Três pessoas foram presas em flagrante pela polícia nas investigações da chacina que deixou sete mortos em uma praça da cidade de Viçosa do Ceará (CE), nesta quinta-feira, segundo a Secretaria de Segurança do estado. Essa é a segunda chacina registrada no município do interior do estado desde 2021.
As prisões em flagrante foram por tráfico de drogas e posse de arma de fogo. O trio foi levado para depor.
— Podemos afirmar que há envolvimento de grupos relacionados ao tráfico de drogas. Se é uma disputa entre facções ou é uma dissidência de uma facção, isso é a investigação que vai dizer. Nesse momento, quem está sendo interrogado não colaborou o suficiente para a gente dizer se é uma briga ou uma dissidência — disse o secretário de Segurança Pública, Roberto Sá, durante uma coletiva de imprensa.
A chacina matou três mulheres, com idades de 16, 23 e 25 anos, e quatro homens, de 18, 21, 24 e 26 anos. Duas das vítimas tinham antecedentes na polícia. A mulher de 23 anos, que usava tornozeleira eletrônica, tinha passagens por homicídio, tráfico de drogas, associação criminosa e posse ilegal de arma de fogo. Já o homem de 24 anos tinha antecedentes por posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. Duas vítimas feridas no episódio foram socorridas e levadas para uma unidade de saúde.
Entenda o caso
Segundo informações iniciais da polícia, carros se aproximaram da Praça Clóvis Beviláqua por volta das 3h, e as pessoas de dentro dos veículos atiraram contra um grupo, que fazia uma comemoração no local. Baleadas, sete pessoas, entre homens e mulheres, morreram na hora, e outras duas foram levadas ao o Hospital Municipal de Viçosa e em seguida transferidas para o Hospital e Maternidade Madalena Nunes, em Tianguá.
Imagens de câmeras de segurança da praça mostram que as vítimas foram enfileiradas e colocadas lado a lado, com as mãos entrelaçadas atrás da cabeça, antes de serem mortas. Em um dos vídeos, é possível ver ao menos quatro pessoas nessa posição.
Na manhã desta quinta, o governador do Ceará, Elmano de Freitas, se manifestou nas redes sociais. Ele afirmou que a segurança será reforçada na região e que "bandidos envolvidos serão identificados e presos, um a um, para que paguem na Justiça por tamanha atrocidade".
Após o ocorrido, a Polícia Civil iniciou a investigação do caso, a cargo da Delegacia Municipal de Viçosa do Ceará. O secretário da Segurança do Ceará, Roberto Sá, se deslocou para a cidade, acompanhado do o delegado-geral da Polícia Civil, Márcio Gutierrez, o coronel comandante-geral da Polícia Militar, Klênio Savyo, e o secretário executivo de Ações Integradas e Estratégicas da Secretaria de Segurança do estado, Sérgio Pereira.