas, o total de roubos e de assassinatos no estado recuou 69% e 24%, respectivamente, diante do mesmo período do ano anterior. A principal preocupação, porém, é com os efeitos no médio prazo, uma vez que, neste primeiro momento, há uma tendência de queda na criminalidade devido aos freios de circulação impostos pela inundação em si.

— Fica mais caro praticar o crime com essa complicação na mobilidade urbana. É mais difícil até de fugir — explica o professor Cristiano Oliveira, da Universidade Federal do Rio Grande (Furg). — Existe também a possibilidade de subnotificação dos registros. Ocorreram muitos arrombamentos e saques de residências e estabelecimentos comerciais. Pode ser que as denúncias venham agora que a população está voltando para casa.

O especialista avalia que a continuidade do cenário de perda da renda e desaceleração no comércio tende a provocar o aumento da criminalidade nos meses seguintes às chuvas. No caso do Rio Grande do Sul, a piora econômica impacta diretamente na atuação de diferentes facções criminosas regionais, que passam a buscar novos modelos de arrecadação e entram em confronto com outras quadrilhas pelo controle dos territórios para venda de drogas.

— Com o aumento do desemprego, a criminalidade também tende a crescer. As facções buscam cumprir as metas, mesmo com a queda nas vendas de droga derivada da queda na renda. O roubo de cargas é uma das práticas adotadas — pontua Oliveira.

Moradores e voluntários denunciaram ameaças das organizações criminosas em meio ao resgate das vítimas das enchentes. No início de maio, o surfista Pedro Scooby, que viajou para a região para auxiliar no socorro, afirmou que as facções cercearam o trabalho de apoio e dificultaram a retirada de pessoas de áreas atingidas.

O secretário da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Sandro Caron, afirmou ao GLOBO que “não se deve trabalhar com especulações” ou comparar a situação no estado com a de outras tragédias, e disse que a pasta está confiante que a tendência de queda na criminalidade será mantida.

— O momento mais difícil para os agentes de segurança foi em maio, quando tivemos que atender a demanda normal das cidades não alagadas e atuar nos resgates. Os indicadores de junho aparecem baixos e estamos atuando com contramedidas para evitar o aumento de crimes patrimoniais, e com investigações para enfraquecimento de grupos criminosos — aponta Caron.

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